Cinema Brasileiro
SubtítuloO Cinema Novo e o pensamento sobre cinema no Brasil
DE003 - A
Início das aulas: 25/02/2026.
Término das aulas: 03/06/2026
Disciplina teórica consiste na leitura, interpretação e crítica dos textos. Os alunos apresentam seminários a partir de recortes de cada texto ou tema. Os seminários terão no máximo 30 minutos. No final da disciplina os alunos devem entregar trabalho escrito sobre um dos temas e textos tratados em aula.
BERNARDET, Jean-Claude. Brasil em tempo de cinema. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967.
BERNARDET, Jean-Claude; GALVÃO, Maria Rita. “Os irmãos inimigos, a década de 50.” In: Cinema: Repercussões em caixa de eco ideológica. São Paulo, Brasiliense, 1983.
CARVALHO, Noel dos Santos. Produção cinematográfica, Cinema Novo e modernidade brasileira – entrevista com o cineasta Cacá Diegues. Estudos Avançados, USP, 39 (114), 2025.
CARVALHO, Noel dos Santos. “Introdução.” In: Cinema negro brasileiro. Campinas, Papirus editorial, 2022.
COSTA, Flávio Moreira da; et al. Cinema Moderno, Cinema Novo. Rio de Janeiro, José Alvaro editor, 1966.
DAHL, Gustavo. O Cinema Novo e seu público. Revista Civilização Brasileira. nº 11/12, Rio de Janeiro, 12/1966, p. 192-202.
DAHL, Gustavo. Cinema Novo e estruturas econômicas tradicionais. Revista Civilização Brasileira. nº 5/6, Rio de Janeiro, 03/1966, p. 193-204.
DEBS, Sylvie. Os mitos do sertão: emergencia de uma identidade nacional. Belo Horizonte, C/Arte, 2010.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. São Paulo, Ubu editora, 2020.
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro, Zahar, 2022.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Modernidade negra: a formação racial brasileira (1930-1970). São Paulo, Editora 34, 2021.
GOMES, Paulo Emílio. Sales. Uma situação colonial?. In: Uma situação colonial?. São Paulo. Companhia das Letras, 2016.
GOMES, Paulo Emílio. Panorama do cinema brasileiro: 1896-1966 (1966). In: Uma situação colonial?. São Paulo. Companhia das Letras, 2016.
GOMES, Paulo Emílio. Cinema trajetória no subdesenvolvimento. In: Uma situação colonial?. São Paulo. Companhia das Letras, 2016.
MEMMI, Albert. Retrato do colonizado precedido de retrato do colonizador. Rio de Janeiro, Covilização Brasileira, 2023.
MEMMI, Albert. Le racisme. Paris, Éditions Gallimard, 2002.
NEVES, David. Cinema Novo no Brasil. Rio de Janeiro, Vozes, 1966.
ORTIZ, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo, Ed. Brasiliense, 1994.
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e indústria cultural. São Paulo, Ed. Brasiliense, 1988.
ROCHA, Glauber. Revisão crítica do cinema brasileiro. São Paulo, Cosac & Naify, 2003.
ROCHA, Glauber. Uma estética da fome. Ver: https://vermelho.org.br/prosa-poesia-arte/leia-a-integra-do-manifesto-uma-estetica-da-fome-de-glauber-rocha/
RAMOS, Fernão & SCHVARZMAN, Sheila. Nova história do cinema brasileiro. São Paulo, Sesc, 2018.
SARTRE, Jean-Paul. Prefácio à edição original francesa de 1961. In: FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro, Zahar, 2022.
STAM, Robert. Multiculturalismo tropical. São Paulo, Edusp, 2008.
TERZO MONDO e comunità Mondiale, testi dele relazioni presentate e lete ai congressi di Genova. Columbianum, Editore Marzorati, Milano, 1967
VIANY, Alex. O processo do Cinema Novo. Rio de Janeiro, Aeroplano, 1999.
A disciplina examina os principais textos fundadores do Cinema Novo. Seu objetivo é 1) revisitar as avaliações e propostas que balizaram o movimento; 2) confrontá-los com o contexto do Nacional-Populismo e do Golpe Militar (1964/68) e 3) identificar a sobrevivência das suas formulações no quadro institucional da produção cinematográfica atual.
Sua tese é que as proposições dos cineastas e críticos cinemanovistas (elaboradas no curto período entre a posse de Jânio Quadros (1961) e a decretação do Ato institucional Nº 5 (1968)) consolidaram um viés do pensamento sobre a produção, a política e a estética cinematográficas gestadas nos anos 1950. O pensamento cinemanovista originário daí, de quebra, propôs uma estética política para o filme brasileiro, vertebrou as instituições do Estado voltadas à produção de filmes, esboçou uma proposta de cinema negro, orientou a crítica e parte da agenda acadêmica e posicionou o filme brasileiro no campo da cultura culta.
Foram selecionados para análise os livros: Revisão crítica do cinema brasileiro (1963) de Glauber Rocha; Cinema Moderno, Cinema Novo (1965) de Flávio Moreira da Costa et al; Cinema Novo no Brasil (1966) de David Neves; Brasil em tempo de cinema (1967) de Jean-Claude Bernardet.
E os artigos: Uma situação colonial? (1960), Panorama do cinema brasileiro: 1896-1966 (1966) e Cinema: trajetória no subdesenvolvimento (1973) de Paulo Emílio Sales Gomes; Uma estética da fome (1965) de Glauber Rocha; O cinema de assunto e autor negros no Brasil (1965) de David Neves; Rapporto dialettico, cinema e cultura in Brasile: storia e bilancio (1965) de Cacá Diegues; O Cinema Novo e seu público (1966) e Cinema Novo e estruturas econômicas tradicionais (1966) ambos de Gustavo Dahl.
Programa e planejamento
Aulas expositivas, seminários, discussão dos textos em sala de aula e trabalho final.
Disciplina baseada em leitura e crítica dos textos.