Turma DE005 - Cinema Documentário - Turma A

Nome

Cinema Documentário

Subtítulo

Cinema Documentário Francês e Canadense- alguns tópicos na contemporaneidade

Cód. Disciplina - Turma

DE005 - A


Sala MS -02 SEGUNDO PISO - CICLO BASICO - DAC
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Quinta-feira das 09 às 12

Dados da disciplina

Nome DE005 - Cinema Documentário
Programa Multimeios
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 45
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0
Oferecimento IA
INICIO DAS AULAS EM 08/03 - É necessário um conhecimento mínimo da língua francesa.

Docentes

Fernão Vitor Pessoa de Almeida Ramos

Critério de Avaliação

Trabalho Final

Bibliografia

- Aitken, Ian. The Documentary Film Movement - an anthology. Edinburgh, Edinburgh University Press. 1979. - Barnouw, Erik. Documentary – a history of the non-fiction film. Nova York, Oxford University Press, 1993. - Bernardet, Jean-Claude. Cineastas e Imagens do Povo. Brasiliense, São Paulo,1985. - Burton, Julianne. The Social Documentary in Latin America. Pittsburgh, Univ. of Pittsburgh Press, 1990. - Carroll, Noël. From Real to Reel: Entangled in Nonfiction Film. in Carrol, Noël. Theorizing the Moving Image. Cambridge University Press, 1996. - Carroll, Noël. Ficção, Não Ficção e o cinema da asserção pressuposta: uma análise conceitual in Ramos, Fernão Pessoa. Teoria Contemporânea do Cinema - Documentário e Narratividade Ficcional. São Paulo, SENAC, 2005. - Cavalcanti, Alberto. Filme e Realidade. Martins, São Paulo,1953. - CINEMAIS nº8, novembro/dezembro 1997 (número sobre documentário). - CINEMAIS Nº 36, janeiro/fevereiro 2004 (número sobre documentário). - Comolli, Jean-Louis. Ver e Poder - A inocência perdida: cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2008. - Da-Rin. Silvio. Espelho Partido - tradição e transformação no documentário. Rio de Janeiro, Azougue Editorial, 2004. - Gauthier, Guy. Un Siècle de Documentaires Français. Paris, Armand Colin, 2004. - Gauthier, Guy. Le Documentaire - Un Autre Cinéma. Paris, Nathan, 1995. - Holanda, Karla. Documentário Nordestino - mapeamento, história e análise. São Paulo, Annablume, 2008. - Jacobs, Lewis. The Documentary Tradition. Norton & Company, Londres, 1979. - Lane, Jim. The Autobiographical Documentary in America. Wisconsin, University of Wisconsin Press, 2002. - Labaki, Amir e Mourão, Maria Dora (org.). O Cinema do Real. São Paulo, CosacNaify, 2005. - Lins, Consuelo. O Documentário de Eduardo Coutinho – Televisão, Cinema e Vídeo. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2004. - Lins, Consuelo e Mesquita, Claudia. Filmar o Real - sobre o documentário brasileiro contemporâneo. Rio de Janeiro, Zahar, 2008. Marie, Michel - Marie, Michel. Nouvelle Vague - Godard. Campinas, Papirus, 2011. - Marie, Michel e Jullier, Laurent. Lendo as Imagens do Cinema. São Paulo, Ed. Senac, 2009. - Michel, Marie e Aumont, Jacques. Dicionário Teórico e Crítico do Cinema. Campinas, Papirus, 2007. - Mamber, Stephen. Cinema Verite in America: Studies in Uncontrolled Documentary. MIT Press, 1974. - Marinho, José. Dos Homens e das Pedras - o ciclo do cinema documentário paraibano (1959-1979). RJ, Eduff, 1998. - Marsolais, Gilles. L'Aventure du Cinéma Direct Revisitée. Québec, Le Cinema 400 Coups. - Mattos, Carlos Alberto. Eduardo Coutinho - O homem que caiu na real. Portugal, Festival de Cinema Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira, 2004. - Michelson, Anette. Kino-Eye – the writings of Dziga Vertov. Berkeley, University of California Press, 1984. - Nichols, Bill. Representing Reality. Indiana University Press, Indianapolis, 1991. - idem. 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A Cicatriz da Tomada: documentário, ética e imagem intensa. in Ramos, Fernão Pessoa. Teoria Contemporânea do Cinema - Documentário e Narratividade Ficcional. São Paulo, SENAC, 2005. - idem. O Que É Documentário? http://www.bocc.ubi.pt/pag/pessoa-fernao-ramos-o-que-documentario.pdf. - Ramos, Fernão e Luis Felipe Miranda (org). Enciclopédia do Cinema Brasileiro. Verbetes DOCUMENTÁRIO MUDO e DOCUMENTÁRIO SONORO. São Paulo, Editora do SENAC, 2000. - Renov, Michael (org). Theorizing Documentary. Routledge, Nova York,1993. - idem. The Subject o f Documentary. Minneapolis, University of Minnesotta Press, 2004. - Roscoe, Jane e Hight, Craig. Faking It. Mock-documentary and the subversion of factuality. Londres, Manchester University Press, 2001. - Rosenthal, Alan. Why docudrama? Fact-fiction on film and TV. Carbondale, Southern Illinois University Press, 1999. - Rothman, William. Documentary Film Classics. Cambridge University Press, Nova York, 1997. - Saliba, Maria Eneida Fachini. Cinema Contra Cinema - o cinema educativo de Canuto Mendes 1922/1931). São Paulo, Annablume, 2003. - Salles, João Moreira. Don't Look Back in Ilha Deserta. São Paulo, Publifolha, 2003. - Schvarzman, Sheila. Humberto Mauro e as imagens do Brasil. São Paulo, Ed. Unesp, 2004. - Sobchack, Vivien. The Adress of the Eye - a phenomenology of film experience. Princeton, New Jersey, Princeton University Press, 1992. - idem. Inscrevendo o Espaço Ético: dez proposições sobre morte, representação e documentário. in Ramos, Fernão Pessoa. Teoria Contemporânea do Cinema - Documentário e Narratividade Ficcional. São Paulo, SENAC, 2005. - Schwarz, Roberto. O Fio da Meada. in Que Horas São?. São Paulo, Companhia das Letras, 1987. - Sontag Susan. Diante da Dor dos Outros. São Paulo, Companhia das Letras, 2004 - Sussex, Elizabeth. The Rise and Fall of British Documentary - the story of the film mouvement founded by John Grierson. Los Angeles, University of California Press, 1975. - Teixeira, Francisco Elinaldo (org) Documentário no Brasil - tradição e transformação. São Paulo, Summus, 2004. - Vertov, Dziga. Articles, projects, journaux. Ed. 10/18, Paris, 1972. - Winston, Brian. Claiming the Real - the documentary film revisited. BFI Publishing, Londres, 1995. - idem. The Documentary Film as Scientific Inscription. in Renov, Michael (org). Theorizing Documentary. Routledge, Nova York,1993.

Conteúdo

1. As teorias do realismo e do cinema documentário depois da 2ª Guerra Mundial: André Bazin, John Grierson, Siegfried Kracauer, Umberto Barbaro, GuidoAristarco; 2. Os grandes documentaristas dos anos 50 e sua influência sobre os filmes de ficção: Jean Pierre Melville, Alain Resnais, Georges Franju, Agnès Varda, Chris Marker; 3. O pano de fundo do campo documentário em filmes marcos da nouvelle vague nascente: 'La Pointe courte', 'Le Beau Serge', 'Les 400 coups', 'Hiroshima mon amour', 'A bout de souffle', 'Paris nous appartient' et 'Le Signe du lion'. 4. A dialética documentário/ficção em filmes de Jean-Luc Godard, desde Opération Béton até Socialisme (particularmente Vivre sa vie e a prostituição; Deux ou trois choses que je sais d’elle/Alphaville e o urbanismo; Masculin Féminin/La Chinoise e os novos adolescentes; Lettre à Freddy Buache, visto como documentário sobre a cidade de Lausanne; as produções televisivas de Godard, especialmente a série Six fois deux). 5. O caso Jean Eustache: de Mauvaises fréquentations a Photos d’Alix. Jean Eustache, em sua curta carreira, oscilou entre o experimentalismo e o documentário. Podemos verificar esta oscilação na narrativa em filmes como La Rosière de Pessac, Le Cochon, Numéro Zéro. Particularmente as autobiografias ficcionais como Du côté de Robinson, La Maman et la Putain et Mes Petites amoureuses, são férteis para se trabalhar as relações fluidas entre cinema experimental e documentarismo de vanguarda. Eustache também desenvolveu uma interessante teoria sobre cinema, fundada na ausência de mise-en- scène, pregando um retorno à crueza das tomadas de Louis Lumière. 6. Serão analisados alguns documentários franceses que tiveram uma carreira excepcional de sucesso no circuito comercial como Le Monde du silence, Crin blanc, Être et avoir, Le territoire des autres. 7. Será trabalhada em detalhe a estética do cinema direto que marca em profundidade o cinema francês dos últimos 20 anos. Exemplo desta influência encontramos em Laurent Cantet com L’Emploi du temps et Entre les murs; em Xavier Beauvois com Nord, N’oublies pas que tu vas mourir; em Bruno Dumont com La Vie de Jésus, L’Humanité, Flandres. A obra destes cineastas servirá de exemplo para o desenvolvimento do tema Cinema Direto. Ainda dentro da esfera da estilística do direto também serão trabalhados Philippe Faucon com Samia, La Trahison e Abdellatif Kechiche com L’Esquive e La Venus noire. 8. O cinema direto canadense será colocado em pauta através da análise das correspondências entre a obra de Pierre Perrault, Denys Arcand, Michel Brault, Gilles Groulx et Jean-Pierre Lefebvre. Os paralelos vão ser traçados entre a época da Nouvelle Vague na França e a "Revolução Tranquila" no Quebec. 9. A obra de Pierre Perrault será analisada, aproveitando-se do colóquio Perrault que irá percorrer algumas cidades brasileiras em 2012. Será trabalhado o filme marco Pour la suite du monde, de 1963, espécie de manifesto do cinema direto no Quebec. O filme está na origem da chamada trilogia "Ile aux Coudres" que tem ainda os documentários Le Règne du jour e Les Voitures d’eau. A trilogia servirá de ponto de partida para analisar o direto canadense. Perrault deverá centralizar uma série de intervenções previstas no Seminário.

Metodologia

Aulas Expositivias e Projeções de Filmes

Observação

É necessário um conhecimento mínimo da língua francesa para acompanhar a disciplina. As aulas serão ministradas em francês, pronunciado pausadamente, com tradução para trechos especificamente solicitados. O Prof. Michel Marie compreende razoavelmente o português falado e consegue fazer-se entender nesta língua.