Turma DE525 - Multimeios e Teoria do Cinema - Turma C

Nome

Multimeios e Teoria do Cinema

Subtítulo

Análise da narrativa cinematográfica de conteúdo e linguagem da obra autorall

Cód. Disciplina - Turma

DE525 - C


Sala Auditorio do LIS - Anexo ao ginásio
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Quinta-feira das 14 às 17

Dados da disciplina

Nome DE525 - Multimeios e Teoria do Cinema
Programa Multimeios
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 45
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0
Oferecimento IA
os candidatos a aluno especial aprovados devem evitar desistências não documentadas e autorizadas pelo professor responsável de acordo com as normas do DAC

Docentes

Ernesto Giovanni Boccara

Critério de Avaliação

Critérios de Avaliação 1-Frequência e participação em 75% das aulas. 2-Leituras e resenhas dos textos oferecidos e selecionados em Xerox. 3-Realização de vídeos experimentais a partir de releituras dos filmes ou da obra teatral de Shakespeare. 4-Paper final com texto autoral do aluno a partir das aulas, das palestras e das análises dos filmes acima relacionados.

Bibliografia

Bibliografia BACHELARD, G. Psicanálise do Fogo. Martins Fontes.São Paulo, 1999. BOCCARA, E. G. Artigo: Reflexões Analíticos Críticas para uma Abordagem Epistemológica, Holoepistemológica, Semiótica E Psicoanalítica Na Pesquisa Em Artes .Campinas, Cadernos Da Pós-Graduação, Instituto De Artes Da Unicamp.N.O1/1997. CABRERA,Julio.O cinema pensa.Rocco editoraRio de Janeiro 2006 COUCHOT, E. Da representação à Simulação. Evolução das Técnicas e das Artes da Figuração. In Parente, André Imagem Máquina . A Era das tecnologias do Virtual .Ed.34 . São Paulo .1999. PLAZA, Júlio. Tradução Intersemiótica. São Paulo. Perspectiva.1985 PEIRCE, Charles. S. Escritos Coligidos, in Os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural.1974 NETTO Coelho, José Teixeira – “Por Uma Teoria Da Informação Estética. Monitor Edições. São Paulo 1973. Cap. I: “Natureza da Informação Estética” : da pág. 13 a 62 ECO, Umberto. “A Estrutura Ausente” – Editora Perspectiva. Coleção Estudos. São Paulo – 1976. Cap. 3: “A Mensagem Estética”. Da pág. 52 a 82. BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico. Editora Contraponto . R. de Janeiro .1996 . EHRENZWEIG, Anton. A ordem oculta da arte. Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1977. EHRENZWEIG, Arton. Psicoanálise de la perception artística. Gustavo Gilli, Barcelona, 1976. GUATTARI , Félix e outros.Psychanalyse et cinéma. Paris.Seuil n.23.1975 DAMÁSIO, Antonio .O mistério da consciência .Editora Companhia das Letras. São Paulo .1999 . SANTAELLA, Lucia/NOTH, Winfried. Imagem. Cognição, semiótica mídia. Iluminuras. São Paulo.1997 --------------------------Cultura das mídias. Experimento. São Paulo.1996 SULLEROT, Evelyne . De la lecture de l’image. Editions Universitaires. Paris.1964 SEGALL, MH. The influence of culture on visual perception. Indianapolis: Bobbs- Merrill.1996 TEIXEIRA Coelho Netto, J. Introdução À Teoria Da Informação Estética. Petrópolis, Vozes, 1974. TEIXEIRA Coelho Netto, J. Semiótica, Informação e Comunicação . São Paulo, Editora Perspectiva, 1983. PIGNATARI Décio. Informação. Linguagem. Comunicação. São Paulo, Editora Perspectiva, 1970. PIGNATARI Décio. Semiótica E Literatura. São Paulo, Editora Perspectiva, 1974. MOLES, Abraham. Teoria Da Informação E Percepção Estética. Rio De Janeiro, Tempo Brasileiro, 1968. EDWARDS Elwyn. Introdução À Teoria Da Informação. São Paulo. Cultrix/Edusp, 1971. ECO, Umberto. Tratado Geral De Semiótica. , São Paulo, Editora Perspectiva, 1980. SANTAELLA , Lúcia. O Que É Semiótica ? São Paulo Coleção Primeiros Passos . BOCCARA, E. G. A Correlação Entre Signo E Arquétipo Na Construção De Modelo Analítico Do Fenômeno Da Ambientalização Na Arte Contemporânea. Campinas, Cadernos Da Pós-Graduação, Instituto de Artes da Unicamp.N.o6/ 2000. OGDEN, C.K. E I. A . Richards. O Significado De Significado. Rio De Janeiro, Zahar, 1972. ECO, Umberto. Obra aberta. São Paulo. Perspectiva.1971. SANTAELLA, Lucia. Cultura das Mídias. São Paulo, Razão Social.1992 VALENTE, Nelson. Brosso, Rubens. Elementos de Semiótica. São Paulo. Panorama. 1999. OELHO NETTO, J. Teixeira. Semiótica, Informação e Comunicação São Paulo, Perspectiva. 1980. PLAZA, Júlio-Artigo: Arte ,Ciência, Pesquisa - Relações .Da Pág.21 A 31. Revista Trilhas. Ia. Unicamp.1997.Campinas. GROF, Stanislav- Além Do Cérebro .Editora Macgraw Hill.Da Pág 01 A 66 . 1987. São Paulo.

Conteúdo

1.0 Contextualização e problemática analítica atual do filme de autor. Há alguns anos a reflexão crítica do cinema de autor através da análise de seus filmes, tornou-se exigente no entendimento da correlação entre as dimensões subjetivas dos diretores de cinema e seus roteiros, com suas interpretações imagéticas e construções específicas em filmes. Estes personalizam e projetam de forma obsessiva e persistente a complexa tessitura de suas topografias psíquicas, conduzindo estruturas internas de significação, originadas em seu inconsciente pessoal exteriorizando-as e dialogando de forma compartilhada com as obscuras e abissais dimensões do inconsciente coletivo dos espectadores anônimos de uma sala de projeção. 2.0 Teorias da Psicanálise e análise de filmes de autor. Desta forma para este entendimento através da análise de filmes é preciso convocar as Teorias da psicanálise (de Freud e de Jung) . Sabedores de que a mais verdadeira e profunda vocação do cinema é a narrativa ficcional, com o seu poder de excitar o imaginário, o objetivo é mergulhar na fonte dos processos criativos gestores destes filmes que se tornam fortemente personalistas com relação à autoria, a ponto de se configurarem como autobiográficos, revelando concepções de mundo, crenças que por serem autênticas, como libelo de uma vontade individual férrea e automotivada que quer se comunicar com o outro, desconhecido, valendo-se de um código, de uma linguagem instituída e de extremo apelo popular: “o divã do pobre” como o quer Felix Guattari, ao definir o cinema. Este último propõe-se como participação e troca de afetos através da transferência perceptiva que pode se tornar vivenciável, dependendo da capacidade do autor, de munido de um roteiro penetrante e de forte identificação psíquica, atingir com recursos de qualidade de imagem e impactos sonoros sincronizados, memórias afetivas potencialmente abertas ao estímulo evocatório de fibras emocionais tensas do espectador. 3.0 A ciência do signos de Charles Sanders Peirce-A Semiótica para a análise e interpretação de Filmes. O fenômeno perceptivo e cognitivo no cinema, como centro de interesse do nosso estudo em questão, situará o autor de filmes ficionais dentro de um processo de comunicação com o espectador. Trata-se de saber como se constitui este vibrar na mesma freqüência sensorial e emocional da platéia por intermediação da imagem fílmica. Esta se torna signo de um objeto referente que habita a psique do autor e diretor do filme como por exemplo um estado emocional puro ou uma elaborada e complexa significação sobre a existência humana: “Sou onde não estou, estou onde não sou” como dizia o psicanalista Lacan. Segundo Lucia Santaella: “...não há percepção sem linguagem. Não há linguagem sem signos, não há qualquer atividade de consciência que não seja signo. O signo no cinema é centrado no Icônico e no Indicial. O primeiro é dirigido à porta perceptiva da visão e o segundo direciona o olhar do espectador e orienta-o no recorte em movimento simulado que é feito do mundo. A vontade consciente e todo o processo criativo operacionalizado pelo autor é através destes dois tipos de signos. 4.0 A correlação entre arquétipos e signos no processo criativo dos filmes ficcionais de autor:a estruturação do roteiro. Entendendo o cinema como fenômeno perceptivo e suas correlações com a cognição e o comportamento humano resultante de sua fruição, justifica-se, o duplo referencial de abordagem a Teoria da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung e a ciência dos Signos de Charles Sanders Peirce, pelo fato de se querer pesquisar de forma correlacionada o cinema de autor como processo de comunicação nas relações que se estabelecem entre o diretor como emissor de mensagens codificadas através de sua linguagem expressiva que domina e a fruição ou recepção desta mensagem pelo intérprete-espectador e o obscuro processo criativo que emerge com seus conteúdos subjetivos, movidos pela energia psíquica de modo a exteriorizar os arquétipos. Admite-se ser polêmico e muito discutível querer correlacionar duas polaridades em jogo na criação de um filme: os arquétipos como unidades elementares que emergem do inconsciente coletivo nos processos criativos e os signos que como unidades elementares da consciência que os ordena dentro da lógica estruturadora de qualquer linguagem a partir de processo de codificação. 5.0análise de aspectos filosóficos de narrativas cinematográficas e suas correspondentes imagens que se constituem como um certo conceito compreensivo do mundo-segundo Julio Cabrera: o conceito-imagem.trata-se de uma espécie de introdução histórica à filosofia por meio da análise de filmes.Saber acerca da própria filosofia através do confronto com o cinema.O que se quer á elucidação de conexões entre conceitos de maneira lúcida e esclarecedora.As imagens fílmicas parecem vincular conceitos e explorar o humano de maneiras mais perturbaoras do que a lógica e a ética escritas.Neste sentido a filosofia quando manifesta seu interesse pela busca da verdade não deveria apoiar a indagação acerca de si mesma apenas em sua pr´pria tradição, como marco único de aito elucidação mas inserir-se na totalidade da cultura. 5.0 Análise de filmes e roteiros de filmes e vídeos . Exercícios experimentais de videografia a partir da análise e releituras experimentais. De modo a estimular e facilitar este trânsito entre a as dimensões subjetivas no processo criativo de filmes de autor e as dimensões objetivas e operacionais da realização de um filme para cinema ou vídeo a disciplina terá uma série de filmes para análise e referências para releituras ou estímulo para exercício videográficos realizados pelos alunos.

Metodologia

1.0 Leituras Programadas com elaboração de resenhas. 2.0 Aulas Expositivas 3.0 Análise de Filmes com convidados e sem convidados. 4.0 Desenvolvimento de roteiros para vídeos experimentais. Realização dos alunos.

Observação

Os alunos especiais aprovados se desistirem ao longo do curso devem seguir procedimentos normatizados pelo DAC para evitar reprovação por falta e nota.