Turma AC101 - Laboratório de Criação - Turma A

Nome

Laboratório de Criação

Subtítulo

O Campo de Visão e o Coro Tragico

Cód. Disciplina - Turma

AC101 - A


Sala AC-011
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Terça-feira das 09 às 12

Dados da disciplina

Nome AC101 - Laboratório de Criação
Programa Artes da Cena
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 15
Total de Horas Atividades Prática 30
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 0
Oferecimento IA
ATENÇÃO: A disciplina será ministrada às terças-feiras, das 10hs as 13Hs. Início das aulas: 27 de fevereiro

Docentes

Marcelo Ramos Lazzaratto

Critério de Avaliação

- Presença - Participação propositiva - Entrega de artigo ao final da disciplina

Bibliografia

Bibliografia Básica: LAZZARATTO, M. R. Campo de Visão: exercício e linguagem cênica. São Paulo: Escola Superior de Artes Celia Helena, 2011. LESKY, Albin. A tragédia grega. São Paulo: Perspectiva, 1976. NIETZSCHE, F. O Nascimento da Tragédia. São Paulo: Companhia de Bolso, 2007. VERNANT, Jean Pierre. Entre Mito e Política. São Paulo: Edusp, 2001. Bibliografia Complementar: BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2000. LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus Editorial, 1978. OSTROWER, Fayga. Acasos e criação artística. Rio de Janeiro: Campus, 1999. PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999. SCHILLER, Friederich. Teoria da Tragédia. São Paulo: EPU, 1991. SZONDI, Peter. Ensaio sobre o Trágico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004. VERNANT, Jean Pierre. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Perspectiva, 1999. Teses e dissertações: GONCALVES, Michelle C. Campo de Visão: inventário de procedimentos. http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000944717&opt=4 SPINA, R. A Voz e O Campo e Visão. http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000879100

Conteúdo

Esta disciplina, essencialmente prática, tem como objetivo estabelecer relação entre o Campo de Visão e os coros das tragédias gregas, aqui mais propriamente os coros das tragédias que compõem o mito dos Átridas. O “Campo de Visão” é um sistema improvisacional coral e um pressuposto estético desenvolvido há mais de 25 anos por Marcelo Lazzaratto, e que vem sendo sistematizado continuamente com seu grupo de pesquisa, a Cia. Elevador de Teatro Panorâmico, há 17 anos, em variados processos de criação, tais como "A hora em que não sabiamos nada uns dos outros, de Peter Handke; "Amor de Improviso" e "Ifigênia", a partir do original de Euripedes. O Campo de Visão foi objeto de Mestrado de Marcelo Lazzaratto na UNICAMP, em 2003, e lugar de onde nasceram as reflexões de seu Doutorado a respeito da interioridade do ator, em 2008, e publicado em livro em 2011 – O Campo de Visão: exercício e linguagem cênica. Este procedimento objetiva a ampliação da visão periférica e da percepção do outro, desenvolve a noção espacial, ativando e articulando um estado de concentração poética em que Razão e Sensibilidade se interseccionam livremente. Por se estruturar como um exercício apoiado no jogo da alteridade ele não se esgota. Ele estimula o ator a potencializar seu corpo como um corpo-perceptivo, aberto às impregnações na mesma medida que o estimula a ser condutor/criador de suas escolhas estéticas. Trata-se de um procedimento estético coral em que o ator toma o outro como elemento inspirador para sua própria criação, se apropriando de movimentos alheios e se relacionando com todo e qualquer elemento que o estimule: música, espaço, objetos, palavras e imagens. O Campo de Visão promove, assim, uma experiência de alteridade, enfatizando um profundo diálogo entre indivíduo e coletividade. Como objetivos específicos, essa disciplina visa oferecer: - Potencialização do “jogo” teatral; - Ampliação da percepção do “outro”; da noção espacial; do repertório gestual; do repertório imagético; - Estímulo à “escolha” criativa; - Relação entre movimento e ritmo; entre movimento e objeto; entre movimento e palavra; entre coro e protagonista e coro e corifeu; - Reflexão entre indivíduo e coletividade; entre a metonímia e a metáfora no que diz respeito ao trabalho do ator.

Metodologia

A disciplina terá, em linhas gerais, a seguinte estrutura metodológica: Percepção e Movimento 4 encontros de 3 horas de duração cada. Encontro 1 – apresentação do Campo de Visão, sua origem, suas regras. Prática do jogo. Livre. Encontro 2 – O Campo de Visão e a percepção auditiva Encontro 3 – O Campo de Visão e as qualidades do movimento Encontro 4 – O Campo de Visão e a percepção espacial. Seleção do texto coral a ser trabalhado. Tema 4 encontros de 3 horas de duração cada Encontro 1 - um tema escolhido pelo condutor rege todo o encontro Encontro 2 – primeira parte: tema concreto. Segunda parte: tema abstrato Encontro 3 – o tema da tragédia selecionada conduzirá o trabalho Encontro 4 – repete-se a temática do encontro anterior com ênfase na construção espacial pelo coletivo. Objetos 2 encontros de 3 horas de duração cada Encontro 1 – aproximação do objeto. Primeiro como objeto imaginário e depois utilizando-o em sua concretude; exercitar a diferença entre as diversas qualidades de um objeto: suas características físicas, sua utilidade e força simbólica. Encontro 2 – escolha de objetos-síntese a serem utilizados pelo coro. Praticar o Campo de Visão enfatizando o entendimento da alteridade que o uso dos objetos deflagra. Texto 4 encontros de 3 horas de duração cada Encontro 1 – elaboração do material dramaturgico a ser utilizado na cena. Encontro 2 – experimentação em campo de visão dos aspectos fonéticos, morfológicos, sintáticos e semânticos do texto. Encontro 3 – relação entre coro e corifeu e entre coro e protagonista desenvolvida em Campo de Visão. Encontro 4 – ensaio organizador do material criativo processado, visando a finalização. Análise e avaliação final.

Observação