Turma DE008 - Epistemologia e Antropologia da Comunicação Visual - Turma EB

Nome

Epistemologia e Antropologia da Comunicação Visual

Subtítulo

A escrita: o roteiro e suas correlações com a imagem cinematográfica

Cód. Disciplina - Turma

DE008 - EB


Sala no LIS - Lab. de Imagem e Som do IA
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Terça-feira das 14 às 17

Dados da disciplina

Nome DE008 - Epistemologia e Antropologia da Comunicação Visual
Programa Multimeios
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 45
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0

Docentes

Ernesto Giovanni Boccara

Critério de Avaliação

1.0 Participação mínima exigida e Freqüência em 75 % das Aulas 2.0 Paper individual digitalizado referente às leituras programadas da Bibliografia e dos conteúdos programáticos das aulas expositivas.Entrega impresso até a última aula 3.0 Produção Experimental de filme através do celular(captação de imagens- com edição a posteriori.(individual, dupla ou grupo).Apresentação para avaliação nas duas últimas aulas do semestre.

Bibliografia

AUMONT,Jaques.A imagem.E.Papirus.Campinas.,1993 BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico. Editora Contraponto. R. de Janeiro .1996 BOCCARA, E. G. A Correlação Entre Signo E Arquétipo Na Construção de Modelo Analítico do Fenômeno Da Ambientalização Na Arte Contemporânea. Campinas,Cadernos da Pós-Graduação, Instituto de Artes da Unicamp. N.o6/ 2000. BOCCARA, E. G. Artigo: Reflexões Analíticas Críticas para uma Abordagem Epistemológica, Holoepistemológica, Semiótica E Psicoanalítica Na Pesquisa Em Artes.Campinas, Cadernos da Pós-Graduação, Instituto de Artes da Unicamp. N.O1/1997. BOCCARA, Ernesto G. As Questões das Artes, do Design e a convergência das mídias através da tecnologia computacional: o surgimento de linguagens híbridas no contexto da comunicação social contemporânea. Cadernos da Pós Graduação, Ano 5 Vol.5, no. 2, 2001. IA-Unicamp. BOCCARA,Ernesto G.Os Ciclonautas. Jogro e os doze Kríakos.Editora nVersos-SP.2013 BOHM, David.A Totalidade e a Ordem Implicada –Uma nova percepção da realidade.Ed.Cultrix-SP CHANGEUX, Jean-Pierre; O Homem Neuronal. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1991. CHIBENI, Silvio Seno. Aspectos da Descrição Física da Realidade. CLE – Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência – Unicamp. Volume 21, 1997. CABRERA,Julio.Uma Introdução à Filosofia através dos filmes.Ed.Rocco.Rio de Janeiro.1999. DAMÁSIO, Antonio. O mistério da Consciência. Editora Companhia das Letras. São Paulo. 1999. DEUTSCH, David. A Essência da Realidade. Makron Books,SP, 2000. ECO, Umberto. A Estrutura Ausente – Introdução à pesquisa semiológica. Ed. Perspectiva,SP,1976. ECO, Umberto. Obra aberta. São Paulo. Perspectiva. 1971 ECO, Umberto. Tratado Geral de Semiótica. , São Paulo, Editora Perspectiva, 1980. EDWARDS Elwyn. Introdução À Teoria Da Informação. São Paulo. Cultrix/Edusp, 1971. HEISENBERG, Werner. Física e Filosofia. Editora UnB, Brasília, 2ª ed., 1987. KUHN, Thomas S.; A Estrutura das Revoluções Científicas. Ed. Perspectiva,SP, 3ª edição,1991. LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência.- O futuro do pensamento na era da informática. Editora 34,SP, 1ª ed. 1993 – 6ª reimpressão,1998. LUZ,Rogério.Filme e Subjetividade-Edit.Rios-Contra Capa.Rio de Janeiro.2002 FLUSSER,Vilém.Língua e Realidade.Annablume.2007SP GUATTARI, Félix e outros. Psychanalyse et cinéma. Paris. Seuil n.23.1975 OGDEN, C.K. E I. A. Richards. O Significado de Significado. Rio de Janeiro, Zahar, 1972. OLES, Abraham. Teoria da Informação E Percepção Estética. RJ,Tempo Brasileiro, 1968.São Paulo 1973. Cap. I: “Natureza da Informação Estética” : da pág. 13 a 62 MARIN, Ronaldo. As Bases Fisiológicas da Estrutura Triádica da Semiótica. Dissertação de Mestrado. IA – Unicamp. Biblioteca da Universidade de Campinas – SP MARIN, Ronaldo, SCHMIDT, Christiane. Natureza Morta Com Espelhos – ou a natureza no seu próprio reflexo. Cadernos da Pós Graduação, Ano 5 Vol.5, no. 2, 2001. IA-Unicamp. MATURANA, Humberto. O que se Observa depende do Observador. in THOMPSON, MATURANA, Humberto. Ontologia da Realidade. Ed. UFMG, BH,2ª reimpressão,2001. MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco J.; A Árvore do Conhecimento. Ed. ArtMed,SP, 4ª edição, 1ª reimpressão,2002. NETTO Coelho, J. Teixeira – “Por Uma Teoria da Informação Estética”. Monitor Edições. São NETTO Coelho, J. Teixeira.- Introdução À Teoria Da Informação Estética. Petrópolis, Vozes, 1974. NETTO Coelho, J. Teixeira. Semiótica, Informação e Comunicação São Paulo, Perspectiva. 1980 NETTO Coelho, J. Teixeira. Semiótica, Informação e Comunicação. SP, Ed. Perspectiva, 1983. NÖTH, Winfried. A Semiótica No Século XX. Ed. Annablume,SP,1999, 2ªedição. PEIRCE, Charles. S. Escritos Coligidos, in Os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural. 1974 PIGNATARI Décio. Semiótica E Literatura. São Paulo,.Editora Perspectiva, 1974. PIGNATARI Décio. Informação. Linguagem. Comunicação. São Paulo, Editora Perspectiva, 1970. PLAZA, Júlio - Artigo: Arte, Ciência, Pesquisa - Relações. Da Pág.21 A 31. Revista Trilhas. IA. Unicamp. 1997. Campinas. PLAZA, Júlio. Tradução Intersemiótica. São Paulo. Perspectiva. 1985 RAMOS,Fernão Pessoa .A imagem-Cãmera.Campinas.Papirus Editora.2012 SAMAIN,Etienne.Como pensam as imagens.Campinas.Edit.Unicamp.2012 SANTAELLA, Lucia. A Percepção – uma teoria semiótica. Ed. Experimento,SP,1998. SANTAELLA, Lucia. A Teoria Geral dos Signos – Como as linguagens significam as coisas. Ed. Pioneira, SP, 2000. SANTAELLA, Lucia. Matrizes Da Linguagem e Pensamento – sonora, visual e verbal. Ed. Iluminuras,SP. SANTAELLA, Lúcia /NOTH, Winfried. Imagem, Cognição, semiótica mídia. Iluminuras. SP. 1997 SANTAELLA, Lúcia. Cultura das mídias. Experimento. São Paulo. 1996 SANTAELLA, Lúcia. O Que É Semiótica? São Paulo Coleção Primeiros Passos. VALENTE, Nelson. Brosso, Rubens. Elementos de Semiótica. São Paulo. Panorama. 1999.

Conteúdo

Introdução A Proposta desta disciplina é mergulhar, com os recursos analíticos e questionadores de uma abordagem epistemológica, na natureza profunda da ESCRITA EM GERAL, correlacionando-a com a particular forma de escrita aplicada à FUNÇÃO dirigida do ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO. Ou seja entender o processo de como o SIGNO SIMBÓLICO palavra escrita se torna intencionalmente e de forma programada UM SISTEMA DE SIGNOS ICÔNICOS E INDICIAIS na IMAGEM CINEMATOGRÁFICA. Tanto a palavra como a imagem técnica são descontinuidades que recuperam sua continuidade na construção de uma significação intencional quando são relacionadas na produção de um filme.O que interessa à esta disciplina é exatamente como deve ocorrer esta relação entre duas naturezas tão diferenciadas da linguagem expressiva no amplo contexto da comunicação.No entanto ambas são reveladoras do pensamento humano.É neste aspecto é que entenderemos seus respectivos valores no fluxo destes meios da comunicação humana que combinados adquirem a potencialidade de atingir e envolver o espectador em narrativas que lhe ofereçam além de diversão, significados referenciais de orientação existencial. Referencial Teórico A disciplina em curso, novamente retoma à pesquisa que vem se realizando desde 2012 e que nunca foi interrompida, referenciada na importante obra de Vilém Flusser.Aqui nos concentraremos na publicação dos livros recentemente lançados pela Editora ANNABLUME:”A Escrita-Há futuro para a escrita¿”Sabemos que este pensador se dedicou muito à IMAGEM em vários contextos de sua manifestação na diversidade das mídias,vide obras a seguir citadas.Encontramos nesta obra, em especial-A ESCRITA, um aparente “objeto prosaico” e até por alguns considerado “arcaico” como assim se refere um dos seus estudiosos leitores professor da Pós-Graduação da PUCC-SP-Norval Baitello Junior.No entanto ao citarmos a frase de Flusser entendemos o por que desta referência ser importante para nossos estudos em Multimeios no Século XXI “A escrita escavadora é iconoclasta”.Segundo Norval se pensarmos que a escrita “rasga imagens quando as apresenta em tiras ou linha,abrindo caminho para a construção futura de novas imagens sintéticas por meios de pontos.E é por pontos que surge o programa...Algo já pré-escrito que estabelece e determina previamente caminhos a serem trilhados,,algo que subtrai a dor da decisão,por que programa até aqueles que programam.” O escrever é uma das muitas operações redutoras quando nos referimos a imagens mentais,memórias, sonhos,sentimentos,associações imagéticas em processos criativos e pensamentos que surgem através da imaginação ativa.O que se perde de individual na transcodificação destes territórios psíquicos pessoais se ganha em generalização nas dimensões semióticas do coletivo.O mesmo acontece com as imagens técnicas como as do cinema determinadas a serem construídas como artifícios da linguagem visual.A escrita que caminha para as imagens ou sejam os Roteiros para produção de filmes não é uma linha reta e exige uma reflexão sobre esta transcodificação tão extensa e complexa quanto profunda. Não nos concentraremos apenas nesta obra de Flusser mas como estamos sob uma abordagem Epistemológica temos mais um livro que vem a nosso encontro nesta intenção da mesma editora e do mesmo autor: “A Dúvida” A melhor forma de entendimento desta obra e por que a escolhemos é o fato de que não há possibilidade de uma abordagem epistemológica sem a Dúvida,sem a interrogação a tudo que supomos conhecer,principalmente o consagrado e constituído em códigos programadores de crenças,de moral, de valores e de sentido operacional das rotinas existenciais contemporâneas.Para Flusser :” A interrogação...é o signo que mais significativamente articula a a meu ver a situação na qual estamos...Maior inclusive que a cruz,a foice e o martelo,e a tocha da estátua da liberdade.” E ainda vale refletir sobre “A dúvida ,aliada à curiosidade é o berço da pesquisa,portanto de todo conhecimento sistemático” Questões gerais: 1-O que há de específico no escrever¿ De que maneira ele distingue-se de outros gestos semelhantes, do passado e do futuro-do desenhar,do pintar,do fotografar,do filmar,digitar, etc. 2-Que tipo de existência os seres humanos levavam antes que tivessem começado a escrever¿ Como teria sido a existência, se tivessem desistido de escrever¿ Conteúdos Programáticos: Obs: Referenciada na obra “A Escrita”,complementada em “A dúvida,” “O universo das imagens técnicas” e”Filosofia da Caixa Preta” de Vilém Flusser-seguiremos a seqüência da maioria seus capítulos na ordenação dos conceitos necessários a preparem os Fundamentos Teóricos e Metodológicos da disciplina. 1-Metaescrita-“Reflexões através da escrita sobre a própria escrita” 2-Inscrições-“Origem da escrita-fazer incisões sobre superfícies.” 3-Sobrescrições-“Gotas de tinta derramadas sobre a superfície” 4-Letras-“O código alfanumérico-normatização do código da linguagem. 5-Textos-“Tecidos inacabados:feitos de linhas” 6-Tipografia-“A ser compreendido como uma nova maneira de escrever e pensar.” 7-Prescrições: “Escrita para os aparelhos, novos sinais em campos eletromagnéticos” 8-A Língua Falada:”Como uma variedade do pensamento”. 9- Poesia: “Um jogo com a linguagem para aumentar criativamente o universo da língua-o nascedouro de novas palavras” 10-Modos de Leitura: “Só se pode ler com base em alguma crença” 11-Decifrações: “Obras escritas ,textos,são seqüências de cifras.Lê-los significa de-cifrá-los.” 12-Livros-“Estágio intermediário caminho que procede da floresta em direção à terra das inteligências artificiais” 13-Cartas-“Não são pensadas para publicação,não são textos endereçados ao leitor” 14-Jornal-“Modo de Leitura rápida.Em relação às novas mídias tornou-se uma memória duradoura” 15-16(foram suprimidos por não ter um interesse direto com a disciplina) 17-Roteiros: a-Textos que não se dirigem a editores e por meio desses aos leitores mas a produtores de cinema,de televisão e rádio e por meio desses aos telespectadores , espectadores e ouvintes. b-“Os que escrevem este tipo de texto são roteiristas(Script writers)-gravadores de textos...Semelhante aos equilibristas,tentam manter o equilíbrio entre texto e imagem-Uma acrobacia literária” c-“Um roteiro é algo híbrido:uma metade é texto de um drama a ser encenado...a outra metade já é programação de aparelhos”... 18-(Códigos)Digitais , 19-Transcodificar,20- Subscrita. Observação: Estes três itens finais da Obra –“A Escrita” serão analisadas nos outros livros abaixo citados. A seguir citamos as Obras de Flusser e obras organizadas por pesquisadores que estudam e falam sobre o seu pensamento que serão importantes para complementação de um painel amplo de questões decorrentes da proposição desta disciplina e que serão apresentados ao longo do semestre em aula e sugeridos em capítulos a serem destacados em vista de que a obra de Flusser tem enredamentos conceituais entre suas obras que se tornam claros à medida que se revelam suas conexões internas e externas de forma analítica e dedutiva. 1-Bernardo, Gustavo(org) A FILOSOFIA DA FICÇÃO DE VILÉM FLUSSER.Editora AnnaBlume.,SP,2011 2- FLUSSER,Vilém.A DÚVIDA. Editora AnnaBlume.SP,2011 3- ----------------------.FILSOFIA DA CAIXA PRETA. Editora AnnaBlume.,SP.2011 4-_________________,O UNIVERSO DAS IMAGENS TÈCNICAS. Editora AnnaBlume.,SP,2008

Metodologia

1.0 Leituras Programadas, orientadas e referenciadas na bibliografia 2.0 Aulas Expositivas Teóricas com apoio de ilustrações e esquemas 3.0 Análise de Roteiros e seus correspondentes Filmes. Exibição de trechos de filmes selecionados e análise de seus roteiros. Avaliação dos resultados destas análises através de desdobramentos reflexivos e orientadores de possíveis roteiros e produção de filmes de baixo custo como exercícios experimentais através do uso de celulares

Observação

A disciplina solicita que se inscrevam alunos regulares e especiais com forte interesse em cinema e roteiro e que tenham a possibilidade de utilizar um celular que tenha condições de captura de imagens com qualidade de som.A avaliação dependerá desta experiência a ser instrumentada em aula através de exemplos pois se trata de uma nova tendência diante da proliferação desta tecnologia acessível recentemente.