Turma MS103 - Tópicos Especiais em História e Literatura Musical - Turma B

Nome

Tópicos Especiais em História e Literatura Musical

Subtítulo

Cultura Sonora e Narrativa Histórica

Cód. Disciplina - Turma

MS103 - B


Sala a definir
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Quarta-feira das 14 às 17

Dados da disciplina

Nome MS103 - Tópicos Especiais em História e Literatura Musical
Programa Música
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 45
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0
Oferecimento IA

DISCIPLINA CANCELADA POR FALTA DE QUÓRUM

Docentes

Virginia de Almeida Bessa

Professor convidado

Juliana Pérez González

Critério de Avaliação

• Participação nos seminários dirigidos

• Elaboração de um trabalho individual sobre um dos temas do curso

Bibliografia

APROBATO FILHO, Nelson. Kaleidosfone. As novas camadas sonoras da Cidade de São Paulo. Fins do século XIX, início do XX.São Paulo: Edusp, 2008.

ARAGÃO, T. A. Paisagem sonora como conceito: tudo ou nada? Revista Música Hodie, n. 19, 2019, p. 1-17. Disponível em: https://doi.org/10.5216/mh.v19.53417

ATTALI, Jacques. Ruidos: ensayos sobre la economía política de la música. México, D.F.: Siglo XXI editores, 2011.

BESSA, Virgínia de Almeida. A escuta singular de Pixinguinha. História e música popular no Brasil dos anos 1920 e 1930. São Paulo: Alameda, 2010.

BOTELHO, Guilherme Machado.Quanto vale o show? O fino rap de Athalyba-Man.A inserção social do periférico através do mercado de música popular. Dissertação (Mestrado em Culturas e Identidades Brasileiras). São Paulo, IEB-USP, 2018.

BUENO, Natalia Bieletto. Lo inaudible en el estudio histórico de la música popular. Texto de reflexión crítica. Resonancias, vol. 20, n°38, jan-jun 2016, p. 11-35. DOI: 10.7764/res.2016.38.2

CORBIN, Alain. Les cloches de la terre : paysage sonore et culture sensible dans les cmpagnes au XIXe siècle. Paris : Flamarion, 2006. 

CORBIN, Alain. L’historiographie de l’écoute. In: LARRUE, Jean-Marc e MERVANT-ROUX, Marie-Madeleine.  Le son du théâtre XIXe-XXIe siècle. Paris: CNRS Éditions, 2016, p. 23-36.

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MORAES, José Geraldo Vinci de; SALIBA, Elias Tomé. História e Música no Brasil. São Paulo: Alameda, 2010.

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PÉREZ GONZÁLEZ, Juliana. A indústria fonográfica e a música caipira gravada. Uma experiência paulista (1878-1930). Tese (Doutorado em História Social). São Paulo, FFLCH-USP, 2018.

REHDING, Alexander. Wax cylinder revolutions. The Musical Quarterly, v. 88, n. 1,, 2005. p. 123-160

REILY, Suzel. “A música e a prática da memória – uma abordagem etnomusicológica”. Revista Música e Cultura, n° 9.

ROSENFELD, Sophia. On Being Heard: A Case for Paying Attention to the Historical Ear. American Historical Review, v. 116, n. 2, abril 2011, p. 316-334.

SCHAFER, Murray. A Afinação do mundo. Uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. São Paulo: Editora UNESP, 2001.

SCHMITT, Jean-Claude. “Crieurs, cloches, chants et voix d’outre-tombe: les sons au Moyen Âge ». Sociétés & Représentations, n° 49, 2020/1, p. 27-48. [será fornecida tradução em português]

STERNE, Jonathan. The Audible Past. Cultural Origins of Sound Reproduction. Durham: Duke University Pres, 2003.

STERNE, Jonathan. The Sound Studies Reader. Nova York: Routledge, 2012.

STERNE, Jonathan. The Stereophonic Spaces of Soundscape. In: THÉBERGE, Paul et al. (Ed.). Living Stereo: Histories and cultures of multichannel sound. New York: Continuum, 2015. p. 65-83.

SZENDY, Peter. Escucha. Una historia del oído melómano. Trad. José Maria Pinto. Barcelona: Paidós, 2003.

THOMPSON, Emily. The Soundscape of Modernity: Architectural Acoustics and the Culture of Listening in America 1900–1930. Cambridge: MIT Press, 2002. Capítulo “Sound, Modernity and History” (p. 1–12).

ULHOA, Martha Tupinambá de. Música mecânica nos oitocentos no Brasil – o realejo e seus espaços de performance a partir de fontes hemerográficas. MusiMid2, no. 1(2021): 11-29.

Conteúdo

EMENTA
Ampliando os objetos e abordagens da historiografia da cultura – que, em geral, privilegia os modos sociais de ver, ler, agir, pensar, em detrimento dos modos de ouvir – alguns trabalhos historiográficos recentes têm incorporado os sons e a escuta como objetos de investigação histórica. O curso abordará algumas dessas produções, organizando-se em torno de temas e problemas relativos à relação entre cultura sonora, processo histórico e escrita da história. A música será objeto privilegiado, mas não exclusivo, das discussões propostas.

OBJETIVOS
• Analisar as relações entre experiência histórica, cultura sonora e historiografia, propondo um diálogo entre História, Estudos do Som (Sound Studies) e Musicologia.

• Verificar como a escuta e os sons (musicais ou não) têm sido incorporados na produção historiográfica mais recente, sobretudo no campo da história ultural.

• Explorar diferentes tipos de fontes (sonoras, escritas, visuais, audiovisuais) que podem ser utilizadas pelo historiador no estudo da cultura sonora de uma época e/ou suas transformações ao longo do tempo.

PROGRAMA

PARTE I – PAISAGEM SONORA E HISTÓRIA DAS SENSIBILIDADES

Auralidade e Oralidade

Transformações na cultura sensível

Sons e ruídos na História: normatização da escuta e políticas do som

PARTE II: O SOM GRAVADO

História e Estudos do Som

História(s) do som gravado

Transformações na escuta

PARTE III – HISTÓRIA E MÚSICA

História e música popular

História, Literatura e Musicologia

História e etnomusicologia

PARTE IV – HISTÓRIA E MEMÓRIA SONORA

Arquivos sonoros e historiografia

História e memória sonora

Metodologia

• Aulas expositivas

• Seminários dirigidos

• Exercícios de escuta

• Análise de documentos (textuais, sonoros, visuais)

Observação