A REGÊNCIA E A CONTEMPORANEIDADE: TRADIÇÃO, GESTÃO E INOVAÇÃO NA ORQUESTRA SINFÔNICA DE SOROCABA (1949–2024)
Eduardo Pereira dos Santos
Eduardo Augusto Ostergren
Seg, 25 de ago de 2025 às 09:00hs
A presente tese traz como objeto de estudo de caso a Orquestra Sinfônica de Sorocaba, um conjunto com mais de 75 anos de história, o que possibilitou a construção de uma linha do tempo para compreender as transformações ocorridas ao longo das décadas. Buscou-se analisar as dificuldades enfrentadas pelos maestros em suas atuações enquanto músico, intérprete e gestor, assim como refletir sobre os processos de adaptação às mudanças tecnológicas e sociais, buscando alcança melhores resultados na condução de orquestras sinfônicas no Brasil. O maestro Benedito Camargo é uma importante figura para o desenvolvimento da pesquisa, uma vez que a partir de seus 27 anos à frente da orquestra (1949-1976), foi possível identificar os desafios e as soluções encontradas pelo regente em um contexto histórico distinto do atual, permitindo compreender as transformações sociais, políticas e artísticas ao longo das décadas. Essa abordagem histórica permitiu comparar os desafios do passado e as novas demandas atuais, tais como a responsabilidade social, a sustentabilidade financeira e as inovações tecnológicas que ampliam as possibilidades de produção musical. Com enfoque no presente, a pesquisa buscou demonstrar as dificuldades enfrentadas pelo regente à frente de seus grupos tanto nos aspectos musicais como nos não-musicais da regência, bem como estabelecer um contraponto com as possibilidades da direção musical e da gestão de orquestras no século XXI. Ao problematizar essas múltiplas facetas do papel do maestro, esta tese visa contribuir para o debate acerca da multifuncionalidade da regência na atualidade, destacando fatores essenciais para o aprimoramento de sua atuação na liderança e na gestão de orquestras sinfônicas, notadamente no Brasil.