Estudos em Artes da Cena
SubtítuloLaboratório de criação em performance com base na bruxaria
AC400 - A
A disciplina será ministrada pela Profa. Dra. Fernanda Carla Machado de Oliveira
Profa. Dra. Fernanda Carla Machado de Oliveira
· Presença, participação ativa e colaborativa em sala de aula;
· Trocas de relatos sobre as experimentações em sala de ensaio;
· Trabalho final.
ANZALDUA, G. Borderlands: La frontera. Madrid: Capitán Swing libros, 2016.
. A vulva é uma ferida aberta e outros ensaios. Rio de Janeiro: A Bolha Editora, 2020.
. Luz en lo oscuro. Buenos Aires: Hekht Libros, 2021.
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BIDASECA. K. Ana Mendieta pássaro de oceano. Rio de Janeiro: Nau editora, 2022.
Lola Kiepja uma Chamana Selk’nam: Postales femininas desde el fin del mundo. Buenos Aires: Ediciones El mismo mar, 2022.
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________. Stop C’est Magique! Rio De Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 1908.
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GREINER, C e KATZ, H. O corpo: pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: Editora Annablume, 2006.
hooks, b. Não serei eu mulher? Lisboa: Editora Orpheu Nego, 2018.
_______. Tudo sobre o amor. São Paulo: Editora Elefante, 2021a.
_______. Ensinando comunidade. São Paulo: Editora Elefante, 2021b.
JESUS, C. Quarto de despejo. São Paulo: Editora Ática, 2021a.
________. Diários de Bitita. São Paulo: Diálogos Editorial, 2022.
________. Casa de alvenaria. São Paulo: Companhia das Letras, 2021b.
KAMBEBA, M. Ay Kakyri Tama, eu moro na cidade. São Paulo: Editora Jandaíra, 2020a.
_____________. Saberes da floresta. São Paulo: Editora Jandaíra, 2020b.
KOPENAWA, D. e ALBERT, B. A queda do céu, palavras de um xamã Yanomami. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2026.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
___________. Futuro ancestral. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
LORDE, A. Sou sua irmã. São Paulo: Ubu Editora, 2020a.
_________. Irmã outsider. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2020b.
_________. A unicórnia preta. Belo Horizonte: Relicário Edições, 2020c.
MARTINS, L. Performances do tempo espiralar. São Paulo: Editora Cobogó, 2021.
MOTTA, Aline. A água é uma máquina do tempo. São Paulo: Editora Fósforo, 2022.
NASCIMENTO, A. O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. São Paulo: Editora Perspectiva, 2019.
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__________. O arquivo e o repertório. Performance e memória cultural nas Américas. Belo Horizonte: Editora UGMF, 2013.
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. São Paulo: EDUC, 2000.
Introdução
A encenação contemporânea está diretamente conectada com a performance, tendo em
vista a crescente quantidade de criações artísticas que se reconhecem num campo de
encenação performativa. Entendendo esse momento como uma tendência das artes do
corpo, esse plano de aula apresenta como proposta instaurar um processo investigativo
criativo teórico-prático para a criação de um experimento em performance tendo como
recorte temático a bruxaria.
Objetivo
Oferecer a estudantes da pós-graduação o aparato teórico-prático para a análise e a
pesquisa cênica, instaurando um processo criativo de investigação em performance.
Introduziremos um universo de estudos sobre bruxaria, gênero e raça, passando por
conceitos como ‘oralituras’ a partir do estudo de Leda Maria Martins e outras pensadoras
e pensadores, entendendo a voz como meio de perpetuar narrativas e compartilhar
conhecimentos. As histórias narradas pela voz são documentos históricos
importantíssimos e, pretendemos com essa disciplina, estimular a criação artística
partindo desses documentos. Também visitaremos os entendimentos de escritas
autobiográficas entendendo-as como ‘incrições de si’, trazendo referências de artistas de
diversas linguagens que criam uma narrativa em suas obras grafias, como: Audre Lorde,
Gloria Anzaldua, Daiara Tukano, Rosana Paulino, Ana Mendieta, Aline Motta, Rubiane
Maia etc.
Como objetivos específicos pretende-se:
Apresentar referências de um campo expandido das artes;
Analisar e discutir obras contemporâneas das artes do corpo;
Estimular a criação e a experimentação performática;
Instaurar um campo expandido de experimentação e trocas;
Propor debates sobre temas da atualidade que atravessam o cotidiano dos
corpos na universidade;
Criação de performances.
As aulas serão prático-teóricas a partir dos seguintes pontos metodológicos:
· Apresentação do conteúdo da disciplina;
· Debate sobre a temática a ser abordada ou texto escolhido;
· Pesquisas sobre o tema escolhido;
· Conversas com referências, leitura e debates;
· Orientação para a criação de partituras de performance;
· Jogos e improvisos;
· Experimentações práticas;
· Laboratório de criação;
· Work in progress;
· Exercício de finalização como uma possível montagem performática.