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Conteúdo
1. Apresentação e introdução ao campo conceitual da disciplina: as rotas do Atlântico Negro, seus percursos estéticos e interculturais no cinema e no audiovisual;
2. Crítica à O nascimento de uma nação (The Birth of a Nation, D.W. Griffith, EUA, 1915): a decupagem clássica, a visualidade opressora e a segregação racial no contexto do Jim Crow;
3. O cinema de Oscar Micheaux, The New Negro e o Renascimento do Harlem: a visualidade contra hegemônica e a emergência do direito de olhar;
4. Os movimentos da Negritude e do Pan-africanismo e os campos do audiovisual: vendo imagens com Frantz Fanon e Aimée Cesaire;
5. Black Power/Black Arts Movement – arte, política e emancipação no contexto estadunidense e os filmes de William Greaves;
6. A hora e a vez da revolução: arquivos, testemunhos e performances no continente africano (02 partes): Celso Luccas e José Celso Martinez Corrêa, Sarah Maldoror e Aline Motta;
7. Sankofa Film and Video Collective (Isaac Julien), Black Audio Film Collective (John Akomfrah) e os Estudos Culturais Britânicos;
8. O filmes singulares de Spike Lee e de Raoul Peck e as estéticas na ficção e no documentário do cinema negro;
9. De Laura Mulvey a bell hooks – caminhos dos cinemas feminista e queer;
10. Do afroperspectivismo à ecologia decolonial no cinema e no audiovisual no Brasil: Adirley Queiroz e parcerias.
Seminários dos estudantes
Entrega do trabalho final
Metodologia
O objetivo do curso é oferecer um debate sobre os cinemas do Atlântico Negro, circunscrito no contexto de uma ecologia decolonial, interessado em cartografias críticas e contra-hegemônicas para a história e a crítica do cinema dos séculos XX e XXI. Trata-se de pensar o campo do cinema em sua dimensão intercultural, em que questões estéticas e políticas emergem do cinema da diáspora africana, na eclosão da modernidade e na contemporaneidade. Recorta-se a geografia transatlântica ou o Atlântico Negro (Américas, Europa e África) e partir da reflexão sobre representação, linguagem, performance e poder, almeja-se inspecionar os modos como as construções identitárias, as subjetividades e a memória são enunciadas nos filmes de Oscar Micheaux, William Greaves, Celso Luccas e José Celso Martinez Corrêa, Sarah Maldoror, Aline Motta, Sankofa Film and Video Collective (Isaac Julien), Black Audio Film Collective (John Akomfrah), Spike Lee, Cheryl Dunye, Marlon Riggs, Adirley Queiroz, entre outros. A discussão avança para incluir tópicos como “tecnologias de representação e subjetivação” (marcadores étnico-racias e de gênero e sexualidade), plantationceno e ecologia decolonial no campo dos dissensos. Com isso, os modos da fabulação, os usos dos arquivos, a performance, as confissões, os testemunhos e as profanações emolduram a luta anti-colonial, a descolonização e o decolonial, a territorialização multicultural, as radicalizações e transgressões na imagem. Do ponto de vista teórico, serão enfatizados os trabalhos de Abdias Nascimento, Frantz Fanon. Stuart Hall, Laura Mulvey, bell hooks, Donna Haraway, Giuliana Bruno, Robert Stam, Ella Shoat, Nicholas Mirzzoeff, Michael Boyce Gillespie, Achille Mbembe, Malcom Ferdinand, entre outros. Este programa poderá sofrer alterações e a versão definitiva será entregue presencialmente, no primeiro dia de aula. As aulas serão expositivas, com debates sobre filmes e textos.