Turma DE004 - Cinema Brasileiro Contemporâneo - Turma A

Nome

Cinema Brasileiro Contemporâneo

Subtítulo

Nação, narração e raça: o negro no cinema brasileiro

Cód. Disciplina - Turma

DE004 - A


Sala na MM 02
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Terça-feira das 09 às 12

Dados da disciplina

Nome DE004 - Cinema Brasileiro Contemporâneo
Programa Multimeios
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 45
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0
Oferecimento IA
Esta disciplina terá início no dia 7 de março

Docentes

Noel dos Santos Carvalho

Critério de Avaliação

Seminários e trabalho final

Bibliografia

ANDERSON, B. Comunidades Imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. São Paulo, Companhia das Letras, 2008. ARAÚJO, Joel Zito. A negação do Brasil. São Paulo: Senac, 2000. AUGUSTO, Sérgio. Esse mundo é um pandeiro - A chanchada de Getúlio a JK. São Paulo, Companhia das Letras / Cinemateca Brasileira, 1989. GALVÃO, M.R., BERNARDET, J.C. Cinema: repercussões em caixa de eco ideológica. São Paulo: Brasiliense, 1983. CARVALHO, Noel dos Santos. Esboço para uma história do negro no cinema brasileiro. In: DE, Jefferson. Dogma Feijoada - O cinema negro brasileiro. São Paulo, Imprensa Oficial / Cultura-Fundação Padre Anchieta, 2005. p.17-102. CARVALHO, N.S. Cinema e representação racial: o cinema negro de Zózimo Bulbul. São Paulo: USP, 2005. CATANI, Afrânio Mendes; SOUZA, José Inácio de Melo. A chanchada no cinema brasileiro. São Paulo, Brasiliense, 1983 COSTA, Sérgio. Dois atlânticos - teoria social, anti-racismo, cosmopolitismo. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2006. DÁVILA, J. Diploma de brancura - Política social e racial no Brasil (1917-1945). São Paulo, UNESP, 2005. FRY, P. A persistencia da raça - ensaios antropofágicos sobre o Brasil e a África austral. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005. GATTI, José. Barravento - A estréia de Glauber. Florianópolis, Editora da UFSC, 1987. HALL, S. Da diáspora: identidade e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2009. HALL, S. Identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro,DP&A editora: 2003. HANCHARD, M.G. Orfeu e o poder - movimento negro no Rio de Janeiro e São Paulo. Rio de Janeiro, EDURJ, 2001. HOBSBAWN, E.J. Nação e nacionalismo desde 1780. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1990. MIRANDA, Luiz Felipe; RAMOS, Fernão (org). Enciclopédia do cinema brasileiro. São Paulo, Senac, 2000. MURAT, Rodrigo. Zezé Motta - Muito prazer. São Paulo, Imprensa Oficial / Cultura-Fundação Padre Anchieta, 2005. NAGIB, Lúcia. A utopia no cinema brasileiro - Matrizes, nostalgia, distopias. São Paulo, Cosac Naify, 2006. PAIVA, C.E.A. Black Pau - a soul music no Brasil nos anos 1970. São Paulo, UNESP, (tese de doutorado), 2015. RENAN, E. Qué es una nacion? Madrid, Alianza Editorial, 1987. ROCHA, Glauber. Revolução do Cinema Novo. Rio de Janeiro, Alhambra / Embrafilme, 1980. (2.ed.ampl. São Paulo, Cosac & Naify, 2004. RODRIGUES, João Carlos. O negro brasileiro e o cinema. Rio de Janeiro, Globo / Fundação do Cinema Brasileiro, 1988. (2.ed. Rio de Janeiro, Pallas, 2001.) STAM, Robert. Multiculturalismo tropical. São Paulo: Edusp, 2007. SKIDMORE, T. E. Preto no branco - raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1976. SHOHAT, Ella; STAM, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica - Multiculturalismo e representação. São Paulo, Cosac Naify, 2006. TURNER, G. Cinema como pratica social. São Paulo, Ed. Summus, 1988. XAVIER, Ismail. Alegorias do subdesenvolvimento. São Paulo, Brasiliense, 1993. XAVIER, Ismail. Sertão mar - Glauber Rocha e a estética da fome. São Paulo, Brasiliense, 1983.

Conteúdo

A temática racial é central na cultura brasileira. No cinema, o negro e a sua cultura foram encenados desde os primeiros filmes silenciosos até a produção mais recente. Ele aparece nas bordas dos enquadramentos, "contaminando" as imagens que se querem puras; nas molduras dos quadros, deslocando as disposições de poder; no centro da cena, como metáfora do povo e da nação ou para desfazer as fantasias de beleza, controle, pureza, poder e raça. A análise dos filmes sob a perspectiva do significante negro tende a deslocar o sentido das imagens e sons e trazer a tona tensões, contradições e fantasias raciais que percorrem os discursos de nação construídos e postos em ação pelas elites em cada contexto histórico. O curso pretende explorar os modos pelos quais o negro foi representado nos discursos de nação do cinema brasileiro em relação à ficção, ao documentário e ao experimental. 1) Narrativas de nação e identidade nacional; 2) Condenados pela raça; 3) Absolvidos pela cultura; 4) A nação narrada da Casa Grande - Estado Novo e as imagens da nação; 5) O samba, a prontidão e outras bossas - a chanchada; 6) Melodrama racial - Também somos irmãos; 7) O meio cinematográfico nacionalista de esquerda - "A voz do morro sou eu mesmo, sim senhor"; 8) A nação narrada do Planalto de Piratininga - A Vera Cruz e o negro; 9) Cinema novo, ou, a fenomenologia do cinema negro; 11) Anos 70: Somos cabelo duro, somos black pau - os filmes dos diretores negros; 12) Documentário e disputas por representação racial; 13) A celebração da identidade: os documentários da cultura negra;

Metodologia

Aulas expositivas, visionamento de filmes, grupos de discussão, discussão em sala de aula e trabalho final.

Observação

Programa e bibliografia serão apresentados com atualizações.