Das chanchadas de Grande Otelo a filmes contemporâneos como Tropa de Elite, passando por clássicos como Xica da Silva, a representação do negro no cinema brasileiro não segue uma evolução contínua e positiva, opina Noel Carvalho.
“O que marca a representação do negro no cinema é um certo arcaísmo”, revela o professor em entrevista à RFI Brasil. “Um arcaísmo da própria sociedade brasileira que não fez a transição para o moderno. Uma sociedade que não diminuiu a desigualdade, não construiu um povo, não construiu uma nacionalidade igual para todos no plano de acesso aos direitos políticos. E isso aparece no cinema! Como nós não fizemos a transição completa da escravidão para uma sociedade democrática, de plenos direitos, ainda temos uma grande quantidade de pretos sendo representados como pano de fundo. (…) Enfim, o negro no cinema brasileiro é uma expressão desse resíduo da escravidão entre nós”. (Veja mais)
[Fonte: RFI Brasil]