O arquivo como forma de institucionalização das práticas audiovisuais marginais e experimentais: 4 estudos de caso entre os anos 1970 e 1980

Este trabalho aborda o processo de formação e construção de algumas coleções cinematográficas e audiovisuais que apareceram nos anos 1970 e 1980, tendo como contexto o movimento militante de grupos e coletivos em torno de um cinema supostamente experimental, de vanguarda, independente, não hegemônico, não industrial, assim como um cenário de crescente aproximação entre o cinema e as artes visuais. Nosso interesse residiu, principalmente, na maneira como a emergência desses grupos e, sobretudo, seu processo de institucionalização (a fim de garantir a inserção historiográfica das obras que defendiam), em determinado momento, entrou em intersecção com o mundo dos arquivos audiovisuais, refletindo, de certa maneira, o impacto que esses filmes e as novas formas de se produzir imagens em movimento tiveram sobre as narrativas historiográficas do campo.