Turma DE627 - Seminários Avançados III - Turma A
Nome
Seminários Avançados III
Subtítulo
Vídeo e documentário: narrativas, identidades, produção e circulação
Cód. Disciplina - Turma
DE627 - A
Sala
Sala MM 04 do Depto. de Multimeios
Acompanhamento com disciplina da Graduação?
Não
Oferecimento DAC
Terça-feira das 14 às 17
Dados da disciplina
Nome
DE627 - Seminários Avançados III
Total de Horas Atividades Teóricas
45
Total de Horas Atividades Prática
0
Total de Horas Laboratório
0
Total de Horas Atividades Orientadas
0
Total de Horas Atividades à Distância
0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão
0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão
0
Total de Horas/Aula Semanais
0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula
0
Oferecimento IA
ATENÇÃO: Início das aulas em 11/03/2014
Docentes
Gilberto Alexandre Sobrinho
Critério de Avaliação
Participação crítica durante a disciplina e trabalho final.
Bibliografia
HALL, D., JO FIFER, S. Illuminating video: an essential guide to video art. Nova Iorque: Aperture Foundation, 1990.
DEBRUN, M. A identidade nacional brasileira – Estudos Avançados, volume 4, n.08, São Paulo, Jan/Abr, 1990.
MACHADO, A. Made in Brasil: três décadas do vídeo brasileiro. São Paulo: Iluminuras, 2007.
NICHOLS, B. Engaging cinema. Norton, 2010
QUEIROZ, M.I.P. Identidade Cultural, Identidade Nacional no Brasil. Tempo Social - Rev. Sociologia da USP. São Paulo, 1(1), 1. sem. 1989.
RENOV, M., SUNDERBURG, E. Resolutions: contemporary vídeo practices. Minneapolis: Univ. Minnesota, 1996.
SANTORO, L.F. A imagem nas mãos: o vídeo popular no Brasil. São Paulo: Summus, 1989.
SODRÉ, M. Claros e escuros: identidade, povo e mídia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2000.
SODRÉ, M. A verdade seduzida: por um conceito de cultura no Brasil. Rio de Janeiro:
Conteúdo
As singularidades da produção independente de documentário no suporte vídeo, durante os anos 80 e 90 serão a tônica dominante do curso. Num primeiro momento, iremos aprofundar a discussão histórico-conceitual sobre as demandas próprias do vídeo. Posteriormente, iremos trazer para a discussão as imagens videográficas, espécie de anti-televisão, produzidas por coletivos tais como TVDO e Olhar Eletrônico que, em certos momentos de sua produção dialogam com a narrativa documentária e elaboram discursos nacionais em chave diferenciada. Serão também exploradas as produções independentes veiculadas pela TV Manchete, por meio das produtoras Intervídeo e Videofilmes, em que se apresentam uma interessante confluência entre as tradições da narrativa cinematográfica, as experimentações do campo do vídeo e as demandas institucionais da televisão comercial para veicularem discursos globalizados. A experiência Video nas Aldeias será considerada também no curso, aqui o vídeo conjuga-se a outras demandas como resistência cultural, processos de alteridade e políticas e estéticas da (auto-) representação. Nessa conjuntura, há coletivos ligados aos movimentos sociais que surgem a partir das possibilidades descentralizadas dos usos da imagem e do som em movimento. Essas práticas surgem ainda sob o regime militar, no início da década de 1980, num momento em que ocorre amenização das restrições políticas por parte do Estado, e então, intensificam-se as manifestações de frentes organizadas. Surgem, assim, demandas de grupos politicamente organizados manifestos por diversos meios, sendo que o vídeo cumpre um papel relevante e estratégico nos processos de educação, informação, reivindicação, visibilidade, memória e criação junto a esses coletivos. Dentro desse novo vocabulário, define-se, também o vídeo popular. Do conjunto dessa práticas, moldam-se também formas alternativas de televisão. Numa primeira sondagem, há uma ampla compreensão da relação entre movimento popular e vídeo popular, manifestos nos trabalhos dos realizadores e dos coletivos. Vou destacar alguns coletivos, que serão enfocados: a Enúgbárijo Comunicações, no Rio de Janeiro, buscava uma ampla articulação nacional, por meio da gravação e da exibição dos acontecimentos ligados às minorias sociais tais como as mulheres, o indígena e, sobretudo, o negro; a TV VIVA, de Olinda, foi a primeira televisão comunitária a céu aberto da América, fundada por Eduardo Homem e Cláudio Barroso, a programação era veiculada em um telão instalado numa Kombi. Pioneira na concepção alternativa de TV popular, atuou no mercado de vídeo educativo e institucional. O Lilith Video, de São Paulo, era formada por mulheres e realizava vídeos sobre temas em que as questões de gênero eram proeminentes. Essas e outras produções serão tratadas no curso.
Metodologia
Aulas expositivas, visionamento de material audiovisual, discussões sobre filmes e textos.
Observação