Turma DE530 - A Imagem-Câmera - Turma C

Nome

A Imagem-Câmera

Subtítulo

O cinema como Psicoficção :A natureza do imaginário na re-criação da realidade.

Cód. Disciplina - Turma

DE530 - C


Sala no LIS - Laboratório de Imagem e Som
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Quinta-feira das 14 às 17

Dados da disciplina

Nome DE530 - A Imagem-Câmera
Programa Multimeios
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 45
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0
Oferecimento IA
Os alunos que se inscreverem devem ter um grande interesse por cinema e algum equipamento básico para filmagem e algum domínio da linguagem.

Docentes

Ernesto Giovanni Boccara

Critério de Avaliação

1-Participação em 75% das aulas.Presença. 2-Participação ativa em sala de aula desenvolvendo os roteiros e questões derivadas das aulas expositivas. 3-Ver os filmes listados e analisados em aula 4-Realização ao final do curso de um paper individual-pessoal de punho próprio refletindo sobre as torias seus conceitos e as análises de filmes propostos entre as aulas. 5-Realização de um roteiro e produção de curta em qualquer linguagem fílmica de domínio do aluno e apresentado com a presença dos alunos nas duas últimas aulas do segundo semestre.Este trabalho é obrigatório e pode ser realizado em duplas, trios de alunos.

Bibliografia

BIBLIOGRAFIA BACHELARD, G. Psicanálise do Fogo. Martins Fontes. São Paulo, 1999. BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico. Editora Contraponto. R. de Janeiro .1996 BOCCARA, E. G. A Correlação Entre Signo E Arquétipo Na Construção de Modelo Analítico do Fenômeno Da Ambientalização Na Arte Contemporânea. Campinas,Cadernos da Pós-Graduação, Instituto de Artes da Unicamp. N.o6/ 2000. BOCCARA, E. G. Artigo: Reflexões Analíticas Críticas para uma Abordagem Epistemológica, Holoepistemológica, Semiótica E Psicoanalítica Na Pesquisa Em Artes.Campinas, Cadernos da Pós-Graduação, Instituto de Artes da Unicamp. N.O1/1997. COUCHOT, E. Da representação à Simulação. Evolução das Técnicas e das Artes da Figuração. In Parente, André Imagem Máquina. A Era das tecnologias do Virtual. Ed.34. São Paulo. 1999. CABRERA,Julio.Uma introdução à filosofia através de filmes.Editora.Rocco.RJaneiro.1999 DAMÁSIO, Antonio. O mistério da Consciência. Editora Companhia das Letras. São Paulo. 1999. 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O Tao da Física. Ed. Cultrix, sd. SP CHAISSON, Eric. A Aurora Cósmica – As origens da matéria e da vida. Ed. Francisco Alves,RJ,84. CHANGEUX, Jean-Pierre; O Homem Neuronal. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1991. CHIBENI, Silvio Seno. Aspectos da Descrição Física da Realidade. CLE – Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência – Unicamp. Volume 21, 1997. CLARKE, Arthur C. ¬2001 – Odisséia Espacial. Ed. Edibolso S/A, 1975, SP. DENNETT, Daniel C.; Tipos de Mentes. Ed. Rocco,RJ, 1997, s.d. DEUTSCH, David. A Essência da Realidade. Makron Books,SP, 2000. ECO, Umberto. A Estrutura Ausente – Introdução à pesquisa semiológica. Ed. Perspectiva,SP,1976. FERRIS, Timothy.O Céu da Mente –A inteligência humana num contexto cósmico. Ed.Campus,RJ. FIKER, Paul. Ficção Científica – Ficção, ciência ou uma épica da época? Ed.LPM,1985.RG GLEICK, James. Caos – a criação de uma nova ciência. Ed. Campus,RJ, 2ª ed.,1990. GLENN Yeffeth (org.). A Pílula Vermelha. Publifolha. 2003. SP GREENE, Brian. 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Conteúdo

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1.0 Contextualização e problemática analítica atual do filme ficcional de autor e suas ressonâncias com a dimensão coletiva e pública. Há alguns anos a reflexão crítica do cinema ficcional de autor, através da análise de seus filmes, tornou-se exigente no entendimento da correlação entre as dimensões subjetivas dos diretores de cinema e seus roteiros, com suas interpretações imagéticas e construções específicas em filmes. Estes personalizam e projetam de forma obsessiva e persistente a complexa tessitura de suas topografias psíquicas, conduzindo estruturas internas de significação, originadas em seu inconsciente pessoal exteriorizando-as e dialogando de forma compartilhada com as obscuras e abissais dimensões do inconsciente coletivo dos espectadores, sujeitos anônimos de uma sala de projeção às escuras. Entende-se que quanto mais autêntico for este mergulho em esferas interiores de natureza pessoal e, quanto mais obsessivas as intenções destes cineastas, mais estarão eles dialogando, através de suas obras, com o coletivo. Promovendo assim, por identificação, o acesso a expectativas latentes ainda não manifestas.Na pespectiva mais abrangente entende-se aqui que o cinema como linguagem estruturada independente se é documentário ou declarado como ficção será de per si ficção.E segundo Vilém Flusser: a Ficção é A realidade É de conhecimento das pesquisas atuais, em vários campos dos saberes consagrados, da perplexidade dos estudiosos diante da impossibilidade de alcançar a certeza científica ortodoxa, estimulada pela idéia de verdade absoluta e única. Em todas as áreas do conhecimento científico há sempre uma região nebulosa, uma indefinição, um lugar de incertezas e ambigüidades, mas que é, porém rica e fértil, exigindo mais da imaginação criativa do que da objetividade lógica. Desta forma, pressupor, imaginar possibilidades e transcender paradigmas pode fazer emergir soluções para impasses intransponíveis pela razão analítica e prática da ciência ortodoxa. Há um forte componente criativo e ficcional na hipótese científica (ABDUÇÃO-segundo Charles Sanders Peirce). Sabe-se que Einstein dizia preferir a imaginação ao conhecimento. Os filmes designados como de ficção científica exercitam declaradamente a superação do consagrado e do estabelecido, imaginando novos possíveis. Aqui há o exercício criativo de construir uma realidade imaginária virtual atualizando-a ao executá-la no plano material. Corresponderia ao imaginar como um fazer potencial e ao fazê-lo de forma simulada, através das imagens cinematográficas da ficção científica, a sociedade se faz e se refaz continuamente. 2.0 Análise de filmes entendidos como ficção em uma abordagem Semiótica e Psicoanalítica. Desta forma, esta disciplina neste semestre optou para realizar o exercício do entendimento acima proposto, se valendo da análise de filmes ficcionais de autor, destacando uma filmografia desde alguns filmes de ficção científica e outros de ficção psicosocial, ficção comportamental, ficção religiosa, política,afetivo-emocional ou aberto a abordagens futurísticas, utópicas, epopéicas, metafísicas, cosmológicas ou até, em alguns momentos, de natureza transcendente, convocando as Teorias originárias das Ciências Humanas ao diálogo aberto, holístico e abrangente sem confrontos, por oposições desatualizadas, com as Ciências Exatas ou as Ciências da Fisis como, por exemplo, a Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, as Ciências da Linguagem como a Semiótica de Charles Sanders Peirce, as Neurociências, a Inteligência Artificial, a Astrofísica e a Física Quântica, numa abordagem predominantemente New Cience. Reafirma-se aqui que não há Ciência que não seja humana, combinando-se a condição do homem como um intérprete do Universo, com aquela em que ele se projeta a si mesmo e sua própria condição existencial, sobre aquilo que conhece e o determina para ser por ele determinado a seguir. Sabe-se de que a mais verdadeira e profunda vocação do cinema é a narrativa ficcional, com o seu poder de excitar o imaginário. Assim nosso objetivo é mergulhar na fonte dos processos criativos gestores destes filmes, partindo das concepções de mundo de seus autores, que os tornam fortemente personalistas, com relação à marca de sua autoria, a ponto de se configurarem como autobiográficos, revelando ideologias, crenças que por serem autênticas, como libelo de uma vontade individual férrea e automotivada que quer se comunicar com o outro, desconhecido, valendo-se de um código, de uma linguagem instituída e de extremo apelo popular. Propõe-se o estudo da linguagem cinematográfica como participação e troca de afetos através da transferência perceptiva que pode se tornar vivenciável, dependendo da capacidade do autor, que munido de um roteiro penetrante e de forte identificação psíquica, atinge com recursos de qualidade de imagem e impactos sonoros sincronizados, as memórias afetivas potencialmente abertas ao estímulo evocatório das fibras emocionais tensas do espectador. 3.0 A ciência dos signos de Charles Sanders Peirce – A Semiótica para a análise e interpretação de Filmes. O fenômeno perceptivo e cognitivo no cinema, como centro de interesse do nosso estudo em questão, situará o autor de filmes ficcionais dentro de um processo de comunicação com o espectador. Trata-se de saber como se constitui este vibrar na mesma freqüência sensorial e emocional da platéia por intermediação da imagem fílmica. Que, por sua vez, é o signo do objeto referente que habita a psique do autor e diretor do filme como, por exemplo, um estado emocional puro ou uma elaborada e complexa significação sobre a existência humana: “Sou onde não estou, estou onde não sou” como dizia o psicanalista Lacan. Segundo Lucia Santaella: “... não há percepção sem linguagem. Não há linguagem sem signos, não há qualquer atividade de consciência que não seja signo”. O signo no cinema é centrado no Icônico e no Indicial. O primeiro é dirigido à porta perceptiva da visão e o segundo direciona o olhar do espectador e orienta-o no recorte do movimento simulado que é feito do mundo. A vontade consciente e todo o processo criativo operacionalizado pelo autor de filmes são manifestos através destes dois tipos de signos. 4.0 A correlação entre arquétipos e signos no processo criativo dos filmes ficcionais de autor: a estruturação do roteiro. Significados Explícitos e Subliminares. Entendendo o cinema como fenômeno perceptivo e suas correlações com a cognição e o comportamento humano resultante de sua fruição, justifica-se, o duplo referencial de abordagem a Teoria da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung e a ciência dos Signos de Charles Sanders Peirce, pelo fato de se querer pesquisar de forma correlacionada o cinema de autor como processo de comunicação nas relações que se estabelecem entre o diretor, como emissor de mensagens codificadas através da linguagem expressiva que domina e a fruição ou recepção desta mensagem pelo intérprete-espectador e o obscuro processo criativo que emerge com seus conteúdos subjetivos, movidos pela energia psíquica de modo a exteriorizar os arquétipos. Admitimos a polêmica e a possibilidade de discussão sobre a intenção de correlacionar estas duas polaridades em jogo na criação de um filme: os arquétipos como unidades elementares que emergem do inconsciente coletivo nos processos criativos e os signos, como unidades elementares da consciência que os ordena dentro da lógica estruturadora de qualquer linguagem, a partir do processo de codificação. 5.0 Exibição de trechos de filmes selecionados e análise de seus roteiros. Avaliação dos resultados destas análises através de exercícios experimentais de videografia. De modo a estimular e facilitar este trânsito entre a as dimensões subjetivas no processo criativo de filmes ficcionais de autor e as dimensões objetivas e operacionais da realização de um filme para cinema ou vídeo a disciplina se valerá de filmes a seguir listados para análise e referências para releituras ou estímulo para exercício videográficos realizados pelos alunos. Observação: no decorrer das aulas outros filmes serão citados e apresentados alguns de seus trechos significativos. METRÓPOLIS – Fritz Lang - 1927 2001 – UMA ODISSEIA NO ESPAÇO - Stanley Kubrick – 1968 LARANJA MECÂNICA - Stanley Kubrick – 1971 SOLARIS – Andrei Tarkovsky - 1972 SOYLENT GREEN (No Mundo de 2020) – Richard Fleischer - 1973 CONTATOS IMEDIATOS DE TERCEIRO GRAU –Steven Spielber -1978 STALKER - Andrei Tarkovsky - 1979 ENCONTROS COM HOMENS NOTÁVEIS – Peter Brook - 1979 COSMOS (Série) – Carl Sagan – Adrain Malone - 1980 VIAGENS ALUCINANTES - K. Russel-1981 BLADE RUNNER – Ridley Scott - 1982 O PONTO DE MUTAÇÃO – (Mindwalk) – Bernt, Amadeus Capra - 1990. CONTATO – Robert Zemeckis – 1997. GATTACA – Andrew Niccol – 1997. THE MATRIX – Andy e Larry Wachovski -1999. IA – (Inteligência Artificial) – Steven Spielberg – 2001. A FONTE DA VIDA – Darren Aronofsky -2006. O ÚLTIMO TANGO EM PARIS-Bernardo Bertolucci-1972 DUNA-Alan Smithee.1993 VIAGEM AO CENTRO DA TERRA-Henry Levin 1959 ADVOGADO DO DIABO—Taylor Hackford 2006 OS DEZ MANDAMENTOS-Cecil B.DeMill 1956 AMADEUS-Milos Forman-1985 O NOME DA ROSA-Jean Jaques Annaud-1986 ASAS DO DESEJO-Wim Wenders-1986 A GUERRA DO FOGO-Jean Jaques Annaud-1981 O MUNDO IMAGINÁRIO DO DR.PARNASSUS-Terry Gilliam -2009 SÓCRATES-Roberto Rosselini-1971 A ÙLTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO-Scorsese-1984

Metodologia

METODOLOGIA 1.0 Leituras Programadas com elaboração de questões a serem desenvolvidas em aula.. 2.0 Aulas Expositivas com recursos audiovisuais. 3.0 Análise de Trechos de Filmes com convidados. 4.0 Desenvolvimento de roteiros para vídeos experimentais. Realização de pequenas produções fílmicas abertas ás possibilidades expressivas da imagem em movimento(cinema) dos alunos.

Observação

Solicita-se que os alunos inscritos tenham grande interesse em cinema dentro de qualquer linguagem expressiva e que saibam utilizar recursos básicos de filmagem, edição, sonorização.