Nome
Cinema e História - Cinemas Não-Narrativos
Subtítulo
Cine-ensaio/filme-ensaio - O ensaio no cinema brasileiro
Cód. Disciplina - Turma
DE013 - A
Sala
na Sala SM-03 (Básico)
Acompanhamento com disciplina da Graduação?
Não
Oferecimento DAC
Terça-feira das 09 às 12
Dados da disciplina
Nome
DE013 - Cinema e História - Cinemas Não-Narrativos
Total de Horas Atividades Teóricas
45
Total de Horas Atividades Prática
0
Total de Horas Laboratório
0
Total de Horas Atividades Orientadas
0
Total de Horas Atividades à Distância
0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão
0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão
0
Total de Horas/Aula Semanais
0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula
0
Oferecimento IA
Início do 2º semestre dia 08/08/2017
Docentes
Francisco Elinaldo Teixeira
Critério de Avaliação
A avaliação se dará com base na presença e participação nas aulas, além de um trabalho final versando sobre um dos temas abordados e, de preferência, que sirva para o adiantamento das pesquisas dos alunos regulares inscritos. Para os alunos especiais a escolha de um dos temas é essencial.
Bibliografia
Adorno, Theodor. "El ensayo como forma". In: Notas de literatura. Barcelona: Ediciones Ariel, 1962.
Albèra François. Los formalistas rusos y el cine: la poetica del filme. Barcelona: Paidós, 1998.
____________. Eisenstein e o construtivismo russo. São Paulo: Cosac Naify, 2002.
____________. La vanguardia en el cine. Buenos Aires: Manantial, 2009.
Artaud, Antonin. El cine. Madrid: Alianza Editorial, 1982.
Aumont, Jacques. O olho interminável (cinema e pintura). São Paulo: Cosac Naify, 2004.
Baecque, Antoine de. Cinefilia/Invenção de um olhar, história de uma cultura (1944-1968). São Paulo: Cosac Naify, 2010.
Bazin, André. O cinema: ensaios. São Paulo: Brasiliense, 1991.
Bellour, Raymond. Entre-imagens: foto, cinema, vídeo. Campinas: Papirus, 1997.
Blanchot, Maurice. A conversa infinita: a palavra plural. São Paulo: Escuta, 2001.
Bordwell, David. Sobre a história do estilo cinematográfico. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
Canongia, Ligia. Quase-cinema: cinema de artista no Brasil, 1970/80. Rio de Janeiro: Funarte, 1981.
Corrigan, Timothy. O filme ensaio: desde Montaigne e depois de Marker. São Paulo: Papirus, 2015
Deleuze, Gilles. Cinema 2: a imagem-tempo. São Paulo: Brasiliense, 1990.
Dubois, Philippe. Cinema, vídeo, Godard. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
Ferreira, Jairo. Cinema de invenção. São Paulo: Max Limonad/Embrafilme, 1986.
Godard, Jean-Luc. Introdução a uma verdadeira história do cinema. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
Heartney, Eleonor. Pós-modernismo. São Paulo: Cosac Naify, 2001.
Machado, Arlindo. Pré-cinemas & Pós-cinemas. Campinas; Papirus, 1997.
______________.Três décadas do vídeo brasileiro. São Paulo: Itaú Cultural, 2003.
Montaigne, Michel. Ensaios. São Paulo: Abril Cultural (Os Pensadores XI), 1972.
Mota, Maria Regina de Paula. A épica eletrônica de Glauber: um estudo sobre cinema e televisão. Belo Horizonte: UFMG, 2001.
Mourão, Patricia (org.). Jonas Mekas. São Paulo: CCBB/Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária - USP, 2013.
Nichols, Bill. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus, 2012.
Ohata, Milton (org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
Parente, André. Narrativa e modernidade: os cinemas não-narrativos do pós-guerra. Campinas: Papirus, 2000.
Pasolini, Pier Paolo. Empirismo herege. Lisboa: Assírio & Alvim, 1982.
Romaguera i Ramió, J. & Theveneth, H. A. (orgs.). Fuentes y documentos del cine. La estética. Las escuelas y los movimientos. Barcelona: Editorial Fontamara, 1985.
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Sánchez-Biosca, Vicente. Cine y vanguardias artísticas: Conflictos, encuentros, fronteras. Barcelona: Paidós, 2004.
Teixeira, Francisco Elinaldo. O terceiro olho: ensaio de cinema e vídeo (Mário Peixoto, Glauber Rocha, Júlio Bressane). São Paulo: Perspectiva, 2003.
_____________________. (Org.) Documentário no Brasil - Tradição e Transformação (Finalista do Prêmio Jabuti de 2005). São Paulo: Summus Editorial, 2a. edição, 2006.
_____________________. O cineasta celerado: a arte de se ver fora de si no cinema poético de Júlio Bressane. São Paulo, Annablume, 2011.
_____________________. Cinemas "não narrativos": Experimental e Documentário - Passagens. São Paulo: Alameda, 2013.
_____________________. (Org.) O ensaio no cinema: formação de um quarto domínio das imagens na cultura audiovisual contemporânea. São Paulo: Hucitec Editora, 2015.
Yoel, Gerardo (org.). Pensar o cinema: imagem, ética e filosofia. São Paulo: Cosacnaify, 2015.
Weinrichter, Antonio. La forma que piensa. Tentativas en torno al cine-ensayo. Navarra/Espanha: Fondo de Publicaciones del Gobierno de Navarra,2007.
________________.Metraje encontrado. La apropiación en el cine documental y experimental. Navarra/Espanha: Fondo de Publicaciones del Gobierno de Navarra, 2009.
________________.Desvios de lo real: el cine de no ficción. Madrid: T&B Editores, 2004.
Conteúdo
No âmbito dos cinemas "não narrativos", ou de outra narratividade desvinculada do paradigma linguistico-semiológico, o propósito da disciplina será o de por em foco e analisar incidências e avatares de um cine-ensaio/filme-ensaio no cinema brasileiro.
1. Recortando o campo do debate na atualidade. O cinema e seu duplo fascínio: da compulsão de contar histórias à composição de ensaios;
2. Ensaio: tradução intersemiótica da filosofia e da literatura para o cinema, relação cinema e pensamento;
3. Arqueologia do ensaio no cinema:do período clássico ao moderno - formação de um proto-ensaio no cinema;
4. Para além dos domínios ficcional, documentário e experimental, o ensaio como formação de um quarto domínio do cinema na cultura audiovisual contemporânea;
5. Cine-ensaio: confluências-passagens entre o documentário,o experimental e o ficcional;
6. Por uma arqueologia do ensaio no cinema brasileiro;
7. O experimental e o ensaístico no cinema brasileiro: confluências, trocas, passagens;
8. Anos de 1970: entre os cinemas novo e marginal,irrupções do filme-ensaio no cinema brasileiro;
9. Os filmes Documentário (1966), de Rogério Sganzerla, Câncer (1968-72), de Glauber Rocha: limiares do filme-ensaio no cinema brasileiro;
10.O pensamento estético-cinematográfico de Hélio Oiticica: experimentar o experimental, o filme-ensaio como um "quase cinema",o filme Agripina é Roma-Manhattan (1972);
11.O cinema "sem drama, anarrativo", em filme-ensaios de Ivan Cardoso, Júlio Bressane, Neville de Almeida, Jairo Ferreira, Glauber Rocha (filme Nosferato no Brasil/1971, de Ivan Cardoso, Di-Glauber/1977, de Glauber Rocha);
12. Anos de 1980: o filme-ensaio em Eduardo Coutinho, Jorge Furtado, Caetano Veloso, o filme Cinema Falado (1986) como primeira indexação do ensaio no cinema brasileiro;
13. Anos de 1990: videoarte e filme-ensaio (Júlio Bressane,Sandra Kogut,Carlos Nader), a questão/debate da apropriação dos arquivos fílmicos no ensaio (Jean-Claude Bernardet, Marcelo Masagão,Eduardo Coutinho);
14. Anos 2000: o filme-ensaio e suas correlações com os chamados filmes autobiográfico,em primeira pessoa, dispositivo, performático (Kiko Goifman, Sandra Kogut, Cao Guimarães, Carlos Nader, Joel Pizzini, João Moreira Salles);
15. Atualidade do cine-ensaio/filme-ensaio no cinema brasileiro: uma primeira antologia sobre o tema, traduções, monografias, mesas - um debate começa a ganhar corpo, inscrição e consistência.
Metodologia
O curso se desenvolverá a partir de aulas expositivas, seminários e projeções de filmes em todas as aulas.
Observação
O curso exigirá um conhecimento mínimo já acumulado sobre história e teoria do cinema, especialmente, no que diz respeito aos alunos especiais.