Turma AV203 - Laboratório III - Turma A

Nome

Laboratório III

Subtítulo

Estudo sobre as Imagens do Inconsciente nas Artes Visuais

Cód. Disciplina - Turma

AV203 - A


Sala Sala 08 do DAP-IA
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Quarta-feira das 09 às 12

Dados da disciplina

Nome AV203 - Laboratório III
Programa Artes Visuais
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 0
Total de Horas Atividades Prática 45
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0

Docentes

Ernesto Giovanni Boccara

Critério de Avaliação

Frequência mínima obrigatória de 75% da carga horária total-15 aulas de 3 horas. Participação ativa em aula. Leituras prévias de textos extraídos da Bibliografia. Paper final individual sobre reflexões e análises dos conceitos, bibliografia e filmes. (entrega na última aula do semestre-Junho de 2016)

Bibliografia

ADES,Dawn. O Dadá e o Surrealismo. Barcelona: Editorial labor do Brasil S.A.1974 ALEXANDRIAN, Sarane. O surrealismo. Cacém: Editorial Verbo,1973 ARNHEIM,Rudolf. Arte e Percepção Visual: uma Psicologia da Visão Criadora. São Paulo EDUSP,1980 BEAUREGARD, Mario & O’LEARY.O cérebro espiritual. Rio de Janeiro.Best Seller.2008 BOCCARA, Ernesto G. Os ciclonautas-Jogro e os doze Kríakos. São Paulo. nVersos Editora. 2013 BRUCE-MITFORD, Miranda. O livro ilustrado dos Símbolos:O universo das imagens simbólicas que representam as idéias e os fenômenos da realidade. São Paulo: Publifolha,2001 CAMPBELL, Joseph. O poder do Mito. São Paulo: Palas Athenas,1991 CAPRA, Fritjof. A teia da vida. São Paulo Cultrix 1999 CARUANA, Lawrence. O Primeiro Manifesto da Arte Visionária. Curitiba. URCGlP-Coleção acadêmica.2013 DOCZI, Gyorgy. O Poder dos Limites. Harmonias e proporções na natureza, arte e arquitetura. São Paulo.Mercuryo.1990 ELIADE, Mircea. Imagens e Símbolos. São Paulo.2002 EHRENZWEIG, Anton.A ordem oculta da Arte.Rio de Janeiro.Zahar Editores.1969 GOMBRICH,E.H.A história da Arte. Rio de Janeiro: Zahar Editores.1981 HAUSER, Arnold. Maneirismo: A crise da Renascença e o Surgimento da Arte Moderna. São Paulo: Perspectiva 1993 HOCKE, Gustav René. Maneirismo O mundo como Labirinto. São Paulo Perspectiva 2005 HUXLEY, Aldous. As portas da percepção - Céu e Inferno. São Paulo. Globo S.A.2004 JUNG, Carl Gustav. O homem e seus Símbolos. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira.2010 -------------------------Os arquétipos e o Inconsciente coletivo. Petrópolis.Editora Vozes.2007 -------------------------Psicologia e Alquimia. Petrópolis. Editora Vozes. 1991 ------------------------ O Livro Vermelho. Petrópolis. Editora Vozes.2010 -------------------------Estudos Alquímicos. Petrópolis. Editora Vozes. 2013 -------------------------O Eu e o Inconsciente.Petrópolis.Editora Vozes.1971 ------------------------ A Natureza da Psique.Petrópolis.Editora Vozes.1971 -------------------------A Dinâmica do Inconsciente.Petrópolis.Editora Vozes.1971 -------------------------O espírito na Arte e na Ciência.Petrópolis..Editora Vozes 1991 MACKINTOSH, Alastair. O Simbolismo e o Art Noveau. Barcelona. Editorial Labor do BrasilS.A,1974 MIKOSZ, Jose Eliézer. Arte Visionária. Curitiba. Editora Prismas..2014 SANTAELLA,Lucia..A Teoria Geral dos Signos.São Paulo.Editora Pioneira.2000 ------------------------.Semiótica Aplicada.Editora São Paulo.Editora CENCAGE Learning.2008. SILVEIRA, Nise da. Imagens do Inconsciente. Rio de Janeiro. Petrópolis.Editora Vozes.2015. SCHURIAN,Walter. Arte Fantástica.Koln.Taschen,2005 VINCENT, Jean-Didier. Viagem Fantástica ao Centro do Cérebro. Rio de Janeiro.2010

Conteúdo

O estudo das Imagens do Inconsciente nas Artes Visuais transcendem o mundo físico, retratam visões que muitas vezes incluem temas de origem psíquica profunda, espirituais e místicas ou pelo menos alicerçadas em tais experiências. Essa pesquisa na arte não é um fenômeno novo, diversos movimentos artísticos do passado tiveram essa mesma preocupação como por exemplo:o Simbolismo,o Dadaísmo,o Surrealismo,o A Arte New Age o Realismo Mágico, o Realismo Fantástico, e a Arte Visionária na atualidade.Estes movimentos se aproximam no caráter figurativo não específico com variações estéticas e técnicas.É possível encontrar entre estes artistas aqueles com treinamento acadêmico clássico e aqueles sem como os naifs, ou muito técnicos e de grande destreza e virtuosismo similar aos hiper-realistas.Eles podem usar materiais convencionais de pintura e desenho, ou então todos os tipos de inovações tecnológicas da fotografia, cinema e computação. Embora predominantemente figurativa, há artistas que trabalham com formas abstratas ou uma mescla de ambas, que são indícios e justificam o seu surgimento nas artes visuais. Nas pesquisas de natureza neuronal humana e na organização estrutural da natureza encontramos padrões que se encaixam nas espirais e vórtices inclusive no corpo humano no próprio sistema nervoso central internalizando estas estruturas expressivas.Também encontramos indícios evidentes nos desenhos e gravuras dos Alquimistas, nos Mitos Arcaicos, na Cultura Indígena Amazônica, no Xamanismo, nas pinturas e Mandalas de Carl Gustav Jung e nos pacientes do Museu do Inconsciente, da terapeuta brasileira Nilse Silveira. Os estudos da hipotética relação entre a Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung e a obra de arte é necessária apesar de sua incomensurabilidade pois existe uma estreita conexão entre estes dois campos que pede uma análise direta. Essa relação baseia-se no fato da arte, em sua manifestação profunda ser consequência de uma atividade subjetiva,emocional,instintiva, compulsiva e portanto de raízes psicológicas. Ela, como toda atividade humana oriunda de causas psicológicas, é objeto da psicologia. No entanto são necessários cuidados metodológicos quanto à aplicação de teorias de natureza psicológicas:elas só são possíveis nos aspectos da arte no processo de criação dos artistas não se fazendo abordagens ontológicas no que constitui o próprio ser da arte. mas apenas em suas propriedades estético artísticas combinadas com estudos de natureza biográfica já que são aspectos que se entrelaçam no fazer artístico.Nas dimensões periféricas do aspectos lógicos,históricos e culturais aqui propõe-se a combinação da Ciência dos Signos de Charles Sanders Peirce com a Psicologia Analítica partindo-se de uma possível análise dos Significantes da obra artística de modo a alcançar a sua Significação profunda razão de ser de sua aparição fenomênica no mundo.

Metodologia

A abordagem proposta selecionará obras e artistas dentro de um universo definido por movimentos estéticos citados.Esta escolha se justifica e se reafirma diante do pressuposto de que estes movimentos produziram mergulhos nas regiões mais profundas do Inconsciente Coletivo definido por Jung(vide bibliografia) a partir das seguintes definições: Sobre o Inconsciente Coletivo O inconsciente não é concentrado nem intensivo, mas crepuscular até a obscuridade. É extremamente extnsivo e pode justapor paradoxalmente os elementos mais heterogêneos possíveis, e encerra, além de uma quantidade incalculável de percepções subliminares, o tesouro imenso das estratificações depositadas no curso das vidas dos ancestrais que, apenas com sua existência, contribuíram para a diferenciação da espécie. Se o inconsciente pudesse ser personificado, assumiria os traços de um ser humano coletivo à margem das características de sexo, à margem da juventude e da velhice, do nascimento e da morte, e disporia da experiência humana quase imortal de um a dois milhões de anos. O inconsciente seria um sonhador de sonhos seculares e, graças à sua prodigiosa experiência, seria um oráculo incomparável de prognósticos. Ele teria vivido, com efeito, um número incalculável de vezes, a vida do indivíduo, da família, das tribos e dos povos e possuiria o mais vivo e mais profundo sentimento do ritmo do devir, da plenitude e do declínio das coisas Este ser humano coletivo não é uma pessoa , mas antes uma espécie de corrente infinita ou quiçá um oceano de imagens e de formas que irrompem, às vezes, na consciência por ocasião dos sonhos ou em estados mentais anormais”. Sobre a obra de Arte e o Artista: A análise prática dos artistas mostra sempre de novo quão forte é o impulso criativo que brota do inconsciente, e também quão caprichoso e arbitrário. Quantas biografias de grandes artistas já demonstraram que o seu ímpeto criativo era tão grande que se apoderava de tudo que era humano, colocando-o a serviço da obra, mesmo à custa da saúde e da simples felicidade humana. A obra inédita na alma do artista é uma força da natureza que se impõe, ou com tirânica violência ou com aquela astúcia sutil da finalidade natural , sem se incomodar com o bem estar pessoal do ser humano que é o veículo da criatividade. A essência da obra de arte não é constituída pelas particularidades pessoais que pesam sobre ela-quanto mais numerosas forem, menos se tratará de arte; pelo contrário sua essência consiste em elevar-se muito acima do aspecto pessoal .Provinda do espírito e do coração, fala ao espírito e ao coração da humanidade. Todo ser criador é uma dualidade ou uma síntese de qualidade paradoxais. Por um lado ele é uma personalidade humana e por outro um processo criador, impessoal. Enquanto homem, pode ser saudável ou doentio; sua psicologia pessoal pode e deve ser explicada de um modo pessoal. Mas enquanto artista, ele não poderá ser compreendido a não ser a partir de seu ato criador. ... mas constitui um supremo grau uma realidade impessoal e até mesmo inumana ou sobre-humana, pois enquanto artista ele é sua obra e não um ser humano. Práticas Didáticas: Aulas teóricas expositivas complementadas por esquemas em Powers Points, Ilustrações através de Obras de Artes selecionadas, dos artistas dos movimentos propostos e filmes correlacionados aos conteúdos programados. Leituras programadas referentes à Bibliografia

Observação

Por se tratar de disciplina de Laboratório esta terá um caráter teórico prático e portanto terá demandas de rebatimento prático através de trabalhos expressivos em qualquer técnica e suportes de livre escolha do aluno