Tópicos Especiais em História, Teoria e Crítica da Arte V
SubtítuloA obra literária e poética da “Divina Comédia” de Dante Alighieri interpretada pelas Artes Visuais
AV049 - B
DISCIPLINA CANCELADA POR FALTA DE QUÓRUM
Paulo de Tarso e Igor Capelatto
O desempenho do aluno na disciplina será acompanhado a partir de suas leituras programadas e seguidas por seus textos elaborados e redigidos . E a seguir haverá devolutiva comentada pelo docente. O conjunto destes textos, levará ao conceito correspondente para registro no sistema. É exigida para aprovação a frequência mínima de 75 % das aulas dadas no total.
Dante Alighieri, poeta do século XIV, florentino, é mais comentado do lido e mais visto do que lido. O poeta criou uma das maiores empreitadas da literatura ocidental. 14322 versos combinados em tercetos, conta a sua viagem de redenção e busca por deus, pelos 3 reinos pós morte; Inferno, Purgatório e Paraiso.
Chamou seu poema de Commedia, pois dentro da tradição greco-romana, tudo que começa bem e termina mal é uma tragédia e tudo que começa mal e termina bem uma comédia.
Dante escreveu num período em que acesso aos livros era impossível: não haviam sido inventados ainda!
Vivia-se o período de manuscritos e copistas. Cada documento era produzido por seu autor que encaminhava a copistas que produziam cópias que eram vendidas não em livrarias que não existiam, mas em boticas.
Após a queda do império romano no 5ººséculo da EC (Era Comum) houve um processo crescente e avassalador de destruição de escolas e educação. 90% da população era iletrada e destes 10% restante uma parte significativa sabia apenas assinar seu nome. A leitura era complexa uma vez que, em grande parte escrita em latim, por outra escrita nas línguas locais. Dante escolheu escrever em florentino, de sua cidade de nascença. Não existia a Itália que conhecemos hoje. Era um amontoado de estados nações, cada um, por vezes, com moeda e idioma próprios.
Dante um intelectual de raríssima estatura, certamente sabia disto, não por outra razão escrevia de forma a ressaltar os aspectos visuais de sua obra. E fazia isto ao reforçar as palavras, criando uma sonoridade rara na poesia medieval. O poeta sabia que se dirigia a pessoas que não sabiam ler, mas eram atentos ouvintes. Assim Dante foi provavelmente mais ouvido do que lido. Não havia o que chamamos leitura silenciosa. E esta leitura provocava e evocava em seus leitores temor (Inferno) e êxtase (Paraíso).
Certamente o inferno foi a parte que atraiu a maior parte do interesse dos artistas. A essa massa ignara, restava ouvir e ver. O processo de educação religiosa era feito através da visão dos artistas. A igreja se aproveitou disto e milhares de visões a respeito do inferno serviram para educar, através do terror, as populações.
Botticelli, Stradano, Blake, Dore, Dali entre tantos outros emprestaram seus talentos a compreender e explorar o poema. Compreender esta literatura visual, podemos ampliar nosso entendimento mais profundo sobre Dante, seu tempo e suas imaginações.
Analisar a obra de Dante a partir das visões dos artistas nos ajuda a compreender em maior profundidade tanto a obra do poeta bem como as artes.
1. A arte em geral, conceitos, artistas, análise de obras e estudos específicos comparativos na pintura e na escultura.
2. Da arte medieval a arte contemporânea, visões, análises, comparações e estudos.
3. O inferno, origem, definição e local (não geográfico)
4. As diferentes visões de Inferno e Paraíso na arte.
5. A arte como educação medieval.
6. Como a arte contemporânea vê, transforma e interpreta as visões e ideias de Dante.
7. Botticelli e Dante
8. Stradano e Dante
9. William Blake e Dante
10. Gustave Dore e Dante
11. Salvador Dali e Dante
12. Sandow Birk e Dante
13. A arte neurológica versus a arte retinal. Neuro estética.
A disciplina terá aulas teóricas, expositivas, mediadas por recursos audiovisuais (diagramas, powerpoints, vídeos) sistema online, vídeo conferência(zoom).
Dante Alighieri, poeta do século XIV, florentino, é mais comentado do lido e mais visto do que lido. O poeta criou uma das maiores empreitadas da literatura ocidental. 14322 versos combinados em tercetos, conta a sua viagem de redenção e busca por deus, pelos 3 reinos pós morte; Inferno, Purgatório e Paraiso.
Chamou seu poema de Commedia, pois dentro da tradição greco-romana, tudo que começa bem e termina mal é uma tragédia e tudo que começa mal e termina bem uma comédia.
Dante escreveu num período em que acesso aos livros era impossível: não haviam sido inventados ainda!
Vivia-se o período de manuscritos e copistas. Cada documento era produzido por seu autor que encaminhava a copistas que produziam cópias que eram vendidas não em livrarias que não existiam, mas em boticas.
Após a queda do império romano no 5ººséculo da EC (Era Comum) houve um processo crescente e avassalador de destruição de escolas e educação. 90% da população era iletrada e destes 10% restante uma parte significativa sabia apenas assinar seu nome. A leitura era complexa uma vez que, em grande parte escrita em latim, por outra escrita nas línguas locais. Dante escolheu escrever em florentino, de sua cidade de nascença. Não existia a Itália que conhecemos hoje. Era um amontoado de estados nações, cada um, por vezes, com moeda e idioma próprios.
Dante um intelectual de raríssima estatura, certamente sabia disto, não por outra razão escrevia de forma a ressaltar os aspectos visuais de sua obra. E fazia isto ao reforçar as palavras, criando uma sonoridade rara na poesia medieval. O poeta sabia que se dirigia a pessoas que não sabiam ler, mas eram atentos ouvintes. Assim Dante foi provavelmente mais ouvido do que lido. Não havia o que chamamos leitura silenciosa. E esta leitura provocava e evocava em seus leitores temor (Inferno) e êxtase (Paraíso).
Certamente o inferno foi a parte que atraiu a maior parte do interesse dos artistas. A essa massa ignara, restava ouvir e ver. O processo de educação religiosa era feito através da visão dos artistas. A igreja se aproveitou disto e milhares de visões a respeito do inferno serviram para educar, através do terror, as populações.
Botticelli, Stradano, Blake, Dore, Dali entre tantos outros emprestaram seus talentos a compreender e explorar o poema. Compreender esta literatura visual, podemos ampliar nosso entendimento mais profundo sobre Dante, seu tempo e suas imaginações.
Analisar a obra de Dante a partir das visões dos artistas nos ajuda a compreender em maior profundidade tanto a obra do poeta bem como as artes.