Docentes

Critério de Avaliação

Frequência mínima obrigatória de 75% da carga horária total-15 aulas de 3 horas. Participação ativa em aula. Paper final individual sobre reflexões e análises dos conceitos, bibliografia e filmes. (entrega na última aula do semestre-Junho de 2015) Produção de exercício fílmico –audiovisual em qualquer recurso expressivo técnico-individual, em dupla ou grupo-Exibição nas 2 últimas aulas do semestre Junho de 2015.

Bibliografia

AUMONT, Jaques. ”A imagem”Campinas.Papirus.2011 BERNARDO, Gustavo (org). ”A filosofia da ficção de Vilém Flusser”São Paulo.Anablume.2011 CABRERA,Julio.”O cinema pensa”.Rio de Janeiro.Rocco.2006 CRARY, Jonathan.”Técnicas do observador”.Rio de Janeiro.Contraponto.2012 SAMAIN, Etienne.” Como pensam as imagens”. Campinas. Editora Unicamp.2012 VIRILIO, Paul.” Guerra e cinema: logística da percepção.”São Paulo.Boitempo Editorial.2005 ------------------ ,LOTRINGER ,Sylvere“Guerra Pura-A militarização do cotidiano.”São Paulo. Editora Brasiliense.1984 ------------------,BAJ ,Enrico.”Discurso sobre el horror en el Arte”Madrid.Casimiro libros.2010 VILÉM.Flusser”O universo das imagens Técnicas-Elogio da superficialidade”São Paulo, AnnaBlume.2011 --------------------“Filosofia da Caixa Preta”.São Paulo.Annablume.2011 ----------------------‘’A história do diabo”São Paulo.Annablume.2008 OBSERVAÇÃO: Uma lista de livros e filmografia complementar serão citados ao longo do semestre.

Conteúdo

INTRODUÇÃO Esta não será uma disciplina que terá como interesse temático os filmes de guerra. A abordagem é mais ampla. O objetivo central é o desenvolvimento paralelo das duas técnicas desde a invenção do cinema(dos irmãos Lumiére) e a primeira guerra mundial(a arte militar do séc. XX ) principalmente as duas grandes guerras mundiais e a guerra fria ou seja passando pelas imagens e pelos campos de luta. Estudaremos o aprimoramento da técnica cinematográfica para o reconhecimento das áreas de combate e as relações entre a indústria visual bélica. A orientação para realizarmos este percurso virá de um autor polêmico o arquiteto-urbanista Paul Virilio ,analista da pós-modernidade teórico dos movimentos ecológicos e pacifistas, crítico das tecnologias. Considerado como catastrófico à revelia dele, assim como Jean Baudrillard é adjetivado. Obcecado por espaço, tempo, velocidade, guerra, imagem, tecnologia coloca-se conceitualmente no plano teórico em uma posição privilegiada para a compreensão de uma época :A Guerra Total e as Subjetividades Mínimas. Entende-se a Guerra Total como o crescimento da economia armamentista, disseminação da população no espaço, desurbanização e nas Subjetividades Mínimas o desaparecimento do lugar e do Indivíduo. Para Paul “ a guerra não pode ser separada do espetáculo mágico pois sua principal finalidade é justamente a produção deste espetáculo :abater o adversário é menos capturá-lo do que cativá-lo, é infligir -lhes antes da morte ,o pavor da morte” Veremos como em 1904 o surgimento do “projetor de guerra” dá início à “guerra de luz” culminando com a transformação do “campo de batalha” em um “ser cinematográfico”. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 1-A colonização do tempo e os meios da mobilidade. Entrecruzamento Espaço-Tempo. 2-A logística na percepção da velocidade e das tecnologias “atópicas” nas sociedades contemporâneas. A adesão à perspectiva dos não lugares. 3-A sociedade “Dromocrática”. Releitura da história do Ocidente. 4-Poder mover versus poder comoVER.(COMOVER) 5-A guerra como espetáculo mágico 6-O casamento entre arma e olho: o filme de guerra. 7-O campo de batalha como ser cinematográfico. 8-A história das batalhas com a história da metamorfose do campo de percepção 9-A Percepção ANARTOSCÓPICA FRASES REFERÊNCIAIS (extraídas da obra-“Guerra e cinema”-de Paul Virilio-) 1-Ver pode ser perigoso 2- O mundo como uma só sala de projeção 3-Todo ser humano é um alvo nervoso potencial 4-Cinema é colocar um sol em cada imagem 5-O filme substitui o corpo por toda a eternidade 6-A guerra vem do cinema, e o cinema é a guerra 7-Na guerra sugestões e alucinações se multiplicam... 8-É preciso falar primeiro aos olhos 9-Vós que entrais no inferno das imagens perdei toda esperança. 10-O cinema é o lugar privilegiado de um tráfico de desmaterialização. 11-É necessário que a ficção se una à realidade para nos dar a prova irrefutável e incontestável de nossa presença aqui... 12- Cinema :a criação de um universo artificial que parece absolutamente real. 13-As massas têm necessidade de ilusão, elas precisam de ilusão também fora do cinema e do teatro... 14-Morte: último acidente técnico, a separação final entre a película som e a película imagem OBSERVAÇÃO;O autor que nos referencia-Paul Virilio faz várias citações a filmes. Estes serão selecionados e exibidos, para análise e rebatimento com os conceitos da bibliografia.

Metodologia

Aulas teóricas expositivas complementadas por análise de filmes citados por Paul Virilio no contexto de suas reflexões. Leituras programadas

Observação