Turma MS103 - Tópicos Especiais em História e Literatura Musical - Turma A

Nome

Tópicos Especiais em História e Literatura Musical

Subtítulo

Cultura Sonora e Narrativa Histórica

Cód. Disciplina - Turma

MS103 - A


Sala DM05
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Quinta-feira das 14 às 17

Dados da disciplina

Nome MS103 - Tópicos Especiais em História e Literatura Musical
Programa Música
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 45
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0
Oferecimento IA

Inicio das aulas no dia 09/03

Docentes

Virginia de Almeida Bessa

Critério de Avaliação

• Participação nos seminários dirigidos

• Elaboração de um trabalho individual sobre um dos temas do curso

Bibliografia

ARAGÃO, T. A. Paisagem sonora como conceito: tudo ou nada? Revista Música Hodie, n. 19, 2019, p. 1-17. Disponível em: https://doi.org/10.5216/mh.v19.53417

APROBATO FILHO, Nelson. Keleidosfone. As novas camadas sonoras da cidade de São Paulo. São Paulo: Edusp, 2008. 

BESSA, Virginia de Almeida. A escuta singular de Pixinguinha. São Paulo: Alameda, 2010.

CORBIN, Alain. L’historiographie de l’écoute. In: LARRUE, Jean-Marc e MERVANT-ROUX, Marie-Madeleine.  Le son du théâtre XIXe-XXIe siècle. Paris: CNRS Éditions, 2016, p. 23-36. [será fornecida tradução em português].

CORBIN, Alain. Os sinos da aldeia. Paisagem sonora e cultura sensível no campo no século XIX. Paris: Flammarion, 1994. Trad. port. Virgínia Bessa. Introdução e três primeiros itens do Capítulo 1.

DÍAZ FRENE, Jaddiel. A las palabras ya no se las lleva el viento: apuntes para una historia cultural del fonógrafo en México (1876-1924). Historia Mexicana, vol. 66, Núm. 1, (261), julio-septiembre, 2016, p. 257-298.

GARCÍA, Miguel A. Archivos sonoros o la poética de un saber inacabado. ArteFilosofía, 11, 2012, p. 36-50.

HENDY, David. Noise. A Human History of Sound and Listening. Londres: Profile Books, 2013. Capítulo 13: Heavenly Sounds.

IAZZETTA, Fernando. A Imagem que se ouve. In: PRADO, Gilberto; TAVARES, Monica; ARANTES, Priscila (org.). Diálogos transdisciplinares: arte e pesquisa. São Paulo: ECA/USP, 2016, p. 376-395.

INGOLD, Tim. Four objections to the concept of soundscape. In: INGOLD, Tim. Being live: Essays on movement, knowledge and description. Londres, Nova York: Routledge, 2011. p. 136-139.

KELMAN, Ari Y. Rethinking the soundscape. The Senses and Society, Londres, v. 5. n. 2, p. 212-234, 2010. Disponível em:  https://doi.org/10.2752/174589210X12668381452845 LEVITIN, Daniel. A música no seu cérebro: a ciência de uma obsessão humana. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. LEWY, Matthias. Com o arquivo de volta ao campo. A reinterpretação e recontextualização das gravações de Koch-Grünberg (1911) entre o povo pemón. Música em contexto, Brasilia, v. XI, n. 1, 2017, p. 251-288.

OSPINA, Sergio. Ghosts in the Machine and Other Tales around a “Marvelous Invention”: Player Pianos in Latin America in the Early Twentieth Century. Journal of the American Musicological Society, Vol. 72, núm. 1 (2019), p. 1–42.

PÉREZ GONZÁLEZ, Juliana. "O comércio fonográfico em São Paulo e os irmãos Figner." In: MORAES, José Geraldo Vinci de (org.) Cidade (dis)sonante. Culturas sonoras em São Paulo. São Paulo: Intermeios, 2022.

REHDING, Alexander. Wax cylinder revolutions. The Musical Quarterly, v. 88, n. 1,, 2005. p. 123-160

REILY, Suzel. “A música e a prática da memória – uma abordagem etnomusicológica”. Revista Música e Cultura, n° 9. Disponível em: www.abet.mus.br/download/vol-9-2014-9-reily/

RODRÍGUEZ ESTRADA, Diego. Pianola y modernidad: redes de la música, consumo y recepción del fenómeno de la pianola en Ecuador de 1910 a 1930. XIV Congreso IASPM LA, Simposio 11. Medellín, 2020, Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=crfTl09EWWg

ROSENFELD, Sophia. On Being Heard: A Case for Paying Attention to the Historical Ear. American Historical Review, v. 116, n. 2, abril 2011, p. 316-334.

SCHAFER, Murray. A afinação do mundo. Trad. Marisa Fonterrada. São Paulo: Editora Unesp, 2001. Introdução (p. 17-30); capítulos 3 a 6 (p. 71-147) e Epílogo (p. 359-362).

SCHMITT, Jean-Claude. Crieurs, cloches, chants et voix d’outre-tombe: les sons au Moyen Âge. Sociétés & Représentations, n° 49, 2020/1, p. 27-48. [será fornecida tradução em português]

SOUZA, Ana Guiomar R. Villa Boa de Goyaz: uma outra história contada em prosa, versos e sons. Artcultura, Uberlândia, v. 17, n. 30, jan-jun. 2015, p. 179-197.

STERNE, Jonathan. “Alô?!” Introdução do livro The Audible Past. Tradução de Virgínia Bessa, Giuliana Lima e Juliana González. Revista de Música Popular, n°7, p. 1-45.

STERNE, Jonathan. The Stereophonic Spaces of Soundscape. In: THÉBERGE, Paul et al. (Ed.). Living Stereo: Histories and cultures of multichannel sound. New York: Continuum, 2015. p. 65-83.

SZENDY, Peter. Listen. A History of Our Ears. New York: Fordham University Press, 2008.

THOMPSON, Emily. The Soundscape of Modernity: Architectural Acoustics and the Culture of Listening in America 1900–1930. Cambridge: MIT Press, 2002.

ULHOA, Martha Tupinambá de. Música mecânica nos oitocentos no Brasil – o realejo e seus espaços de performance a partir de fontes hemerográficas. MusiMid2, no. 1(2021): 11-29.

Conteúdo

EMENTA
Ampliando os objetos e abordagens da historiografia da cultura – que, em geral, privilegia os modos sociais de ver, ler, agir, pensar, em detrimento dos modos de ouvir – alguns trabalhos historiográficos recentes têm incorporado os sons e a escuta como objetos de investigação histórica. O curso abordará algumas dessas produções, organizando-se em torno de temas e problemas relativos à relação entre cultura sonora, processo histórico e escrita da história. A música será objeto privilegiado, mas não exclusivo, das discussões propostas.

OBJETIVOS
• Analisar as relações entre experiência histórica, cultura sonora e historiografia, propondo um diálogo entre História, Estudos do Som (Sound Studies) e Musicologia.

• Verificar como a escuta e os sons (musicais ou não) têm sido incorporados na produção historiográfica mais recente, sobretudo no campo da história ultural.

• Explorar diferentes tipos de fontes (sonoras, escritas, visuais, audiovisuais) que podem ser utilizadas pelo historiador no estudo da cultura sonora de uma época e/ou suas transformações ao longo do tempo.

PROGRAMA

PARTE I – PAISAGEM SONORA E HISTÓRIA DAS SENSIBILIDADES

Auralidade e Oralidade

Transformações na cultura sensível

Sons e ruídos na História: normatização da escuta e políticas do som

PARTE II: O SOM GRAVADO

História e Estudos do Som

História(s) do som gravado

Transformações na escuta

PARTE III – HISTÓRIA E MÚSICA

História e música popular

História, Literatura e Musicologia

História e etnomusicologia

PARTE IV – HISTÓRIA E MEMÓRIA SONORA

Arquivos sonoros e historiografia

História e memória sonora

Metodologia

• Aulas expositivas

• Seminários dirigidos

• Exercícios de escuta

• Análise de documentos (textuais, sonoros, visuais)

Observação