Tópicos Especiais em Atuação
SubtítuloCoreografia: um conceito em transformação
AC202 - B
Início das Aulas: 09/08/2024
A disciplina será oferecida juntamente à disciplina eletiva da graduação em dança "AD945 Tópicos especiais X: Coreografia: um conceito em transformação".
Mínimo de 75% de participação nas atividades;
Aprovação dos trabalhos solicitados.
BISHOP, Claire. Caixa preta, cubo branco, zona cinzenta: Exposições de dança e atenção do público. In: BRYAN-WILSON, Julia; ARDUI, Olivia. Histórias da Dança: Antologia. São Paulo: MASP, 2020. p. 199-224. ISBN 978-65-5777-000-9.
BURROWS, Jonathan. A Choreographer's Handbook. Abingdon e Nova Iorque: Routledge, 2010. ISBN 978-0-415-55529-6.
GOTMAN, Kélina. Coreomania, outro orientalismo. In: BRYAN-WILSON, Julia; ARDUI, Olivia. Histórias da Dança: Antologia. São Paulo: MASP, 2020. p. 262-272. ISBN 978-65-5777-000-9.
MORAES, Juliana. O Conceito de coreografia em transformação. In: BRYAN-WILSON Julia; ARDUI, Olivia (org.). Histórias da Dança: Antologia. São Paulo: MASP, 2020. p. 311-322. ISBN: 978-65-5777-000-9.
PAKES, Anna. Choreography Invisible: The Disappearing Work of Dance. Oxford University Press, Nova Iorque. 2020.
PEARLMAN, Karen. A edição como coreografia. In: CALDAS, Paulo et al, (org.). Dança em Foco: Ensaios contemporâneos de videodança. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora, 2012. p. 216-237. ISBN 978-85-7820-083-1.
Serão investigadas formas experimentais de coreografia, não mais entendida somente como movimentos de seres humanos habilmente treinados, encadeados em sequências pré-estabelecidas de acordo com a unidade espaço-temporal linear, mas como estrutura multidimensional que organiza corpos vivos e/ou não-vivos, além de experiências e pensamentos (de seres vivos e/ou de inteligência artificial). Coreografia será estudada como uma função estruturante, um agenciador de elementos que se interconectam e afetam-se reciprocamente. Serão estudadas coreografias em diferentes linguagens das artes (dança, performance, videoarte, artes visuais etc.) e da vida (fluxos de usuários em transporte, coreografias de dados etc.). Experimentos práticos seguirão modelos desenhados especificamente para cada processo, com procedimentos multi-esquemáticos e multi-dimensionais que englobam programas performáticos e registros em vídeo, fotografias, textos, partituras etc.
A Prática como Pesquisa (Practice as Research—PaR) vem sendo sedimentada, na última década, como uma das mais importantes e reconhecidas metodologias de pesquisa em artes na universidade. Com o ingresso de artistas no universo acadêmico, passou-se a exigir que eles não somente criassem suas obras, mas também refletissem criticamente sobre suas práticas, documentassem seus processos e escrevessem sobre suas criações em formatos dissertativos e ensaísticos. Se, no início, artistas com longa trajetória profissional em seus campos de atuação na indústria cultural ressentiam-se dessas demandas acadêmicas, aos poucos as necessidades de uma pesquisa rigorosamente registrada e analisada foi sendo incorporada por eles, que passaram a buscar formas para dar conta do que atualmente é denominado como Prática como Pesquisa.
Nessa disciplina, exercícios práticos serão mesclados com momentos teóricos, de explanação dos conceitos. Momentos de apresentação de pequenas criações/explorações serão complementados com discussões apreciativas e avaliativas. Trabalhos práticos extra-classe serão solicitados para serem demonstrados em aula, assim como trabalhos escritos.
Os interessados devem se programar para participar ativamente do curso. Além das 3 horas de aulas semanais, espera-se que o aluno dedique no mínimo mais 2 horas de práticas semanais à disciplina, para leituras e criações diversas. As atividades serão desenvolvidas a partir da colaboração ativa dos alunos, de maneira que é fundamental o comprometimento dos mesmos com a disciplina.