Turma AC102 - Zona de Contágio - Turma A

Nome

Zona de Contágio

Subtítulo

O drama em questão: aspectos inovadores da dramaturgia brasileira (1910-1943)

Cód. Disciplina - Turma

AC102 - A


Sala Sala 3 - Pós-Graduação
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Terça-feira das 09 às 12

Dados da disciplina

Nome AC102 - Zona de Contágio
Programa Artes da Cena
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 0
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 45
Hora Seminário 0
Oferecimento IA
Início das Aulas: 06/03/2012

Docentes

Larissa de Oliveira Neves Catalão

Critério de Avaliação

Trabalho final e participação em sala.

Bibliografia

ABIRACHED, Robert. La crise du personnage dans le théâtre moderne. Paris, Gallimard, 1994. ANDRADE, Oswald ; ALMEIDA, Guilherme de. Mon coeur balance/ Leur âme. Tradução de Pontes de Paula Lima. 3. ed. São Paulo, Globo, 2003. BERNSTEIN, Ana. A crítica cúmplice. Décio de Almeida Prado e a formação do teatro brasileiro moderno. São Paulo, Instituto Moreira Salles, 2005. BRAGA, Cláudia M. Teatro brasileiro na República Velha: reflexões sobre a dramaturgia brasileira (1889-1930). Tese de doutorado, ECA/USP, 1999. CAMARGO, Joracy. Deus lhe pague... 8ª ed. Rio de Janeiro, Zelio Valverde, 1945. CARLSON, Marvin. Teorias do teatro. Tradução de Gilson César Cardoso de Souza. São Paulo, Edusp, 1997. COSTA, Marta Morais da. Em cena, pequenas sombras frágeis. In: GOMES, Roberto. Teatro de Roberto Gomes. Rio de Janeiro, INACEN, 1983. DORIA, Gustavo. Moderno teatro brasileiro. Rio de Janeiro, SNT/ MEC, 1975. FERREIRA, Adriano de Assis. Teatro Trianon: forças de ordem x forças da desordem. Dissertação de mestrado, FFLCH/USP, 2004. FRAGA, Eudinyr. Nelson Rodrigues expressionista. Cotia, Ateliê Editorial/FAPESP: 1998. _____. O simbolismo no teatro brasileiro. São Paulo, Art & Tec, 1992. GOMES, Roberto. Teatro de Roberto Gomes. Rio de Janeiro, INACEN, 1983. GUINSBURG, J. et al. (coordenação). Dicionário de teatro brasileiro: temas, formas e conceitos. São Paulo, Perspectiva/ SESC SP, 2006. GUINSBURG, J. Da cena em cena. São Paulo, Perspectiva, 2001. HUPPES, Ivete. Melodrama – o gênero e sua permanência. Cotia, Ateliê Cultural, 2000. LARA, Cecília de. De Pirandello a Piolim: Alcântara Machado e o teatro no modernismo. Rio de Janeiro, INACEN, 1987. LEVIN, Orna Messer. Figurações do Dândi: um estudo sobre a obra de João do Rio. Campinas, Unicamp, 1996. _______. Pequena tabuada do teatro oswaldiano. Tese de doutorado, IEL/UNICAMP, 1995. MILARÉ, Sebastião. Batalha da quimera. Rio de Janeiro, Funarte, 2009. NUNES, Mário. 40 anos de teatro. Rio de Janeiro, SNT, s.d. PAVIS, Patrice. Dicionário de Teatro. 2. ed. São Paulo, Perspectiva, 2003. PRADO, Décio de Almeida. História concisa do teatro brasileiro. São Paulo, Edusp/Imprensa Oficial, 1999. ______. Teatro brasileiro moderno. 2. ed. São Paulo, Perspectiva, 2001. PICCON-VALLIN, Béatrice. Organização de Fátima Saadi. A arte do teatro – entre tradição e vanguarda. Meyerhold e a cena contemporânea. Rio de Janeiro, Teatro do Pequeno Gesto/ Letra e Imagem, 2006. RIO, João do (Org. Orna Messer Levin). Teatro de João do Rio. São Paulo, Martins Fontes, 2002. RODRIGUES, Nelson. Teatro completo de Nelson Rodrigues. vol. 1. Peças Psicológicas. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1981. ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Tradução de Yan Michalski. 2. ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1998. SANTOS, Sérgio R. de Carvalho. O drama impossível: teatro modernista de António de Alcântara Machado, Oswald de Andrade e Mário de Andrade. Tese de doutorado, FFLCH/USP, 2002. SARRAZAC, Jean-Pierre; NAUGRETTE, Catherine. Dialoguer: un nouveau partage des voix. vol. II. Mutations. Révue des Études Théatrales. Louvain-la-Neuve, Centre d’études théatrales, 2005. SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno [1880-1950]. São Paulo, Cosac & Naify, 2001. VIANNA, Oduvaldo. Comédias. São Paulo, Editora WMF Martins Fontes, 2008. _____. Manhãs de sol. Caderno 69. Rio de Janeiro, SBAT, 1961. VIANNA, Renato. A última encarnação do Fausto. (Cópia digitada). ____. Deus – o drama angustioso do século. Datilografado (Biblioteca Jenny Klabin Segall), São Paulo, 1935. ____. Sexo. In: Obras completas de Renato Vianna, volume I. Editora A Noite, 1954.

Conteúdo

Objetivos: A proposta do curso está centrada na investigação, no contexto do teatro brasileiro do início do século XX, das principais vertentes estéticas da dramaturgia nacional, em que pese a tentativa de dramaturgos em renovar o aspecto cênico vigente. Para isso, serão estudados alguns textos dramáticos que propunham uma filiação estética destoante do teatro puramente comercial em voga, buscando ajustar-se ao então conhecido moderno. Justificativa: A modernidade dramática no Brasil tem sido objeto de estudos nas Artes Cênicas, sobretudo a partir das décadas de 40 e 50 do século XX, período que o consenso crítico outorgou como início do teatro moderno brasileiro. A perspectiva do curso centra-se na ideia de uma suposta crise na produção dramatúrgica nacional que antecedeu essa modernização. Essa crise pode ter ocorrido por diversos motivos, seja pela impossibilidade de representação formal das questões surgidas no campo social, seja pela incompreensão das novas propostas cênicas; fato é que alguns autores buscaram, por aproximadamente 30 anos e em vista de uma modernização europeia, a renovação teatral brasileira, sem sucesso. Esse período iniciou-se com Roberto Gomes, autor que procurou inserir características do teatro simbolista em seus textos, e seguiu até o rompimento formal com o teatro de Nelson Rodrigues. Entre eles, encontramos autores cujas propostas desencadearam novas coordenadas estéticas (literárias e também para o palco), mas que por algum motivo foram insuficientes para alcançar os desdobramentos desejados. Esses aspectos ideológicos e estéticos, em vista da composição das poéticas dramáticas surgidas nesse período, permanecem ainda pouco investigados. Assim, ao longo do curso, com base em discussões baseadas nas leituras dos textos teóricos e dramáticos, pretende-se apontar quais foram os pontos teórico-estéticos mais determinantes do teatro entre 10 e 40 que fundamentaram o que será posteriormente denominado de teatro moderno brasileiro. Conteúdos: 1. Aspectos do teatro brasileiro na Belle Époque; 2. O teatro simbolista: Maeterlinck e o teatro estático; 3. Ecos do teatro simbolista no Brasil: João do Rio e o dândi nacional; 4. Roberto Gomes entre o simbolismo e o teatro da paixão; 5. Renato Vianna e A última encarnação do Fausto; 6. Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida: primórdios do teatro modernista em São Paulo; 7. O Teatro de Brinquedo e Álvaro Moreyra; 8. A crítica de António Alcântara Machado; 9. Grupo Trianon e sua proposta teatral; 10. Cláudio de Souza e Oduvaldo Vianna, cômicos dissonantes; 11. Joracy Camargo: ideologias marxistas no palco nacional; 12. Um outro Oswald de Andrade, o marxista; 13. Retorno a Renato Vianna e seu Teatro-Escola; 14. Preparando o terreno: aspectos estéticos e ideológicos propostos como elementos de ruptura. 15. Nelson Rodrigues e a ruptura desejada (A mulher sem pecado e Vestido de noiva).

Metodologia

Aulas expositivas. Discussões suscitadas pela leitura dos textos dramáticos e teóricos.

Observação