Turma MS110 - Tópicos Especiais em Etnomusicologia - Turma A

Nome

Tópicos Especiais em Etnomusicologia

Subtítulo

Tópicos atuais em teoria e análise da música africana e sua projeção na música brasileira

Cód. Disciplina - Turma

MS110 - A


Sala MU43
Acompanhamento com disciplina da Graduação? Não
Oferecimento DAC Quinta-feira das 14 às 17

Dados da disciplina

Nome MS110 - Tópicos Especiais em Etnomusicologia
Programa Música
Nível Pós-graduação
Crédito 3
Total de Horas Atividades Teóricas 30
Total de Horas Atividades Prática 0
Total de Horas Laboratório 0
Total de Horas Atividades Orientadas 0
Total de Horas Atividades à Distância 0
Total de Horas Atividades Orientadas de Extensão 0
Total de Horas Atividades Práticas de Extensão 0
Total de Horas/Aula Semanais 0
Total e Horas/Aula Realizadas em Sala de Aula 0
Hora Estudo 0
Hora Seminário 15

Docentes

Suzel Ana Reily

Enrique Valarelli Menezes

Critério de Avaliação

Participação em aula: 30%; Trabalho final: 70%.

Bibliografia

Aula 1 – Rotas escravistas do tráfico atlântico:

Eltis, David; Richardson, David. “The Transatlantic Slave Trade Database” (2006), http://www.slavevoyages.org/

Eltis, David; Richardson, David. Atlas of the Transatlantic Slave Trade, Yale University Press, 2010.

Alencastro, Luiz Felipe de. “África, números do tráfico atlântico”. Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos, Lilia Moritz Schwarcz e Flávio dos Santos Gomes (Orgs.). São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

Castro, Yeda Pessoa de. “Localização e origem da população negra escravizada em território colonial brasileiro: as denominações banto e iorubá”. Revista Eletrônica: Tempo ‐ Técnica ‐ Território, V.3, N.2 (2012), 45 – 58.

 

Aula 2 – Conceitos de multidimensionalidade, isomorfismo e complementaridade

Locke, David. “Simultaneous multidimensionality in african music: musical cubism” African Music, vol. 8, no. 3, 2009, pp. 8–37.

Pressing, Jeff. “Cognitive Isomorphisms between Pitch and Rhythm in World Musics: West Africa, the Balkans and Western Tonality,” Studies in Music 17 (1983), p. 38-61.

Anku, Willie. “Principles of Rhythm Integration in African Drumming.” Black Music Research Journal, vol. 17, no. 2, 1997, pp. 211–238.

 

Aula 3 – Análise estrutural e/ou cultural

Agawu, Kofi. “Structural Analysis or Cultural Analysis? Competing Perspectives on the ‘Standard Pattern’ of West African Rhythm,” Journal of the American Musicological Society 59 (2006), p. 1-46. 

Kubik, Gerhard. “The Emics of African Musical Rhythm”, in Cross Rhythms 2, ed. Daniel Avorgbedor and Kwesi Yankah (Bloomington, IN: Trickster Press, 1985), p. 26-66.

 

Aula 4 – Música instrumental fon e bàtá

Branda-Lacerda, Marcos. “Instrumental texture and heterophony in a fon repertoire for drums”, Trans. Revista Transcultural de Música, 11, julho, 2007.

Branda-Lacerda, Marcos. “Música de ritual africana e alguns conceitos contemporâneos de organização musical.” Seminário Música Ciência Tecnologia 1.4, 2012.

 

Aula 5 – Questões sobre ritmo na música africana

Agawu, Kofi. “The Invention of African Rhythm”, in Representing African Music: Postcolonial Notes, Queries, Positions (New York: Routledge, 2003, 55-70). 

Temperley, David. “Meter and Grouping in African Music: A View from Music Theory,” Ethnomusicology 44 (2000), p. 65-96.

Kolinski, Mieczslaw. “A Cross-Cultural Approach to Metro-Rhythmic Patterns.” Ethnomusicology 26 (1973): 217-46.

Opcional: Kolinski, Mieczyslaw. “Studies in African Music by A. M. Jones”. The Musical Quarterly, Vol. 46, No. 1 (Jan., 1960), pp. 105-110.

 

Aula 6 – A tradição dos barbeiros no choro e o violão de 7 cordas 

Tinhorão, José Ramos. “O som da cidade na música de barbeiros”, em História social da música popular brasileira, Editora 34, 1998.

Jeha, Silvana. “Ganhar a vida. Uma história do barbeiro africano Antonio José Dutra e sua família. Rio de Janeiro, século XIX.” Revista de História 176, 2017, p. 01-35.

Opcional: Palopoli, Cibele Odete. Violão velho, Choro novo: processos composicionais de Zé Barbeiro. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo.

 

Aula 7 – Tempo isócrono e não-isócrono

Keil, Charles. “Participatory Discrepancies and the Power of Music”. Cultural Anthropology, ano 2, n. 3, p. 275-283, ago. 1987. 

Polak, Rainer. “Rhythmic Feel as Meter: Non-Isochronous Beat Subdivision in Jembe Music from Mali.” Music Theory Online 2010. 

 

Aula 8 – Cuíca, pandeiro e tamborim

Barros, Vinícius de Camargo. O uso do tamborim por Mestre Marçal: legado e estudo interpretativo, capítulo 2, Dissertação de Mestrado, Unicamp, 2015.

Kubik, Gerhard. “The Pwita and Kwika friction drums”, em Angola in the black cultural expressions of Brazil, Diasporic Africa Press, 2013.

Opcional: Bolão, Oscar. Batuque é um privilégio. Irmãos Vitale, 2003.

 

Aula 9 – Transcrição: 

Ellingson, Ter. “Transcription”, em Ethnomusicology: An Introduction, ed. Helen Myers (1992), 110-152.

Koetting, James. “Analysis and notation of West African drum ensemble music”, Selected reports in ethnomusicology 1.3 (1970): 115-46.

 

Aula 10 – Teorias da música afro-brasileira 1

Andrade, Mário de. Ensaio sobre música brasileira, Belo Horizonte: Itatiaia, 2006. 

Andrade, Mário de. Música de feitiçaria no Brasil. Nova Fronteira, 2015.

Andrade, Mário de. “O Samba Rural Paulista”, In: Aspectos da música brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. 

 

Aula  11 – Teorias da música afro-brasileira 2

Mukuna, Kazadi W. Contribuição banto à música popular brasileira. Global, 1978.

Kubik, Gerhard. “Angolan traits in black music, games and dances of Brazil. A study of African cultural extensions overseas”, Estudos de Antropologia Cultural. Junta de Investigações Cientiacas de Ultramar Lisboa 10 (1979): 1-55.

 

Aula 12 - Teorias da música afro-brasileira 3

Lacerda, Marcos Branda. “Transformação dos processos rítmicos de offbeat timing e cross rhythm em dois gêneros musicais tradicionais do Brasil” - Opus, Ano 11, 2005.

Pinto, Tiago Oliveira. "As cores do som: estruturas sonoras e concepção estética na música afro-brasileira." África 22-23, 2004, p. 87-109.

 

Aula 13 – Teorias da música afro-brasileira 4

Sandroni, Carlos. Feitiço decente: transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Zahar, 2001.

Lopes, Nei. O negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical: partido-alto, calango, chula e outras cantorias. Vol. 1. Pallas, 1992.

 

Aula 14 – Teorias da música afro-brasileira 5

Lucas, Glaura. Os sons do rosário: o congado mineiro dos Arturos e Jatobá. Vol. 86. Editoria UFMG, 2002.

Slenes, Robert W. “Eu venho de muito longe, eu venho cavando”: jongueiros cumba na senzala centro-africana”, Memória do jongo: as gravações históricas de Stanley J. Stein. Vassouras (1949), In: Lara, Silvia Hunold & Pacheco, Gustavo (orgs.), Memória do jongo: as gravações históricas de Stanley J. Stein. Vassouras, 1949. Rio de Janeiro: Folha Seca; Campinas, SP: CECULT, 2007, p. 109-156.

Opcional: Fromont, Cécile. “Dancing for the king of Congo from early modern Central Africa to slavery-era Brazil”, Colonial Latin American Review 22.2, 2013, p. 184-208.

 

Aula 15 – João Gilberto e a tradição do samba urbano brasileiro

Mammi, Lorenzo. "João Gilberto e o projeto utópico da bossa nova", Novos estudos CEBRAP 34 (1992): 63-70.

Garcia, Walter. Bim bom: a contradição sem conflitos de João Gilberto, capítulo 1, Paz e Terra, 1999.

Tinhorão, José Ramos. “Problemas”, em Música popular: um tema em debate. Editora 34, 1997

Conteúdo

É objetivo desse curso oferecer uma seleção de teorias atuais que tratam da música africana – inclusas as de Agawu, Anku, Locke, Kubik, Kolinski, Temperley, Pressing e Toussaint – e brasileira, inclusas as de Sandroni, Oliveira Pinto, Lopes, Lacerda, Béhague e Kubik, buscando aí suas transformações, inter-relações e afastamentos. Pretende-se oferecer uma bibliografia internacional que tem colocado em circulação ideias e conceitos ainda pouco discutidos no âmbito da relação entre música brasileira e africana. Ao longo do curso serão oferecidas audições de repertório africano de difícil acesso, hoje arquivado nos arquivos fonográficos de Viena, Berlim e na International Library of African Music, bem como discos lançados comercialmente mas esgotados, como “Mukanda na Makisi: circumcision school and masks” e “Musik van de Humbi em de Handa uit Angola” (gravados em campo por Gerhard Kubik em Angola), e “Drama e Fetiche, Vodum, Bumba Meu Boi e Samba no Benin”, gravado em campo por Marcos Lacerda no Benin. Serão explorados exercícios de transcrição, análise e performance para aproximação dos conceitos trabalhados, bem como a discussão sobre teorias divergentes. 

Metodologia

Discussões em grupo, fundamentadas em leituras coletivas; Apresentações dos projetos dos participantes.

Observação