Estruturas Mobiles: As interações musicais na criação improvisada do grupo Trio Ciclos

Mestrado em Música
Orientando
Breno de Souza Rodrigues
Orientador
Manuel Silveira Falleiros
Data
Sex, 13 de jun de 2025 às 13:00hs
Local
Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (NICS) Rua da Reitoria, 165, Cidade Universitária Zeferino Vaz
Resumo

O presente trabalho versa sobre a temática da interação no contexto da improvisação musical a partir do estudo de caso do grupo musical paulistano Trio Ciclos, composto por Alex Buck (baterista), Bruno Migotto (baixista) e Edson Sant’anna (pianista). A partir de um enfoque qualitativo por meio de entrevistas semiestruturadas com os músicos do grupo, bem como por meio da contextualização do trio a partir do campo da performance e da improvisação, o trabalho aborda sobre a interação do grupo por meio da análise de três performances selecionadas as quais são Maxixe, Mobile Merengue e Mobile Rock apresentadas no ano de 2017 pelo festival Ilha Bela In Jazz. Como fundamentação das análises o trabalho utiliza a abordagem da interação por meio de papéis discutida pela pesquisadora Jacqueline Walduck (1997) a qual considera a interação na improvisação musical como um processo dinâmico estruturado pelas diferentes formas de comportamentos assumidos pelos improvisadores. Conjugado à ideia de papéis, será discutida a interação do grupo por meio conceito de atratores conforme abordado Clément Canonne (2012) como momentos articulados durante a improvisação que contribuem por estabelecer momentos de consenso musical e que induzem os improvisadores a se engajarem por sonoridades de diversas maneiras. Como forma de visualização dos processos de interação abordados em análise foi utilizado o modelo gráfico de Bruce Coates (2002) em que o autor propõe uma representação gráfica como uma maneira de complementar a descrição verbal dos elementos observados e analisados. Com o objetivo de abordar os papéis e atratores graficamente a partir da formação de trio (Baixo, Piano e Bateria), foram realizadas algumas expansões do modelo gráfico de Coates (2002), visando contribuir para futuras metodologias de análise que abarquem a temática da interação, bem como apontando ao final da pesquisa para considerações práticas acerca da interação na improvisação em música.