Movimento, Ação e Gesto
SubtítuloPerspectivas de Corpo e movimentos possíveis: gestos em coerência com a vida
AC200 - A
A disciplina iniciará em 11 de março de 2026.
Ementa: Na arte e na vida podemos nos metamorfosear, vivenciarmos estados corporais expandidos. Corpos múltiplos, dimensionados por memórias, intenções e sonhos, corpos multiespécies, corpos com deficiência e corpos em contínuas mudanças, pelo tempo, lesões, acontecimentos. O curso oferecerá espaço para se questionar: qual o corpo que realiza a pesquisa? Como nos reconhecemos neste corpo de agora e em que estamos nos convertendo? Tendo a prática como dispositivo epistemológico, poético e reflexivo, indagaremos o corpo pelo resgate de sua herança selvagem, pelo estudo do movimento incorporado, gesto esperado versos possível, e pela aproximação com a concepção ético-estética de corpo nas práticas corporais orientais – investigando corporalidades que se moldam por outros modos de conviver e criar.
Eduardo Fukushima - Especialista em práticas corporais asiáticas indígenas
Produção prática/teórica
Presença (75% da CH do curso) e participação ativa nas aulas
Básica
ALEIXO, Daniel. “A Leitura Da Morte e Do(s) Corpo(s) No Butō De Tatsumi Hijikata.” Estudos Japoneses em Foco: Singularidades e Trajetórias Contemporâneas, 2021.
CLAVEL, Joanne; GINOT, Isabelle. Por uma Ecologia da Somática? Revista Brasileira de Estudos da Presença, v. 5, n. 1, p. 85-100, 2015.
CARMO, Carlos Eduardo Oliveira (Edu O.) e COSTA, Fátima Campos Daltro. Desconstrução da bipedia compulsória na dança. Revista Educação, Artes e Inclusão. vol.16, n.4, p.59-84, 2020.
COCCIA, Emanuelle. Metamorfoses. Rio de Janeiro: Dantes Editora, 2020.
_________________. A Virada Vegetal. São Paulo: n-1 Edições, 2018.
ESTUDOS DE DANÇA - MATERIAL DIDÁTICO 2023, EDUARDO FUKUSHIMA. Eduardo Fukushima, São Paulo, 11 de setembro de 2023. Disponível em https://youtu.be/5cmQNY0ht04
FARO, Paula Telles de Menezes; GREINER, Christine. Uma possível genealogia de corpas decoloniais: a obra sino-latino americana de Zairong Xiang. Urdimento – Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v.3, n.52,set. 2024. https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/25761/17427
FERNANDES, Ciane. Quando o Todo é mais que a Soma das Partes: somática como campo epistemológico contemporâneo. Revista Brasileira de Estudos da Presença, v. 5, n. 1, p. 9-38, 2015.
HARAWAY, Donna J. Ficar com o problema: fazer parentes no Chthuluceno Como. Tradução de Ana Luiza Braga.1ª ed. São Paulo: n-1 edições, 2023.
LIMA, Dani. Gesto, corporeidade, ética e política: pensando conexões e diálogos. Anais do II Simpósio Internacional Repensando Mitos Contemporâneos - Babel: tradições, traduções e traições; PPGArtes da Cena, Unicamp, 2017.
ROYO Victoria Perez. Cuerpos Fuera de Sí. Figuras de la inclinación em las artes vivas y las protestas sociales. Cordoba: DocumentA/Ecénicas Ediciones, 2022
MARGULIS, Lynn, SAGAN, Dorion, GUERRERO, Ricardo e RICO, Luis. Propriocepção: quando o ambiente se torna o corpo. Cadernos SELVAGEM publicação digital da Dantes Editora Biosfera, 2020
Complementar
ABRÃO, Elisa. Tudo começa quando explode: experiências de silêncios do movimento. 2022. 1 recurso online (166 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes, Campinas, SP. Disponível em: 20.500.12733/7901. Acesso em: 6 out. 2025.
FARO, Paula Telles de Menezes. Por uma epistemologia do sensível: leituras de prática chinesa tàiji quàn em contraposição aos discursos orientalistas do taichi chuan.2022. Tese (Doutarado em comunicação e Semiótica) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2022. https://www.sapientia.pucsp.br/handle/handle/30977
GERALDI, Silvia. Fazer com a Prática como Pesquisa: Tecendo experiências coletivas de produção de saberes nas artes da cena. In: Revista Aspas, PPGAC USP, vol. 14, n. 1, 2024
GUZZO, Marina. IMPROVISAR E MISTURAR: experiências coreográficas com plantas. In: DANÇA: Revista do Programa de Pós-Graduação em Dança PPGDança – UFBA V. 7 – N. 1 – jul/dez. 2022.
KAPLEAU PHILIP. Os Três Pilares do Zen. Portugal: Itatiaia,1978. Tradução Abadia de Nossa Senhora das Graças.
LORENZINI, Marie José Contreras. La práctica como investigación: nuevas metodologías para la academia latino-americana. Poiésis, n. 21-22, p. 71-86, jul.-dez. 2013.
NUMER, Carmem Pereira e al. Experiencias com los Tuning Scores de Lisa Nelson: Jugando em la rede invisible. In: Más allá (o más acá) de la representación, CADÚS, María Eugenia (org). Universidad Nacional de las Artes, Departamento de Artes del Movimiento, Buenos Aires, 2016.
OKANO, Michiko. MA - A estética do “entre”. São Paulo: Revista USP, 2013-2014. pdf
TSING, Anna Lowenhaupt. Viver nas Ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno. Brasília: IEB Mil Folhas, 2019.
WICKENDEN, Mary. (2023) Disability and other identities?—how do they intersect? Front. Rehabil. Sci. 4:1200386. doi: 10.3389/fresc.2023.1200386
- Corpo ecossistêmico, práticas somáticas e suas transformações
- A natureza selvagem – sensibilidade em conexão com o cosmos
- Corpos diversos e movimento possível na criação e na reabilitação
- Gestos que começam por trás da pele – micro movimentos e história de vida
- Entre yin yang – corporeidades que dissolvem dualidades
- Autoficção – práticas orientais de transformação de si
Prática como Pesquisa
Práticas somáticas e improvisacionais em sala e extra sala
Leituras, diálogos e discussões dos textos da bibliografia
Concepção e compartilhamento de práticas artístico-pedagógicas em sala (individuais e/ou em grupos)
Práticas investigativas levando em consideração a articulação entre os projetos de pesquisa de participantes e os conteúdos desenvolvidos na disciplina