O Ensaio no Cinema
SubtítuloArqueologia do ensaio no cinema brasileiro
DE014 - A
Inicio das aulas dia 17/03/2020
A avaliação se dará com base na presença e participação nas aulas, além de um trabalho final versando sobre um dos temas abordados e, de preferência, que sirva para o adiantamento das pesquisas dos alunos regulares inscritos. Para os alunos especiais a escolha de um dos temas é essencial.
O curso exigirá um conhecimento mínimo já acumulado sobre história e teoria do cinema, especialmente, no que diz respeito aos alunos especiais.
Conteúdo Programático No âmbito dos cinemas "não narrativos", ou de outra narratividade desvinculada do paradigma linguistico-semiológico, o propósito da disciplina será o de por em foco e analisar incidências e avatares de um cine-ensaio/filme-ensaio no cinema brasileiro. 1. Recortando o campo do debate na atualidade. O cinema e seu duplo fascínio: da compulsão de contar histórias à composição de ensaios; 2. Ensaio: tradução intersemiótica da filosofia e da literatura para o cinema, relação cinema e pensamento; 3. Arqueologia do ensaio no cinema:do período clássico ao moderno - formação de um proto-ensaio no cinema; 4. Para além dos domínios ficcional, documentário e experimental, o ensaio como formação de um quarto domínio do cinema na cultura audiovisual contemporânea; 5. Cine-ensaio: confluências-passagens entre o documentário,o experimental e o ficcional; 6. Por uma arqueologia do ensaio no cinema brasileiro; 7. O experimental e o ensaístico no cinema brasileiro: confluências, trocas, passagens; 8. Anos de 1970: entre os cinemas novo e marginal,irrupções do filme-ensaio no cinema brasileiro; 9. Os filmes Documentário (1966), de Rogério Sganzerla, Câncer (1968-72), de Glauber Rocha: limiares do filme-ensaio no cinema brasileiro; 10.O pensamento estético-cinematográfico de Hélio Oiticica: experimentar o experimental, o filme-ensaio como um "quase cinema",o filme Agripina é Roma-Manhattan (1972); 11.O cinema "sem drama, anarrativo", em filme-ensaios de Ivan Cardoso, Júlio Bressane, Neville de Almeida, Jairo Ferreira, Glauber Rocha (filme Nosferato no Brasil/1971, de Ivan Cardoso, Di-Glauber/1977, de Glauber Rocha); 12. Anos de 1980: o filme-ensaio em Eduardo Coutinho, Jorge Furtado, Caetano Veloso, o filme Cinema Falado (1986) como primeira indexação do ensaio no cinema brasileiro; 13. Anos de 1990: videoarte e filme-ensaio (Júlio Bressane,Sandra Kogut,Carlos Nader), a questão/debate da apropriação dos arquivos fílmicos no ensaio (Jean-Claude Bernardet, Marcelo Masagão,Eduardo Coutinho); 14. Anos 2000: o filme-ensaio e suas correlações com os chamados filmes autobiográfico,em primeira pessoa, dispositivo, performático (Kiko Goifman, Sandra Kogut, Cao Guimarães, Carlos Nader, Joel Pizzini, João Moreira Salles); 15. Atualidade do cine-ensaio/filme-ensaio no cinema brasileiro: uma primeira antologia sobre o tema, traduções, monografias, mesas - um debate começa a ganhar corpo, inscrição e consistência.
O curso se desenvolverá a partir de aulas expositivas, seminários e projeções de filmes em todas as aulas.
O curso exigirá um conhecimento mínimo já acumulado sobre história e teoria do cinema, especialmente, no que diz respeito aos alunos especiais.