O processo criativo de Violetas: voz, memória e mímesis em uma escrita de si
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar reflexões de uma pesquisa de doutorado em andamento, sob orientação da Profa. Dra. Daiane Jacobs, que trata do processo de criação do espetáculo Violetas como uma escrita de si (RAGO, 2013). O espetáculo é uma homenagem à minha avó materna, que tinha o sonho de ter sido artista, mas nunca pôde realizá-lo. Sob a direção de Raquel Scotti Hirson (Lume Teatro), foi construído através da metodologia da Mímesis Corpórea e a partir das memórias que me ligavam à minha avó. Sua voz era o elo nas minhas lembranças. De forma autobiográfica, o processo criativo proporcionou um (re)encontro comigo mesma, não como uma busca introspectiva e de caráter confessional para reencontrar o que seria uma “essência” escondida em minha alma, mas para assumir o controle de minha própria vida e tornar-me sujeita de mim mesma pelo trabalho de reinvenção da subjetividade possibilitado pela escrita de si.Referências
ARFUCH, Leonor. Mujeres que Narram: trauma y memoria. Labrys, Études Féministes/Estudos Feministas. Janvier/Décmbre 2009 – Janeiro/Dezembro 2009.
Escola Doméstica de Natal. Complexo de Ensino Noilde Ramalho EDHC, 2020. Disponível em: https://noilderamalho.com.br/historia-2/. Acesso em 01 de Novembro de 2020.
FERRACINI, Renato, HIRSON, Raquel Scotti, COLLA, Ana Cristina. Práticas Teatrais: sobre presenças, treinamentos, dramaturgias e processos. Campinas: Editora da Unicamp, 2020.
RAGO, Margareth. A aventura de contar-se. Feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.