Tópicos Especiais em História e Literatura Musical
SubtítuloCultura Sonora e Narrativa Histórica
MS103 - B
DISCIPLINA CANCELADA POR FALTA DE QUÓRUM
Juliana Pérez González
• Participação nos seminários dirigidos
• Elaboração de um trabalho individual sobre um dos temas do curso
APROBATO FILHO, Nelson. Kaleidosfone. As novas camadas sonoras da Cidade de São Paulo. Fins do século XIX, início do XX.São Paulo: Edusp, 2008.
ARAGÃO, T. A. Paisagem sonora como conceito: tudo ou nada? Revista Música Hodie, n. 19, 2019, p. 1-17. Disponível em: https://doi.org/10.5216/mh.v19.53417
ATTALI, Jacques. Ruidos: ensayos sobre la economía política de la música. México, D.F.: Siglo XXI editores, 2011.
BESSA, Virgínia de Almeida. A escuta singular de Pixinguinha. História e música popular no Brasil dos anos 1920 e 1930. São Paulo: Alameda, 2010.
BOTELHO, Guilherme Machado.Quanto vale o show? O fino rap de Athalyba-Man.A inserção social do periférico através do mercado de música popular. Dissertação (Mestrado em Culturas e Identidades Brasileiras). São Paulo, IEB-USP, 2018.
BUENO, Natalia Bieletto. Lo inaudible en el estudio histórico de la música popular. Texto de reflexión crítica. Resonancias, vol. 20, n°38, jan-jun 2016, p. 11-35. DOI: 10.7764/res.2016.38.2
CORBIN, Alain. Les cloches de la terre : paysage sonore et culture sensible dans les cmpagnes au XIXe siècle. Paris : Flamarion, 2006.
CORBIN, Alain. L’historiographie de l’écoute. In: LARRUE, Jean-Marc e MERVANT-ROUX, Marie-Madeleine. Le son du théâtre XIXe-XXIe siècle. Paris: CNRS Éditions, 2016, p. 23-36.
DÍAZ FRENE, Jaddiel. A las palabras ya no se las lleva el viento: apuntes para una historia cultural del fonógrafo en México (1876-1924). Historia Mexicana, vol. 66, Núm. 1, (261), julio-septiembre, 2016, p. 257-298.
FELD, Steven. Acoustemology. In: NOVAK, David Novak e SAKAKEENY, Matt (orgs.). Keywords in Sound, Duke University Press, 2015.
GARCÍA, Miguel A. “Archivos sonoros o la poética de un saber inacabado”. ArteFilosofía, 11, 2012, p. 36-50.
IAZZETTA, Fernando. “A Imagem que se ouve”. In: PRADO, Gilberto; TAVARES, Monica; ARANTES, Priscila (org.). Diálogos transdisciplinares: arte e pesquisa. São Paulo: ECA/USP, 2016, p. 376-395.
INGOLD, Tim. Four objections to the concept of soundscape. In: INGOLD, Tim. Being live: Essays on movement, knowledge and description. Londres, Nova York: Routledge, 2011. p. 136-139.
KELMAN, Ari Y. Rethinking the soundscape. The Senses and Society, Londres, v. 5. n. 2, p. 212-234, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.2752/174589210X12668381452845
LEWY, Matthias. Com o arquivo de volta ao campo. A reinterpretação e recontextualização das gravações de Koch-Grünberg (1911) entre o povo pemón. Música em contexto, Brasilia, v. XI, n. 1, 2017, p. 251-288.
MACHADO, Cacá. Entre o passado e o futuro das coleções e acervos de música no Brasil. Revista de História, v. 173, 2015/2, p. 457-484.
MACHADO, Cacá. O enigma do homem célebre. Ambição e vocação de Ernesto Nazareth. Rio de Janeiro: IMS, 2007.
MERVANT-ROUX, Marie-Madeleine. Peut-on entendre Sarah Bernhardt ? Le piège des archives audio et le besoin de protocoles. Sociétés & Représentations, 2013/1 (n° 35), p. 165-182. DOI : 10.3917/sr.035.0165.
MORAES, José Geraldo Vinci de; SALIBA, Elias Tomé. História e Música no Brasil. São Paulo: Alameda, 2010.
OCHOA GAUTIER, Ana María. Aurality: Listening and Knowledge in Nineteenth-Century Colombia. Durham, NC: Duke University Press, 2014.
OSPINA, Sergio. Ghosts in the Machine and Other Tales around a “Marvelous Invention”: Player Pianos in Latin America in the Early Twentieth Century. Journal of the American Musicological Society, Vol. 72, núm. 1 (2019), p. 1–42.POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, vol. 2, Rio de Janeiro, n. 3, 1989.
PÉREZ GONZÁLEZ, Juliana. A indústria fonográfica e a música caipira gravada. Uma experiência paulista (1878-1930). Tese (Doutorado em História Social). São Paulo, FFLCH-USP, 2018.
REHDING, Alexander. Wax cylinder revolutions. The Musical Quarterly, v. 88, n. 1,, 2005. p. 123-160
REILY, Suzel. “A música e a prática da memória – uma abordagem etnomusicológica”. Revista Música e Cultura, n° 9.
ROSENFELD, Sophia. On Being Heard: A Case for Paying Attention to the Historical Ear. American Historical Review, v. 116, n. 2, abril 2011, p. 316-334.
SCHAFER, Murray. A Afinação do mundo. Uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. São Paulo: Editora UNESP, 2001.
SCHMITT, Jean-Claude. “Crieurs, cloches, chants et voix d’outre-tombe: les sons au Moyen Âge ». Sociétés & Représentations, n° 49, 2020/1, p. 27-48. [será fornecida tradução em português]
STERNE, Jonathan. The Audible Past. Cultural Origins of Sound Reproduction. Durham: Duke University Pres, 2003.
STERNE, Jonathan. The Sound Studies Reader. Nova York: Routledge, 2012.
STERNE, Jonathan. The Stereophonic Spaces of Soundscape. In: THÉBERGE, Paul et al. (Ed.). Living Stereo: Histories and cultures of multichannel sound. New York: Continuum, 2015. p. 65-83.
SZENDY, Peter. Escucha. Una historia del oído melómano. Trad. José Maria Pinto. Barcelona: Paidós, 2003.
THOMPSON, Emily. The Soundscape of Modernity: Architectural Acoustics and the Culture of Listening in America 1900–1930. Cambridge: MIT Press, 2002. Capítulo “Sound, Modernity and History” (p. 1–12).
ULHOA, Martha Tupinambá de. Música mecânica nos oitocentos no Brasil – o realejo e seus espaços de performance a partir de fontes hemerográficas. MusiMid2, no. 1(2021): 11-29.
EMENTA
Ampliando os objetos e abordagens da historiografia da cultura – que, em geral, privilegia os modos sociais de ver, ler, agir, pensar, em detrimento dos modos de ouvir – alguns trabalhos historiográficos recentes têm incorporado os sons e a escuta como objetos de investigação histórica. O curso abordará algumas dessas produções, organizando-se em torno de temas e problemas relativos à relação entre cultura sonora, processo histórico e escrita da história. A música será objeto privilegiado, mas não exclusivo, das discussões propostas.
OBJETIVOS
• Analisar as relações entre experiência histórica, cultura sonora e historiografia, propondo um diálogo entre História, Estudos do Som (Sound Studies) e Musicologia.
• Verificar como a escuta e os sons (musicais ou não) têm sido incorporados na produção historiográfica mais recente, sobretudo no campo da história ultural.
• Explorar diferentes tipos de fontes (sonoras, escritas, visuais, audiovisuais) que podem ser utilizadas pelo historiador no estudo da cultura sonora de uma época e/ou suas transformações ao longo do tempo.
PROGRAMA
PARTE I – PAISAGEM SONORA E HISTÓRIA DAS SENSIBILIDADES
Auralidade e Oralidade
Transformações na cultura sensível
Sons e ruídos na História: normatização da escuta e políticas do som
PARTE II: O SOM GRAVADO
História e Estudos do Som
História(s) do som gravado
Transformações na escuta
PARTE III – HISTÓRIA E MÚSICA
História e música popular
História, Literatura e Musicologia
História e etnomusicologia
PARTE IV – HISTÓRIA E MEMÓRIA SONORA
Arquivos sonoros e historiografia
História e memória sonora
• Aulas expositivas
• Seminários dirigidos
• Exercícios de escuta
• Análise de documentos (textuais, sonoros, visuais)