Turma MS102 - Tópicos Especiais em Fundamentos Teóricos - Turma D

Nome

Tópicos Especiais em Fundamentos Teóricos

Subtítulo

Etnomusicologia: questões contemporâneas

Cód. Disciplina - Turma

MS102 - D


Sala Sala 2 - Depto. Música
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Quinta-feira das 14 às 17

Dados da disciplina

Nome MS102 - Tópicos Especiais em Fundamentos Teóricos
Programa Música
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 45
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0

Docentes

Érica Giesbrecht

Lenita Waldige Mendes Nogueira

Critério de Avaliação

Serão considerados participação em aula, seminários e um trabalho final.

Bibliografia

BIBLIOGRAFIA: BECKER, Judith; Deep Listeners: Music, Emotion and Trancing. Bloomington: Indiana University Press, 2004. BLACKING, John; “Towards an anthropology of the body’. In: The Anthropology of the Body. London; Academic Press: 1-28; 1977. DENORA, Tia; “Formulating Questions: ‘The Music and Society’ nexus’”. In: Music in Everyday Life. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. FELD, Steven. “A Sweet Lullaby for World Music”. Public Culture, 12(1), p. 145–171, 2000. HOSOKAWA, S. (1999). Salsa no tiene fronteras: Orquesta de la Luz or the Globalization and Japanization of Afro-Caribbean Music. Cultural Studies, 13(3)509-534. KEYES, Cheryl L. “Empowering Self, Making Choices, Creating Spaces. Black female Identity via Rap Music Performance”. In: Jennifer Post (Ed.). Ethnomusicology: a Contemporary Reader. New York: Routledge, 2006, p. 97-108. LYSLOFF, René T. A. “Mozart in Mirrorshades. Ethnomusicology, Technology, and the Politics of Representation”. In: Jennifer Post (Ed.). Ethnomusicology: a Contemporary Reader. New York: Routledge, 2006, p. 189-198. MAGRINI, Tullia. “Introduction: Studying Gender in Mediterranean Musical Cultures”. In: Tullia Magrini (Ed.). Music and Gender: Perspectives from the Mediterranean. Chicago: University of Chicago Press, 2003ª, p.1-32. ______. (ed.). Music and Gender: Perspectives from the Mediterranean. Chicago: University of Chicago Press, 2003b. MULLER, Carol Capturing the "Spirit of Africa" in the Jazz Singing of South African-Born Sathima Bea Benjamin Research in African Literatures, Volume 32, Number 2, Summer 2001, pp. 133-152. MILLER, Kiri. Playing Along : Digital Games, YouTube, and Virtual Performance. Oxford: Oxford University Press, 2012. O’CONNELL, John Morgan. Na Ethnomusicological Approach to Music and Conflict. In: O'CONNELL, John Morgan; CASTELO-BRANCO, Salwa El-Shawan. Music and Conflict. Urbana, Chicago e Springfield: University of Illinois Press, 2010. STEFANI, Gino. Uma teoria de competência musical. (trad. Martha Ulhôa). Revista Música e Cultura. Rio de Janeiro: ABET, 2007. TAGG, Philip. Análise musical para "não-musos": a percepção popular como base para compreensão de estruturas e significados musicais. Revista Per Musi n. 23. Belo Horizonte: UFMG, 2011. TURINO, Thomas; “Habits of the Self, Identity and Culture”. In: Music as Social Life: The Politics of Participation. Chicago: University of Chicago Press, 2008.

Conteúdo

Etnomusicologia: questões contemporâneas Um dos temas mais fervilhantes no debate etnomusicológico contemporâneo tem sido os fluxos musicais: encontros culturais resultantes de uma fluidez de pessoas, legados, informações e tecnologias, mediados ou expressos pela música. Assim, novos estilos são criados a partir de fusões que se quer evidenciar, musicalidades do passado são recriadas e reapropriadas politicamente, um mercado musical étnico ganha forças e um público consumidor crescente. Por um lado, nas discussões atuais não se pretende mais abordar tais fenômenos como uma adulteração de tradições genuínas, contaminadas pela civilização ocidental, mas como consequência de uma relação globalizada entre produtores e consumidores musicais, e da criação de formas locais de sensibilidades sonoras mediadas por novas tecnologias. Por outro, a pluralidade dessas práticas musicais dentro dos mais variados contextos, não deixou de ser empregada para gerar sentimentos e ressignificações na vida de seus produtores e consumidores, não importando o quão “inautênticas” essas expressões possam se apresentar. O curso está dividido em dois módulos. No primeiro, serão analisados os fluxos estilísticos, as práticas políticas, e associações entre estéticas, lugares ou passados imaginados e práticas musicais. No segundo abordaremos os usos desses repertórios expressivos para os mais variados fins, graças e apesar de seus hibridismos. MÓDULO I 1. Diversidade cultural e diversidade musical/ multiculturalismo FELD, Steven. “A Sweet Lullaby for World Music”. Public Culture, 12(1), p. 145–171, 2000. 2. Outros saberes musicais Música e comunidade ou o fazer musical “local” STEFANI, Gino. Uma teoria de competência musical. (trad. Martha Ulhôa). Revista Música e Cultura. Rio de Janeiro: ABET, 2007. TAGG, Philip. Análise musical para "não-musos": a percepção popular como base para compreensão de estruturas e significados musicais. Revista Per Musi n. 23. Belo Horizonte: UFMG, 2011. 3. Encontros Musicais: fluxos e hibridismos transculturais Hosokawa, S. (1999). Salsa no tiene fronteras: Orquesta de la Luz or the Globalization and Japanization of Afro-Caribbean Music. Cultural Studies, 13(3)509-534. 4. Música, diásporas, passados em movimento. MULLER, Carol Capturing the "Spirit of Africa" in the Jazz Singing of South African-Born Sathima Bea Benjamin Research in African Literatures, Volume 32, Number 2, Summer 2001, pp. 133-152. 5. Música, tecnologias e novas estéticas. LYSLOFF, René T. A. “Mozart in Mirrorshades. Ethnomusicology, Technology, and the Politics of Representation”. In: Jennifer Post (Ed.). Ethnomusicology: a Contemporary Reader. New York: Routledge, 2006, p. 189-198. 6. Música e Mercado: indústria da cultura e as novas práticas de difusão musical MILLER, Kiri. Playing Along : Digital Games, YouTube, and Virtual Performance. Oxford: Oxford University Press, 2012. 7. Música e conflito: hegemonias, grupos subalternos, diálogos, nacionais e transnacionais O’Connell, John Morgan. Na Ethnomusicological Approach to Music and Conflict. In: O'CONNELL, John Morgan; CASTELO-BRANCO, Salwa El-Shawan. Music and Conflict. Urbana, Chicago e Springfield: University of Illinois Press, 2010. 8. Música, uma tecnologia identitária. TURINO, Thomas; “Habits of the Self, Identity and Culture”. In: Music as Social Life: The Politics of Participation. Chicago: University of Chicago Press, 2008. 9. Exibição do filme VIOLETA FOI PARA O CÉU Andrés Wood, 2011, 110 min. MÓDULO II 1. Perspectivas etnomusicológicas (construtivismo, ecologismo, culturalismo) DENORA, Tia; “Formulating Questions: ‘The Music and Society’ nexus’”. In: Music in Everyday Life. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. 2. Música, sexo e gênero (identidades masculinas, gays, feministas, etc) KEYES, Cheryl L. “Empowering Self, Making Choices, Creating Spaces. Black female Identity via Rap Music Performance”. In: Jennifer Post (Ed.). Ethnomusicology: a Contemporary Reader. New York: Routledge, 2006, p. 97-108. MAGRINI, Tullia. “Introduction: Studying Gender in Mediterranean Musical Cultures”. In: Tullia Magrini (Ed.). Music and Gender: Perspectives from the Mediterranean. Chicago: University of Chicago Press, 2003ª, p.1-32. ______. (ed.). Music and Gender: Perspectives from the Mediterranean. Chicago: University of Chicago Press, 2003b. 3. Exibição do filme Dzi Croquettes Direção de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, 2009, 110 min. 4. Música e emoção BECKER, Judith; Deep Listeners: Music, Emotion and Trancing. Bloomington: Indiana University Press, 2004. 5. Música do corpo e para o corpo BLACKING, John; “Towards an anthropology of the body’. In: The Anthropology of the Body. London; Academic Press: 1-28; 1977. 6. Música e Cura: terapias musicais BECKER, Judith; Deep Listeners: Music, Emotion and Trancing. Bloomington: Indiana University Press, 2004.

Metodologia

A proposta deste curso é constituir um fórum de debates, no qual estão previstas discussões conceituais por meio de aulas expositivas e seminários. Pesquisas em andamento dos alunos participantes deverão ser contempladas neste sentido. O curso deverá contar, sempre que possível, com material complementar, tanto áudio-visual, quanto na forma de palestras e entrevistas com convidados externos.

Observação