Critério de Avaliação
1-Participação e presença em 75% das 15 aulas de 3 hs cada totalizando carga horária de 45 hs.
2- Leitura prévia orientada de textos extraídos da bibliografia da disciplina.
3-Apresentação no final da disciplina em data previamente estabelecida no final do semestre letivo de PAPER,digitado individual com análises, refexões e posicionamentos desenvolvidos pelo aluno durante o semestre e as correspondentes apresentações dos filmes propostos exibidos em aula e indicados para serem vistos extra sala de aula ao longo do curso.(*Entrega presencial)
4-Realização de filme em qualquer recurso técnico e linguagem audiovisual livre de curta duração que pode ser realizado individualmente ou grupo de qualquer número de alunos .Duas aulas das 15 programadas serão dedicadas à apresentação, em ordem previamente estabelecida.
5 -A nota final será de conceitos regulamentados pelo catálogo das disciplinas do ano em curso, atribuída a partir do desempenho de frequência em aula ,do paper individual e do trabalho audiovisual final
Bibliografia
AUMONT, Jaques(1993).A imagem.Papirus. Campinas
BERNARDO,Gustavo(Org.) (2011).A filosofia da ficção de Vilem Flusser:Annablume.Sã Paulo.
BIRMAN, Joel. Descartes, Freud e a experiência da loucura. Natureza humana, v. 12, n. 2, p. 5-21, 2010.
CABRERA,Julio.O cinema pensa.Editora Rocco.Rio de Janeiro.2016
Flusser,Vilém. Filosofia da Caixa Preta.Editora AnnaBlume.São Paulo,2011
-----------------.O Universo das imagens técnicas.AnnaBlume.São Paulo,2008
------------------.O mundo Codificado.Cosacnaif.São Paulo,2007
-----------------.Lingua e realidade.AnnaBlume.São Paulo,2007
LUZ,Rogerio.Filme e Subjetividade.Contracapa Livraria.Rio de Janeiro,2002
GROF, Stanislav. Além Do Cérebro .Editora Macgraw Hill.São Paulo.1987
GUATTARI, Félix. O Divã do Pobre. In: Psicanálise e Cinema. Coletânea do nº 25,215.SP
JUNG,Carl Gustav.(2012).Jung e o Cinema.Juruá Editora.Curitiba.
-------------------------.(1964)O homem e seus símbolos.Editora Nova fronteira.R.J.
KEMP,Philip.(2011)Tudo sobre cinema.Sextante.Rio de Janeiro.
LACOSTE,Psicanálise na tela.(1992).J.Zahar Editor.Rio de Janeiro.
LACAN, Jacques O simbólico, o imaginário e o real. In: Nomes-do-Pai. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
POURRIOL,Olivier.(2009).Cine Filô.Zahar.Rio de Janeiro. MILLER, Jacques-Alain et al. A invenção do delírio. Opção lacaniana online, v. 5, p. 1-25, 1995
MILLER, Jacques-Alain et al. A invenção do delírio. Opção lacaniana online, v. 5, p. 1-25, 1995
STEVENSON, Robert. Louis. O médico e o monstro. São Paulo: Penguin Companhia., 2015.
FILMOGRAFIA
ARONOFSKY, Darren. (2010). Cisne negro. 108 min.
BARZMAN. Paolo (2006). O Médico e o Monstro. 89 min.
BERLINER, Roberto (2015). Nise: o coração da loucura. 106 min.
CASANOVA, Eduardo (2017). Peles. 77 min.
CLAPIN, Jéremy (2008) Skhizein. (short) 13 min.
FLEMING, Victor (1941). O Médico e o Monstro. 113 min.
FORMAN, Milos (1975). Um Estranho no Ninho. 134 min.
HUSTON, John (1962). Freud Além da Alma. 140 min.
LONCRAINE, Richard (1995). Ricardo III. 110 min.
MANGOLD, James (1999). Garota, Interrompida. 127 min.
PACINO, Al (1996). Ricardo III - Um Ensaio. 112 min.
PHILLIPS, Todd (2019). Coringa. 122 min
HITCHCOCK,1960.Psicose 109 min
Conteúdo
Partindo do pressuposto que são vários os gêneros no cinema esta disciplina fará a escolha de um grupo deles que são afins, aqueles que de alguma forma se concentram em desconstruções da personalidade em que a narrativa dos roteiros sinalizam a perda da objetividade que consolida aos personagens atuações previsíveis dentro de padrões de comportamentos normais codificados pela sociedade humana e que garantem o controle social dentro de leis e normas estabelecidas pelas constituições de ordem e preservação desta no tempo e no espaço. Fortemente ainda sob impacto do recém lançado filme norte americano “O Coringa” de Todd Philips e com a convincente atuação de Joaquin Phoenix, se quer estender a outros filmes em que as biografias dos personagens principais segue por descontroles psíquicos com destinos variados em que não se exclui violência e crimes.Cinema é ficção e se pretende associá-lo á loucura que será referenciado pela obra literária de Vilém Flusser no seu eixo central de reflexões na sua Filosofia da Ficção. Aqui o personagem Arthur Fleck, é o centro do interesse da disciplina,que se torna progressivamente o personagem mascarado de palhaço diante das determinações do contexto familiar: sua mãe doente e combalida na cama, o programa de variedades e entrevistas que no meio do público cativo sonha em que possa ser um comediante se revelar seu potencial talento ao famoso entrevistador vivido por Roberto de Niro que ironicamente quer se valer dos desejos do estranho e caricato Arthur que vive no limite existencial entre uma persona comportada para uma efervescente esquizofrenia combinada aos estertores da histeria hilariante e galopante controlada por overdoses de barbitúricos distribuídas gratuitamente pela prefeitura de Gotham City.De imediato se pode pensar que estamos em um dos Gêneros atualmente em constantes sucessos de bilheteria que seriam os filmes inspirados pelos heróis de quadrinhos e seus inimigos inevitáveis de toda adaptação cinematográfica.No entanto “o Coringa” é uma virada genial ao recortar e isolar um dos inimigos de Batman para uma retrospectiva mais profunda da mente doentia deste e nos remetendo a outro gênero de filme aquele que se concentra na biografia de personagens que em seus roteiros enlouquecem ou desabam dentro de si psicologicamente basta lembrar um dos muitos filmes do diretor Alfred Hitchcock conhecido pelo gênero “filmes de suspense” o mais famoso seria sem dúvida “Psicose “entre seus outros 52 filmes.
O objetivo da disciplina seria convergir uma análise de uma série de filmes tendo como referência central “O Coringa” conduzida pela ampla bibliografia do filósofo tcheco que usualmente escrevia em alemão e que fugindo do nazismo veio ao Brasil e fez do português sua terceira língua.
Conteúdos Programáticos:
1-Ficção e loucura como zonas porosas, limites permeáveis e penetráveis e a dissolução na alucinação perceptiva.
2-A percepção profunda da vacuidade do EU e dum existir sem chão: a perda do fundamento firme da realidade...o abismo do nada.O sujeito desenraizado com sentimentos sem consistência.
3-O intelecto diante do absurdo criando ficções como sendo a realidade.
4-O estabelecimento do Ser na abordagem existencial: O EU e o Não Eu.A potencialidade da imaginação.O ato criativo.
5-A comunicação humana como artifício na superação da descontinuidade da matéria: Os Abismos.
6-A expansão das mídias-tecnologias da informação e da comunicação em limites mais amplos e profundos- A ludopatia. Sedução e Sedação.