Hipátia: tecido dramatúrgico entre fé, ciência e feminismos em tempos pandêmicos
Resumo
Urdida em primeira pessoa, esta comunicação visa partilhar a construção dramatúrgica da peça Hipátia, de autoria de Luciana Lyra, realizada entre os anos de 2020 e 2021. Tecida durante o período pandêmico, a peça tem por ensejo descortinar a jornada da cientista Hipátia de Alexandria, a primeira mulher matemática de que se tem conhecimento seguro e que despertou a fúria de fundamentalistas cristãos entre os séculos IV e V d. C., quando ocorreu uma importante transição no Império Romano: de um Estado totalmente pagão a um Estado em adesão contínua ao cristianismo. A dramaturgia confiada à Lyra pelo Instituto Martim Gonçalves (RJ), põe em trama questões latentes entre fé, ciência e feminismos, no intento de recobrar a estória desta importante figura histórica em termos contemporâneos de embates férreos balizados em conservadorismo, anticientificismo e patriarcalismo.
Referências
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