Tópicos Especiais em Encenação
SubtítuloAções poéticas disruptivas: ativismos decoloniais e feministas nas artes da cena
AC302 - A
A disciplina será ofertada em dois momentos, sendo obrigatória a realização de ambos para cumprimento dos créditos da disciplina:
1º. Momento: Módulo Teórico – “Estudos e saberes outros”. Período: de 03 a 06 de março de 2020, terça à sexta-feira, das 14h às 18h.
2º. Momento: Módulo Prático/Criativo – “Laboratório de criação cênica decolonial”. Período: de 22 a 25 de abril de 2020 – quarta a sexta, das 14h às 20h; e sábado, das 11h às 22h.
A disciplina encerrará com a Segunda Edição da “Mostra Cênica O Grito da Medusa”, com apresentação de cenas dos/as alunos/as participantes na disciplina.
Stella Regina Fischer
Participação em sala de aula, a partir das leituras e debates.
Projeto de criação cênica e sua realização.
Relatório final no formato de artigo, ensaio ou memorial.
Bibliografia Básica:
FISCHER, Stela Regina. Mulheres, Performance e ativismo: a ressignificação dos discursos feministas na cena latino-americana. Tese (Doutorado em Artes da Cênicas) - Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, 2017.
LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas, set-dez, 2014. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/36755>. Acesso em: jan. 2019.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Disponível em: < http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf>. Acesso em: out. 2019.
ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição - Notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: N-1 Edições, 2018.
SEGATO, Rita Laura. Contra-pedagogías de la crueldad. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2018
Bibliografia Complementar:
ALCOFF, Linda M. Uma epistemologia para a próxima revolução. Sociedade e Estado. Brasília, n. 1, v. 31, jan/abr, 2016. Disponível em: <http://periodicos.unb.br/index.php/estado/article/view/21425/15326>. Acesso em: fev. 2019.
CABALLERO, Ileana Diegues. Cenários liminares: teatralidades, performance e política. UBERLÂNDIA: EDUFU, 2011
CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra da América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: Racismos Contemporâneos. Rio de Janeiro: Takano Editores, 2003a, p. 49-58.
FABRINI, Verônica. Sul da Cena, Sul do Saber. Revista Moringa, v.4, n.1, p.11-25, jan-jun 2013. Disponível em:http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/moringa/article/view/16121. Acesso: 11 out. 2019.
FABRINI, Verônica. Imagem Enigma, Imagem grito:hegemonias e contra-hegemonias imaginárias. In: TOURINHO, L.; MITKIEWICZ, L. (Orgs.). Bonecas Quebradas: ensaio de um processo em teatro documental. Rio de Janeiro: Azougue Editora, 2016, p. 56-92.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
MIGNOLO, Walter. Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003.
PALERMO, Zulma. Para una pedagogía decolonial. Buenos Aires: Del Signo, 2014.
_________ [et. al.]. Des/decolonizar la universidad. Buenos Aires: Del Signo, 2015.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In: Boaventura de Sousa Santos; Maria Paula Meneses (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010. p. 84-130.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.
SEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-cadernos CES, n. 18, 2012. Disponível em: <https://eces.revues.org/1533>. Acesso em: jan. 2016.
SPIVAK, Gayatri C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
TOLOKONNIKOVA, Nadya. Um guia Pussy Riot para o ativismo. São Paulo: Ubu Editor, 2019.
WALSH, Catherine. Interculturalidad y (de)colonialidad: perspectivas críticas y políticas. Visão Global, Joaçaba, v. 15, n. 1-2, jan./dez. 2012, p. 61-74.
_________. Pedagogías decoloniales. Prácticas insurgentes de resisitir, (re) existir y (re)vivir. Tomo I. Serie Pensamiento Decolonial. Quito: Abya Yala, 2013.
Documento final da Marcha das mulheres indígenas: Território: nosso corpo, nosso espírito: Disponível em:<https://trabalhoindigenista.org.br/documento-final-marcha-das-mulheres-indigenas-territorio-nosso-corpo-nosso-espirito>. Acesso em out. 2019.
Partindo dos estudos decoloniais enquanto epistemologia crítica diante do atual contexto político da América Latina, a disciplina propõe um levantamento de temas e poéticas ativistas contra as “novas” roupagens de colonialidades que persistem na produção de exclusões e diferenças de classe, raça, gênero e modos de existir. Será ofertada em dois módulos: o primeiro Teórico – “Estudos e saberes outros”, no qual serão abordados textos e debates sobre o pensamento decolonial e suas reverberações nas práticas artísticas da atualidade latino-americana; e um segundo módulo Prático/Criativo – “Laboratório de criação cênica decolonial”, com propostas de criação de espaço/saberes desobedientes, corporificados e cênicos, a fim de construir ações poéticas disruptivas, com apresentação final na segunda edição da Mostra Cênica “O Grito da Medusa”, produzida pela Profa. Dra. Verônica Fabrini. Essa conjuntura de atividades tem o intuito de abordar frentes didáticas e artísticas contra-hegemônicas associadas aos estudos feministas e decoloniais na formação da/o artista.
O conteúdo abordará:
1. Introdução às teorias críticas decoloniais;
2. Estudos críticos e análise de ações poéticas feministas e decoloniais no contexto latino-americano;
3. Ativismos e poéticas cênicas de transgressão;
4. Estudos e provocações sobre pedagogias e epistemologias decoloniais na formação do/a artista;
5. Orientação, apresentação e debates das ações cênico poéticas disruptivas.
1. Aulas teórico-práticas;
2. Mediação de debates a partir de temas e textos propostos em aula;
3. Orientação para a criação de ações cênicas/poéticas;
4. Debates coletivos sobre as ações, com implicação das teorias e leituras realizadas;
5. Laboratório prático com exercícios de criação cênica;
6. Apresentação/realização das ações poéticas na segunda edição da Mostra Cênica de Mulheres “O Grito da Medusa”.