Mulher de fases: uma criação performativa dos ciclos menstruais

  • Andressa Ribas Lameira Merlo Universidade Federal de Santa Maria
  • Gisela Reis Biancalana Universidade Federal de Santa Maria

Resumo

O presente texto se refere a uma pesquisa em poéticas da criação centralizada na Performance Arte. A proposta parte do interesse de uma pesquisadora em busca do autoconhecimento como mulher pela via da auto-observação do seu ciclo menstrual. A arte contemporânea encontra seu lugar na ruptura de fronteiras entre campos de saber. Esta ruptura também se alicerça na aproximação entre arte e política ao valorizar saberes da mulher. Para tal, o objetivo é fazer um recorte que parte de conceitos ancorados em arquétipos femininos. A pesquisa em andamento é embasada pela autobiografia enquanto principal procedimento metodológico.

Biografia do Autor

Andressa Ribas Lameira Merlo, Universidade Federal de Santa Maria
Graduação em Dança pela UFSM, é membro do grupo de pesquisas Performances: arte e cultura no qual investiga relações entre arte e ecologia com foco na Performance. Bolsista de Iniciação Científica financiado pelo PROBIC-CNPQ.Atua como performer, bailarina e professora.
Gisela Reis Biancalana, Universidade Federal de Santa Maria
Professora Associada na UFSM, Artes Cênicas (1996-2014) e Dança (2014-). Membro permanente no PPGART com pesquisas transversais em performance. Pesquisadora em Artes Performativas de cunho sociocultural e político. Mestre (2001) e Doutora (2010) em Artes/UNICAMP. Pós doutorado na De MontfortUniversity, UK.

Referências

BACHELAR, Gaston. A Poética do Devaneio.S.P.: Martins Fontes, 1996.

BAKHTIN, Mikhail. Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento. Trad. Yara Frateschi Vieira. São Paulo, Brasília: Hucitec, Ed. Universidade de Brasília,1987.

BIANCALANA, Gisela Reis. Corpos em Performance. Tese de Doutorado, Campinas, IA-UNICAMP, 2010.

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. in Revista Brasileira de Educação, nº 19 jan./abr. RJ: Ed. Autores Associados, 2002, pg. 20-28.

BURKE, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna. SP: Companhia das Letras, 1995.

BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional. Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2008.

BRITES, Blanca; TESSLER, Elida (orgs.). O meio como ponto zero: metodologia de pesquisa em artes plásticas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2002.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

BUTTERWORTH, Jo. Teaching Choreography in High Education. In Research in Dance, vol. 5, nº 1, 2004, p. 45-67.

CATTANI, IcleiaBorsa. Arte Contemporânea: o lugar da pesquisa. In:COHEN, Renato.Work in Progress na Cena Contemporânea. SP, Perspectiva, 1998.

CHACRA, Sandra. Natureza e Sentido da Improvisação Teatral.SP: Ed. Perspectiva, 1991.

DAWSEY John. Vitor Turner e a Antropologia da Experiência. SP: Cadernos de Campo, nº 13, 2005.

FORTIN, Sylvie. Contribuições Possíveis da Etnografia e da Autoetnografia para a Pesquisa Prática artística.In Revista Cena UFRGS, 2006.

GOLDBERG, Roselee. Performance. Nova York: Harry N. Abrams, 1979.

GUATARRI, Félix. As três Ecologias. Campinas: Papirus, 2011.

LE BRETON, David. Adeus ao Corpo. SP, Ed. Papirus, 1999.

MELIN, Regina. Performance nas Artes Visuais. RJ: Jorge Zahar Ed., 2008.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível.São Paulo: ed. 34, 2009.

SCHECHNER, Richard. Between Theater and Anthropology. Philadelphia/USA: University of Pensylvania Press, 1985.

_______. O que é Performance. in O Percevejo, RJ: UNIRIO, ano 11, nº 12, 2003.

STRAZZACAPPA, Márcia. As Técnicas Corporais e a Cena in Etnocenologia: textos selecionados orgs. Christine Greiner e Armindo Bião. SP, Annablume Ed., 1998.

VERSIANI, Daniela B. Autoetnografia: uma alternativa conceitual. In Revista Letras de Hoje, Porto Alegre: UFRGS, v. 37, n 4, 2004.

Publicado
2021-12-18
Seção
Pesquisas de Graduação