Tópicos Especiais em História, Teoria e Crítica da Arte I
SubtítuloHistória da arte e indigenismo: um debate
AV045 - A
Fernanda Pitta; Glicéria Tupinambá.
Leitura de textos e participações nas aulas;
Apresentação de seminário;
Entrega de dissertação relacionada aos temas tratados em aula
Berkhofer R.F., The White Man's Indian: Images of the American Indian from Columbus to the Present, Vintage, New York, 1978.
Chillón A.M., Escultura e Indianismo(s) no Brasil oitocentista, «19&20», X, n.1, 2015, in http://www.dezenovevinte.net/uah1/amc.htm, consultado em 10 outubro de 2023.
Christo M.C.V., A construção da gênese: independência, passado colonial e indigenismo no Brasil e México no século XIX, in Valle A. e Dazzi C. (orgs.), Oitocentos. Arte brasileira do Império à República, tomo 2, EDUR-UFRRJ, 19&20, Rio de Janeiro, 2010a , pp.361-377. Christo M.C.V., Bandeirantes ao chão, «Estudos Históricos», 30, 2002, pp.33-55.
Christo M.C.V., Heróis imóveis na pintura indigenista da América Latina, in Conduru R. e Siqueira V.B. (orgs.), Anais do XXX Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, UFJF/CBHA, Petrópolis, 2010b , pp.354-363.
Flint K., The Transatlantic Indian, 1776-1930, Princeton University Press, Princeton, 2020.
Francis D., The Imaginary Indian. The Image of the Indian in Canadian Culture, Arsenal Pulp Press, 1992.
Honor H., The New Golden Land: European Images of America from the Discoveries to the Present Time, Random House, New York, 1975.
Mignolo W., The Darker Side of the Renaissance: Literacy, Territoriality, & Colonization, Michigan University Press, Michigan, 2003.
Moffitt J.F., O Brave New People: the European Invention of the American Indian, University of New Mexico Press, New Mexico, 1999.
Nelson C., The Color of Stone, University of Minnesota Press, Minnesota, 2007.
Pitta F., Breve história da arte e a arte indígena: a gênese de uma noção e sua problemática hoje, «Modos. Revista de História da Arte», 5(3), 2021, pp.223-257.
Savage K., Standing Soldiers, Kneeling Slaves: Race, War and Monument, Princeton University Press, Princeton [1997], 2018.
A disciplina propõe uma reflexão crítica sobre as representações do indígena na história da arte europeia e latino-americana, privilegiando o período entre os séculos XVI e XX. A partir da análise de imagens produzidas por artistas europeus e seus desdobramentos nas Américas, discutiremos como tais construções visuais contribuíram para consolidar ideias de alteridade que frequentemente serviram a projetos coloniais e raciais. O curso será organizado em três blocos: o primeiro examina os “primeiros encontros” entre europeus e povos indígenas, com foco nas tensões entre imagens e contra-imagens, discutindo tanto a invenção europeia do “selvagem” quanto as leituras indígenas do europeu. O segundo bloco se concentra na circulação de indígenas em contextos europeus e diplomáticos, abordando episódios históricos e suas representações visuais, como a Festa de Rouen, o caso de Paraguassu e os retratos de embaixadores indígenas. Por fim, o terceiro bloco aborda a modernidade e a persistência do indígena como figura do passado, explorando tanto os limites da representação acadêmica quanto as reconfigurações da arte indígena contemporânea.
Aulas expositivas;
Análise de imagens;
Leitura e discussão de textos;
Seminários dos discentes (a partir de textos pré-selecionados);
Visitas a coleções de arte relacionadas ao tema da disciplina, em São Paulo (sob reserva de ônibus).