Docentes

Critério de Avaliação

A) Apresentação individual (ou grupal, dependendo do número de inscritos) de um dos textos da bibliografia. B) Trabalho final de um máximo de sete páginas (tamanho 12, Times New Roman, espaçamento 1,5) sobre um filme de temática histórica que não esteja no corpus do curso. Será avaliada a originalidade, a pertinência da problemática e a mobilização da bibliografia do curso.

Bibliografia

AIMARETI, María, Memorias culturales heterogéneas, una aproximación comparada a las representaciones de las revoluciones independentistas. In: LUSNICH, A. L., PIEDRAS, P. FLORES, S. (ed.). Cine y revolución em América Latina: una perspectiva comparada de las cinematografías de la región. Buenos Aires: Imago Mundi, 2014, p. 271-288. AMANCIO, T. Pacto cinema-Estado: os anos EMBRAFILME, Alceu, v. 8 n. 15. 173-184, 2007. DE BAECQUE, A. Histoire et cinéma. Paris: Cahiers du cinéma, 2008. DEL VALLE DÁVILA, I. Tiempo e Historia en el cine cubano de los años 1960 y 1970. História. Questões e Debates, n. 61, p. 209-231, 2014 DOI: http://dx.doi.org/10.5380/his.v61i2.39016 FREIRE, M. Sombras Esculpindo o Passado: métodos ... e alguns lapsos de memória no estudo das relações do cinema com a história. Fragmentos de Cultura, v. v.16, p. 705-719, 2006. http://seer.ucg.br/index.php/fragmentos/article/view/93/82 JUAN-NAVARRO, S. ¿Cien años de lucha por la liberación?: las guerras de la Independencia en el cine de ficción del ICAIC. In: BERTHIER, Nancy (ed.). Cine y revolución cubana: luces y sombras, Archivos de la Filmoteca, Valencia, n. 59, p. 142-162, 2008. MORETTIN, E. O cinema como fonte histórica na obra de Marc Ferro. IN: CAPELATO, Maria Helena, MORETTIN, E.; NAPOLITANO, M.; SALIBA, E. T. História e Cinema. São Paulo: Alameda, 2007. (USP: História Social. Série Coletâneas). p. 39-64. NAPOLITANO, M. A escrita fílmica da história e a monumentalização do passado: uma análise comparada de Amistad e Danton. IN: CAPELATO, Maria Helena, MORETTIN, E.; NAPOLITANO, M.; SALIBA, E. T. História e Cinema. São Paulo: Alameda, 2007. (USP: História Social. Série Coletâneas). p. 65-83. RAMOS, A. F. O Canibalismo dos Fracos: Cinema e História do Brasil. 1ª. ed. Bauru - SP: EDUSC, 2002. RANCIÈRE, J. L’historicité du cinéma. In: DE BAECQUE, A., DELAGE C. (dir.), De l’histoire au cinéma, Paris/Bruxelles, IHT-CNRS/Complexe, 1998, p. 45-60. SÁNCHEZ-BIOSCA, V. Un archivo insomne: producción y migración de imágenes cinematográficas del ghetto de Varsovia. História. Questões e Debates, n. 61, p. 79-103. SOMMER, D. Ficções de fundação: os romances nacionais da América Latina. Editora UFMG; 2004 SORLIN, P. Sociología del cine. La apertura para la historia de mañana. México: Fondo de Cultura Económica, 1985, p. 169-206. XAVIER, I. N. Alegorias do subdesenvolvimento: Cinema Novo, Tropicalismo, Cinema Marginal. 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2012, p. 7-27.

Conteúdo

A história nacional tem sido uma das principais temáticas fílmicas desde os começos do século XX. Ela tem uma vigência praticamente ininterrupta desde então e conta com manifestações na grande maioria dos cinemas nacionais. A razão radica no interesse de diferentes agentes – governos, instituições cinematográficas, grupos políticos, cineastas individuais – pelo potencial do cinema na formação de imaginários coletivos e na constituição de uma memória nacional, monumentalizada sob a forma de um relato comum. A representação do passado nacional permite estabelecer diálogos com o presente do momento da produção (e da recepção) que possibilitam a legitimação de projetos ideológicos determinados. Neste curso serão destacados três momentos desse cinema histórico que permitem analisar permanências no gênero, evoluções, reavaliações e conexões: o período silencioso, os anos 1960 e o começo do século XXI. Terão destaque as cinematografias soviética, estadunidense, francesa, brasileira e cubana.

Metodologia

Neste curso pretende-se trabalhar, em particular, com aqueles filmes históricos que abordaram os relatos fundacionais da nação, momentos míticos do surgimento do projeto nacional. Estudaremos suas diferentes variações: relato coletivo (o povo como origem da nação); alegoria da paixão do casal protagonista e o surgimento da nação; e relato centrado no “herói-pai” nacional. Para isso, se privilegiará a análise de sequências de um corpus de filmes das cinematografias soviética, estadunidense, francesa, brasileira e cubana. Também se discutirá, em cada sessão, um dos textos da bibliografia que tenha relação com os filmes e as cenas selecionadas para esse dia.

Observação