Turma DE002 - A visão sincrética no processo de filmagem - Turma A

Nome

A visão sincrética no processo de filmagem

Subtítulo

A estrutura híbrida da construção imagética do sentido no cinema contemporâneo

Cód. Disciplina - Turma

DE002 - A


Sala LIS-Laboratório de Imagem e Som do IA
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Quinta-feira das 14 às 17

Dados da disciplina

Nome DE002 - A visão sincrética no processo de filmagem
Programa Multimeios
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 45
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0

Docentes

Ernesto Giovanni Boccara

Critério de Avaliação

1.Frequência às aulas, participação em debates e análises dos filmes. 2.0Leituras de textos e elaboração de “paper” final, comentando os textos, correlacionados às análises dos powers point, dos filmes selecionados para ilustrar e rebater os conceitos. 3.0Produção experimental de trabalhos de reflexão sobre as questões desenvolvidas pelo curso se valendo de qualquer linguagem expressiva artística centrada na IMAGEM. Pode ser realizado individualmente, em duplas,trios etc.

Bibliografia

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Conteúdo

Introdução É preciso entender com se constrói a lógica que sustenta a periferia da realidade imagética sob o ponto de vista perceptivo-cognitivo, definindo um nexo referencial para direcionar a vontade consciente. Palavras, em todos os idiomas de todas as nações já existentes, de todas as civilizações, que saíram de bocas e corpos humanos vivos formando frases para sustentarem os pensamentos, lá estão ordenadas e classificadas em uma espécie de imenso arquivo. Ele não é fechado, pois a cada fração de segundo, mais palavras chegam de todas as nações para onde o superarquivo aponta. É como um ser vivo feito de palavras. Ele cresce e reordena incessantemente as palavras já instaladas com as que chegam, de acordo com a qualidade e intensidade dos significados a que se ligam. Aqui se constroem os significados que orientam as ações das pessoas. Todos os movimentos coletivos são direcionados, tem sentido, são convergentes. As atitudes de cada um fluem como um rio para o grande oceano da lógica, para que se estabeleçam acordos, leis, normas, a moral, as regras de comportamento, enfim, para que quando estejamos acordados haja uma sintonia das vontades pessoais. A vida da multidão precisa de uma ordem, senão haveria o pânico e a violência. Haveria destruição por toda a parte. O ser humano precisa de crenças e de leis, precisa de sentido para continuar a existir. Estamos dentro do arquivo de todos os arquivos. Aquele que ordena os significados que sustentam a vontade humana. As palavra na infância são impostas na mente,esta em formação e aberta, de forma dolorosa. Elas substituem progressivamente sentimentos, gostos, sensações táteis, olfativas, auditivas e visuais. O que nos primeiros meses e primeiros anos de vida era sempre um espetáculo dos sentidos totalmente confuso, mas criativo e divertido,com o crescimento da criança torna-se definido,limitado, recortado por símbolos rígidos e secos. O mundo como um borbulhar de imagens, sons e cheiros, foi trocado por imensos arquivos infinitos de palavras. Elas formam com as regras de combinação da sintáxe e com as regras da gramática, um código. Este determina as possibilidades do pensar, sempre dentro das combinações previstas que obrigam os sentimentos e as emoções a se associarem com as condições oferecidas por esta forma material de comunicação humana. O que se quer é o estudo sistemático e interdisciplinar.Mesmo após a ciência e a filosofia terem assumido distintas identidades logo no início do que denominamos a Era Moderna, elas não deixaram de se influenciar mutuamente. Atualmente os diversos campos do conhecimento humano parecem convergir para as diversas alternativas unificadoras. Na física busca-se a Grande Unificação através da Teoria das Cordas, e nas ciências humanas teorias baseadas nas novas descobertas da neurociência parecem pautar a busca da unificação total ou seja a compreensão do arcabouço no qual tem origem toda a compreensão daquilo que entendemos como universo – o cérebro humano – e tudo aquilo que o circunda em termos de definições no que implica as relações entre a mente e matéria. Nesse sentido, os processos criativos envolvidos na construção dos possíveis modelos com os quais buscamos explicar o universo, tornam-se de importância substantiva para a definição e compreensão da realidade através das diversas leituras da mesma produzidas sejam no campo da ciência, seja no campo da arte, pois ambas são manifestações – por linguagens diversas – dos anseios mais profundos do nosso ser. Tentar trazer um pouco de luz sobre as questões envolvidas neste processo que busca deslindar o mundo é a nossa intenção através das atividades propostas para essa disciplina. Nesse sentido, propomos abrir um grande leque de interesses em assuntos multidisciplinares que, ao final das contas, encontram-se na necessidade inevitável de estarem inseridos no aparato biológico continente de todos os aspectos relativos à compreensão do que denominamos realidade – o mecanismo humano produto de bilhões de anos de interação com o meio-ambiente, conformando-o e sendo conformado por ele – o cérebro humano. Entretanto, através do nosso curso, não desenvolveremos um estudo específico do cérebro do ponto de vista biológico, mas sim através de seus recursos e manifestações – criativas ou simplesmente lógicas e dedutivas – no sentido de poder explicar realidades do ponto de vistas objetivo e subjetivo notadamente manifestas nas artes e nas ciências:humanas e da natureza. Os instrumentos dos quais lançaremos mão numa abordagem abrangente, porém, sem demorado aprofundamento (no primeiro momento nossa intenção é alargar horizontes e não aprofundá-los) lançamos mão de disciplinas variadas desde a Semiótica de Charles Sanders Peirce, até as teorias da Moderna Física, passando pelas teorias da Evolução, da memética de de Richard Dawkins, da ciência da computação e das redes de computadores, chegando às modernas teorias do conhecimento que emergem no contexto atual das neurociências. nar do mundo das imagens como forma de conhecimento através de uma exploração analítico-crítica, de natureza epistemológica, conceitual e metodológica dos seus domínios expressivos no contexto atual do cnema. Objetos de interesse da disciplina:Domínios Expressivos da Imagem resultante da convergência das tecnologias e das formas expressivas dfinindo sincretismos ou hibridismos na linguagem técnico-artística no cinema contemporâneo. a) O domínio das imagens como representações visuais nas linguagens artísticas convencionais e consagradas mediadas pelo corpo do artista como por exemplo a pintura,o desenho, a gravura, a escultura, a perfomance e das mediadas por tecnologias mecânico-eletricas-eletrônicas-digitais, como a fotográfica, a cinematográfica,a televisiva ,a holográfica e infográfica. b)O domínio das imagens imateriais ou virtuais que são construídas na nossa mente como representações puramente mentais, tais como-fantasias,imaginações,esquemas, modelos. E assim, aqui serão tratadas e analisadas entendendo que as linguagens expressivas mediadas pela tecnologia digital não são mais compreendidas nos limites das suas própria e específicas naturezas daí a multi-interdisciplinariedade para pesquisar este fenômeno atual. Exemplo: teoria da informação antropologia, filosofia, fisiologia da percepção, física quântica, psicologia da percepção, psicologia analítica, semiótica, etc. Vamos nos valer então de contextualizá-las prioritariamente na atual e irreversível convergência destas áreas do conhecimento. Procurar–se-á em deduzir conceitos, aproximativos, daquilo que se constituiria hipoteticamente o Imagem na Era da Informação. O que se quer é efetuar análises e diagnósticos de sua possível evolução em virtude da constituição deste novo paradigma para a percepção humana, configurando-se uma expansão da nossa consciência corporal-espacial, cujo alicerce tem uma estrutura de base, apoiada em dinâmica, virtual e amorfa rede informacional telemática: a Ecumenópolis Tecnecrônica do século XXI. A atual projeção cinematográfica, desterritorializa as coordenadas perceptivas. Torna-se um não lugar mutante e sinestésico. Em todos os sentidos desde a tensão perceptiva até o trabalho da cognição e em estabelecer uma ordem um nexo, um logus. De dentro para mais dentro da projeção através de recursos de envolvimento da razão através da narrativa e para fora rompendo os limites da lógica de situação no espaço físico, em que o corpo resiste por inércia e ação da gravidade a não se entregar aos enlevos da imaginação que quer ir além do sólido, seguindo sua vocação de fruto virtual e sígnico da natureza da mente. Sem o suporte da presença de um outro ser concreto e ali conivente atestando sua existência, a subjetivação do espectador tende a se tornar um tipo de alucinação, ela não se concentra mais sobre a rígida dualidade sujeito-objetos, ela explode em uma multiplicidade de polos, mesmo quando nós nos fixamos sobre um único personagem que no conduz a partir da narrativa . Não é mais uma questão, propriamente falando do sujeito espectador, pois o que é emitido por estes polos, não é mais somente um discurso, mas de intensas emoções de toda espécie, de constelações de recursos de visibilidade, de cristalização de afetos e efeitos no plano do imaginário. O que acontece aqui são os conflitos do ser ao longo da vida e que se tornam aquilo que se quiser, tudo que a imaginação permitir. Esta massa de luz e efeitos visuais pegajosa se molda de acordo com a intensidade das tensões, dos fantasmas internos que aqui são exorcizados pelo cinema e suas narrativas visuais e sonoras. Afinal aparentemente são apenas projeções espetaculares. É um confinamento psíquico no qual atual espectador se sente a beira da explosão, por não mais querer se limitar às janelas de uma cela a que foi confinado durante um longo tempo, como público das exposições de pintura, de escultura e gravuras, do visor da máquina fotográfica, da boca de palco do teatro italiano,da faixa preta das primeiras telas,do trambolho do desengonçado e velho aparelho de televisão com seus tubos imensos ainda condicionadores de hábitos no ato de fruir da imaginação coletiva. Quando estamos abertos para ver com a visão psíquica, somos cegos e surdos ao que vem de fora mas ávidos de expectativas visionárias aliciados pelos efeitos especiais. A direção do processo cognitivo aponta para dentro da memória. Os pensamentos percorrem toda a construção feita de puras idéias. Como tijolos de um imenso edifício, empilhados um a um, lá estão gerações inteiras de conhecimentos humanos, armazenados por vidas dedicadas e finitas à elaboração de sofisticados e sutis fios de argumentos. É a pura lógica. Todas as palavras que já foram pensadas, faladas e escritas por algum ser vivo da nossa espécie, estão lá, sólidos alicerces daquele edifício que se espalha por uma impecável ordem geométrica, em todas as direções para onde se olha. Tudo que foi sentido pela percepção de bilhões de homens e mulheres em todas as idades de suas vidas, desde o início dos tempos, não foi perdido. Tudo está lá, ordenado pela cognição tanto em qualidade e intensidade dos sentimentos vividos. Até a menor célula de um micro organismo, resultado de alguma reação a algum estímulo sensorial, lá fica retido. No entanto a mente humana seria completamente incapaz pela razão analítica e prática, pela consciência, de alcançar com precisão como tudo começou e recompor a seqüência de causas e efeitos que se sucederam em uma cadeia infinita de eventos.

Metodologia

Aulas expositivas-teóricas ilustradas através de power point, vídeos DVDs e textos dos conteúdos programáticos e da bibliografia básica e complementar. Acompanhamento dos conteúdos programáticos através de leituras previamente programadas antecipando as aulas correspondentes. Análise e reflexão sistematizada de filmes seleciondos e decupagem de cenas para para rebatimento dos conceitos dos conteúdos programáticos. Leituras programadas de textos extraídos da Bibliografia básica da disciplina correlacionados com os conteúdos programáticos.

Observação

A disciplina dará continuidade aos conteúdos programáticos da disciplna oferecida no semestre anterior IMAGEM -Câmera que não foram esgotados.Estes são: 1- As diferenças entre campo visual e mundo visual:bordas,periferia,ângulos limitados-na direita,na esquerda, o mundo panorâmico de 360 graus,a forma oval. 2- As modalidades do visual:As formas visuais estruturadas como linguagem-as formas visuais representadas. 3- Principais Teorias da Representação-a representação visual e imagética:A escolástica medieval,a Escola de Port Royal(século XVIII), as cinco tipo de representações em Kant,a representação como signo em Locke,a Semiótica de Charles Sanders Peirce e no século XX a representação na Ciência Cognitiva e o conceito de representação como símbolo. 4- Modelos de processamentos mentais cognitivos.O conceito de representação mental:a representação mental da informação verbal sob forma linguística e da informação visual sob a forma imagética. 5- O conhecimento visual como representação mental: as imagens mentais codificadas de maneira icônica.As imagens mentais codificadas à maneira da linguagem abstrata através de símbolos. 6- O conhecimento linguístico como representação visual. 7- A oposição entre simbólico e imagético. 8- Modelos simbólicos e proposicionais das representações mentais:todo pensamento é codificado de maneira simbólica. 9- A representação mental dualista:a representação simbólica em paralelo á representação mental icônica. 10-Na filosofia da ciência contemporânea:distinções entre referência e representação. 11-Diferenças entre Apresentação e Representação de Objetos: Objetos Apresentados funcionam ontologicamente.Objetos representados funcionam semióticamente. 12-A distinção entre Signos Representativos e Signos não Representativos. Símbolos representam e Indícios não representam. 13-O critério da analogia e semelhança na definição da representação Icônica-o estudo da imagem. 14-O conceito polissêmico e multifacetado da imagem- os principais domínios da imagem: a)o domínio das imagens mentais,imaginadas.b) O domínio das imagens diretamente perceptíveis. c)o domínio das imagens como representações visuais(desenhos, pinturas, gravuras, fotografias, imagens cinematográficas, televisíveis, holográficas e infográficas).d) o domínio das imagens verbais(metáforas,descrições).e)imagens óticas (espelhos e projeções). 15-A construção da Imagem-o Paradigma e o Sintagma