Turma MS261 - Seminários Avançados - Turma A

Nome

Seminários Avançados

Subtítulo

Vozes: decolonialidades, memória e corpovocalidades

Cód. Disciplina - Turma

MS261 - A


Sala DM 43
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Terça-feira das 14 às 17

Dados da disciplina

Nome MS261 - Seminários Avançados
Programa Música
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 45
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0

Docentes

Suzel Ana Reily

Regina Machado

Thaís Lima Nicodemo

Paulo Mugayar Kühl

Lorena Avellar de Muniagurria

Critério de Avaliação

  • presença e participação nas aulas e atividades propostas
  • apresentação dos trabalhos solicitados
  • realização das leituras e participação ativas nas discussões

Bibliografia

AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade? Belo Horizonte: Letramento, 2018.

BARTHES, Roland. O óbvio e o obtuso: ensaios críticos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.

BAUMAN, Richard. Verbal art as performance. American Anthropologist, Vol. 77, no. 2, pp. 290-311. 1975.

CAMBRIA, Vincenzo. “Etnomusicologia aplicada e ‘pesquisa-ação participativa’. Reflexões teóricas iniciais para uma experiência de pesquisa comunitária no Rio de Janeiro”. Anais do V Congresso Latinoamericano da Associação Internacional para o Estudo da música Popular, 2004.

CARVALHO, José Jorge de; VIANNA, Letícia C. R. “O encontro de saberes nas universidades. Uma síntese dos dez primeiros anos”. Revista Mundaú, 2020, n. 9, p. 23-49

CARVALHO, J. J. de et al. “O Encontro de Saberes como uma contribuição à etnomusicologia e à educação musical”. Em Luhning, Angela, & Tugny, Rosângela. Etnomusicologia no Brasil. Edufba, 2016.

CLIFFORD, James. “Sobre a autoridade etnográfica”. In: A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ. [1982] 2012.

CONNERTON, Paul. How societies remember. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.

FELD, Steven. From schizophonia to schismogenesis: on the discourses and commodification practices of ‘world music’ and ‘world beat’”. In Charles Keil; Steven Keil (org.), Music Grooves. Chicago: University of Chicago Press, pp. 257-89.

FINNEGAN, Ruth. “O que vem primeiro: o texto, a música ou a performance?” In Palavra cantada: ensaios sobre poesia, música e voz. Matos, Cláudia; Travassos, Elizabeth; Medeiros, Fernanda Teixeira de (orgs.) Rio de Janeiro: 7 Letras, pp. 15-43, 2008

FRY, Peter. 1982. “Feijoada e “Soul Food”: notas sobre a manipulação de símbolos étnicos e nacionais.” In Para Inglês Ver – identidade e política na cultura brasileira. Rio de Janeiro: Zahar.
GIESBRECHT, Érica. Passado Negro: a incorporação da memória negra da cidade de Campinas através das performances de legados musicais. Tese de doutorado, UNICAMP, 2011.

HALL, Stuart. “Quando foi o pós-colonial?” In: Da Diáspora. Identidades e Mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

KILOMBA, Grada. “Descolonizando o conhecimento: uma palestra performance de Grada Kilomba”. Tradução Jessica Oliveira. s/d.

MACHADO, Regina. A voz na canção popular brasileira - um estudo sobre a vanguarda paulista. Ateliê Editorial. 2011

MACHADO, Regina. Da intenção ao gesto interpretativo - análise semiótica do canto popular. Tese de Doutorado. FFLCH USP 2012.

MACHADO, Regina. “A expressão como base para o trabalho pedagógico – Corpovocalidade”. Comunicação oral apresentada no I Congresso Internacional da Voz Cantada – mesa Voz, expressão e gênero musical – a técnica a serviço da estética. Maio 2022.

MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar - poéticas do corpo-tela. Editora Cobogó, 2021.

MINKS, Amanda; OCHOA, Ana María. “Music, Language, Aurality: Latin American and Caribbean Resoundings”. Annual Review of Anthropology 2021 50:1, 23-39 

MUNIAGURRIA, Lorena. A; DUQUE, Priscila. “Modes of resistance in Brazilian traditional cultures: ancestry and subversive performance in the Carimbó Cobra Venenosa, Pará-Amazônia, Brazil.” Special Issue: “Queer Intersectionalities in Folklore Studies”. Journal of Folklore Research. Fall 2022 (no prelo)

NICODEMO, Thaís Lima; SANTOS, Rafael dos. “Terra dos Pássaros: a permanência de elementos”. Per Musi, Belo Horizonte, n.30, 2014, p.76-86.

NOGUEIRA, Erich. Os Sentidos da Voz: vocalidade em Guimarães Rosa. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2018.

RICOEUR, Paul , 2018. A memória, a história e o esquecimento. Campinas: editora da Unicamp.

REILY, Suzel Ana. Voices of the Magi: Enchanted Journeys in Southeast Brazil. Chicago; London: The University of Chicago Press, 2002.

REILY, Suzel. “As vozes da folia: um tributo a Elizabeth Travassos Lins”. Debates, n. 12, p. 35-53, 2014.

RUFINO, Luiz. Pedagogia das Encruzilhadas. Mórula Editorial. 2019.

SEEGER, Anthony. Por que cantam os Kĩsêdjê? Uma antropologia musical de um povo amazônico. WERLANG, Guilherme (trad.). São Paulo: Cosac Naify, 2015.

RUTHERFORD, Susan. The Prima Donna and Opera, 1815-1930. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.

SPIVAK, G. C. et al. Pode o subalterno falar ? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

TRAVASSOS LINS, Elizabeth. “Um objeto fugidio: voz e ‘musicologias’”. Música em perspectiva, vol. 1, no. 1, p. 14-42, 2008.

TURINO, Thomas. Music as Social Life: the politics of participation. Chicago: The University of Chicago Press, 2008.

WILLIAM, Rodney. Apropriação cultural. São Paulo: Pólen, 2019.

WISNIK, José Miguel. “O que se pode saber de um homem?” Piauí, ano 10, n. 109, p. 60-66, outubro 2015.

ZUMTHOR, Paul. “The Living Voice”. Unesco Courier, vol. 38, n. 8 (The Spoken and the Written Word), p. 4-8. 1985.

ZUMTHOR, Paul. Introdução á Poesia Oral. São Paulo: Editora Hucitec, 1997.

ZUMTHOR, Paul. A letra e a voz: a “literatura” medieval. Amálio Pinheiro, Jerusa Pires Ferreira (trad). São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

Conteúdo

A disciplina parte de processos de escuta e compreensão de diversas manifestações vocais. Esta diversidade aponta para formas distintas de compreender a voz: seja enquanto materialidade sonora; seja enquanto meio para a agência daquele/a que se faz ouvir por meio dela. Buscamos nos atentar para a categoria “vozes”, refletindo sobre sua materialidade encarnada em fenômenos como cantos, falas, discursos e verbalizações; mas voltamo-nos também a ela de uma perspectiva mais ampla, que se refere à existência mesma dos sujeitos que marcam sua presença em tempos e lugares sociais específicos, com suas vozes e seus modos de ser e estar no mundo.

Nas aulas, o tema será discutido a partir de leituras, seminários e de conversas com convidados de diversas áreas. A partir dessas discussões os estudantes deverão  construir performances, estabelecendo um elo direto entre reflexão e fazer artístico. 

Os principais eixos temáticos da disciplina são:

  • Decolonialidades e interseccionalidades;
  • Memória e vozes do passado;
  • Corpovocalidade - voz, performance e estudos da presença.

Metodologia

  • Leitura e discussão
  • Conversas com convidados cujos trabalhos se relacionam a um dos eixos propostos
  • Apresentação de seminários
  • Elaboração de um trabalho artístico: gravação; videoperformance; apresentação; 

Observação