Mesa Desmontando a palhaçada: quanta bobeira!
Résumé
Trágico da alegria, idosos em casa de repouso, ritual de iniciação, aspecto arquetípico, transgressão - o que tudo isso tem a ver com a arte do palhaço? Afinal, que palhaçada essa? Palhaças pesquisadoras desmontam suas pesquisas sem seriedade a partir de suas experiências específicas envolvendo múltiplas abordagens e interesses. Uma palhaça, a Chiquinha (Cassandra Ormachea), frequenta casas de repouso para investigar a condução de jogos cênicos e a criação dramatúrgica com idosos. Outra palhaça, Querubina (Luciane Olendzki), pergunta-se sobre o trágico da alegria e afirmação da vida na arte clownesca e resolve enfrentar a temática da morte em exercícios de composição clownesca. Mais uma palhaça, Roseleia (Renata Volpato) que em suas práticas pedagógicas e artísticas evidencia os aspectos arquetípicos e do cuidar de si na arte do clown. Ainda há a palhaça Caixinha (Ana Elvira Wuo) que como iniciadora de outros palhaços perscruta os atravessamentos, desdobramentos da experiência que culmina no ritual da iniciação, retornando aos mestres e suas influências pedagógicas. Por fim, uma palhaça que veio das ruas belorizontinas, Florisa (Marisa Riso) atravessou continentes e entrou nas portas da academia europeia para cruzar os caminhos da prática e da teoria considerando o palhaço como provocador do riso e transgressor da ordem através do comportamento às avessas. Quanta palhaçada! Pesquisadoras acadêmicas que abordam uma temática em comum a comicidade e o palhaço - um mesmo e tão diferente objeto de pesquisa - em desmontagens singulares arredondaram, circularizaram “prá valer” uma mesa des-performática e com bom humor. Enfim, nada de seriedade, foi tudo bobagem.
Publié-e
2017-01-15
Numéro
Rubrique
Documentos de Apresentações Artísticas