Turma DE005 - Cinema Documentário - Turma A

Nome

Cinema Documentário

Subtítulo

Estudo do documentário brasileiro moderno e contemporâneo

Cód. Disciplina - Turma

DE005 - A


Sala google meet
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Sim
Oferecimento DAC Sexta-feira das 14 às 17

Dados da disciplina

Nome DE005 - Cinema Documentário
Programa Multimeios
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 45
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0
Oferecimento IA

Aulaso com início dia 25/09

Docentes

Gilberto Alexandre Sobrinho

Critério de Avaliação

Presença em sala de aula virtual, participação das discussões em sala de aula virtual e fórum de discussões, trabalho final

Bibliografia

Artigos e capítulos de livros resultados de pesquisa do docente:

SOBRINHO, G. A. DENNISON, S. Filming the margins: Documentary film, participation and the poetics of resistance in contemporary Brazil. In: COOKE, P. SORIA-DONLAN, I. (Orgs.) Participatory arts in international development. Abingdon; New York: Routledge, p. 194-207, 2019.

SOBRINHO, G.A.; BOMFIM, F.C. As representações religiosas no cinema de Geraldo Sarno. Doc On Line: revista digital de cinema documentário v. 21, p. 51 71, 2017.

SOBRINHO,G.A. Identidade, resistência e poder: mulheres negras e a realização de  documentários. In: Holanda, Karla; Tedesco, Marina Cavalcanti.(Org.). Feminino e Plural: Mulheres no cinema brasileiro Campinas: Papirus, 2017.

SOBRINHO, G.A.; CARVALHO, N. S. . Imagens do negro em redes audiovisuais no Brasil: documentários e construções identitárias. In: Gilberto Alexandre Sobrinho. (Org.). Cinemas em redes: tecnologia, estética e política na era digital. 1ed.Campinas: Papirus, 2016, p. 129-146.

SOBRINHO, G.A.. Questões de gêneros: vídeos, documentários e mulheres no Brasil. In: Alfredo Suppia. (Org.). Gêneros cinematográficos e audiovisuais: perspectivas contemporâneas. 1ed.Campinas: Margem da Palavra, 2016, p. 87-108.

SOBRINHO, G.A. Arthur Omar, Congo e o antidocumentário: mediações e crise na representação. Doc On-Line: revista digital de cinema documentario, v. 19, p. 124-135, 2016. ARTIGO

SOBR INHO, G.A. Vídeo e televisão independentes no Brasil e a realização de

documentários. Lumina (UFJF. Online), v. 01, p. 01 24, 2014

SOBRINHO, G.A. Telas em mutação: da memória da TV às memórias dos sertões. Doc Online, n. 15, dezemb ro 2013, www.doc.ubi .pt.

SOBRINHO, G.A. João Batista de Andrade, o cinema de intervenção e a voz política:

corpos, dramatização e encenação do real. In: JULIANO, D.B.R.; SOBRINHO, G.A.; ROSSINI, M.S. (Organizadores). Televisão: formas audiovisuais de ficção e de documentário . Volume I II. Tubarão: Unisul Socine, 2013.

SOBRINHO, G.A. Os documentários de Geraldo Sarno (1964-1971): das catalogações e análises do universo sertanejo aos procedimentos reflexivos. Revista Alceu, número 24, janeiro-junho/2013

SOBRINHO, G. A. Sobre corpos e imagens: os documentários televisivos de Walter Lima Júnior, no Glob o Shell Especial e no Globo Repórter (1972 1974). In: BORGES, Gabriela; PUCCI Jr, Renato; SOBRINHO, Gilberto Alexandre ( Organizadores ). Televisão: formas audiovisuais de ficção e de documentário . Volume II. Campinas, Algarve, São Paulo: UNICAMP/CIAC/SOCINE , 2012.

SOBRINHO, G.A. Retrato de classe: As vozes e a voz do documentário, no encontro da fotografia com a televisão. In: MONZANI, J., ARAÚJO, L. C., MIRANDA, S.R...[et al.]. (Org.). Estudos de cinema e audiovisual Socine: estadual. São Paulo: Socine, 2012, p. 134-144.

SOBRINHO.G.A. Da intuição à realização: os filmes e as ideias de Sérgio Muniz. Doc On-line, número 12, agosto de 2012, www.doc.ubi.pt, pp. 245-260.

SOBRINHO, G.A. Sérgio Muniz no cinema e na TV: experimentação e negociação. In: CANEPA, L., MÜLLER, A. SOUZA, G., SILVA, M. (Org.) Estudos de Cinema e Audiovisual. São Paulo: Socine, 2011.

SOBRINHO, G.A. Sobre televisão experimental: Teodorico, o Imperador do Sertão, de Eduardo Coutinho, e o Globo Repórter. Revista Eco-Pós, v.13, p. 67-84, 2010.

SOBRINHO, G.A.. A Caravana Farkas e o moderno documentário brasileiro: introdução aos contextos e aos conceitos dos filmes. In: Esther Hamburger, Gustavo Souza, Leandro Mendonça, Tunico Amâncio. (Org.). Estudo de Cinema Socine, 2008.

 

Livros de referência:

 

BERNARDET, Jean-Claude. Anos 70. Cinema. São Paulo: Ed. Europa, 1980. 130 p.

_______________________. Cineastas e imagens do povo. São Paulo: Companhia das letras, 2003 [1985]. 318 p.

CAETANO, M. R. DOCTV Operação de Rede. São Paulo: Instituto Cinema em Transe, 2011.

COMOLLI, J.L. Ver e Poder. A inocência perdida: cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008

DEBS, Sylvie (2010), Os mitos do sertão: emergência de uma identidade nacional, Belo Horizonte: C/Arte.

FORMAGGINI, Beth (2002), Cinema na TV – Globo Shell Especial e Globo Repórter (1971-1979), São Paulo: É Tudo Verdade (Catálogo).

HOLMLUND, Chris; FUCHS, Cynthia. Between the sheets, in the streets: queer, lesbian, and gay documentary. Minneapolis: Univ. of Minnesota, c1997. 274p., il. (Visible evidence, v.1). ISBN 0816627746 (enc.).

LAURETIS, Teresa. A tecnologia de gênero. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica cultural. Rio de Janeiro, Rocco, 1994.

MULVEY, Laura, SEXTON, Jamie (2007), Experimental British television, Manchester: Manchester University Press.

NICHOLS, B. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus, 2005.

NICHOLS, Bill. La representación de la realidad. Cuestiones y conceptos sobre el documental. Barcelona, Paidós, 1991.

NICHOLS, Bill. A voz do documentário. In: RAMOS, Fernão (Organizador). Teoria contemporânea do cinema, volume II. São Paulo: SENAC, 2005, p.47-67

PULLEN, Christopher. Autobiography and Confessional Performance in Documentary: Politics, AIDS and Family. In: PULLEN, Christopher. Documenting Gay Men: Identity and Performance in Reality Television and Documentary Film. Jefferson: Mcfarland, 2007. Cap. 3. p. 85-115

RENOV, Michael. Video Confessions. In: RENOV, Michael e SUDERBUR, Erika Resolutions. Contemporary video practices. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1996, p. 78-101.

SARNO, Geraldo. Cadernos do Sertão. Salvador: Núcleo de Cinema e Audiovisual, 2006. 216 p.

______________. Quatro notas e um depoimento sobre documentário. In: Filme Cultura Ed. Fac-similar (N. 43 à 48), Vol. 5. p. 193-196. Rio de Janeiro: Centro Técnico Audiovisual (Ctav), 2010. Originalmente publicado em Filme Cultura, n. 44, p. 61-64, abril/agosto 1984.

WILLIAMS, Raymond (1974), Television: technology and cultural form, Oxford: Routledge.

XAVIER, Ismail (2001), O cinema brasileiro moderno, São Paulo: Paz e Terra.

 

Conteúdo

Estudo do documentário brasileiro, moderno e contemporâneo, em suas vertentes cinematográfica, televisiva e videográfica. Busca-se compor um panorama crítico sobre a produção desde os anos 1960 até os anos 2000. A disciplina foca-se em questões relacionadas aos campos autorais e estilísticos dos filmes, bem como às relações sociais e políticas que os mesmos desempenham em relação ao contexto histórico em que são realizados e exibidos. Identidade nacional, crítica à nação e a imagem do “povo” mobilizam e dominam no grupo de filmes com forte formatação participativa e reflexiva dos documentários da Caravana Farkas, Globo Repórter/Globo Shell Especial e A hora da Notícia (TV Cultura), durante a ditadura militar. Ainda nos anos 1970, Arthur Omar, Aloysio Raolino, Andrea Tonacci irrompem com propostas estéticas radicais em relação à crítica do nacional-popular e antecipando pautas da geração vindoura. As políticas identitárias e as relações de gênero e sexualidade e étnico-raciais estão presentes nos documentários de coletivos relacionados ao amplo movimento da ABVP – Associação Brasileira do Vídeo Popular (Comulher, TV Viva, TV Maxambomba/CEPIP, Enugbarijo Vídeo, Tapiri Vídeo etc. e aqui, no contexto da democratização e nova república também atestam-se os documentários indígenas, negros, feministas, comunitários, sindicalistas etc. em filmes fortemente observacionais e participativos, com acentuada performance testemunhal e confessional. Finalmente, embaralham-se a crítica à nação, as construções e desconstruções identitárias, as relações metalinguísticas, os modos de lidar com o corpo e a subjetividade, os arquivos e a memória, os territórios urbanos e rurais e as noções de paisagem. Serão considerados, nesse recorte contemporâneo, documentários produzidos no âmbito do Projeto DOC TV, bem como produções independentes, resultados de políticas públicas para o audiovisual fomentadas durante o período de governo do Partido dos Trabalhadores. Como estratégia de leitura, adensam-se as camadas de leituras, ao justaporem modos já enunciados (confissão e testemunho) com as noções de performance e profanação dos dispositivos fílmicos.

Metodologia

Aulas expositivas gravadas e ao vido, visionamentos de filmes extra-classe, discussões e análises dos filmes e textos teóricos

Observação

Exige-se conhecimento instrumental de inglês para leituras.