Primeira edição do Congresso Internacional de Viola na América do Sul reúne 160 congressistas
Realizado entre os dias 17 e 21 de julho, a 49ª edição do Congresso Internacional de Viola – Celebrando a fusão de culturas: um mundo de músicas para viola reuniu cerca de 160 congressistas de diversas partes do mundo no Instituto de Artes da Unicamp e na Sala Watari, onde ocorreram apresentações e eventos de confraternização de músicos e espectadores. O evento foi realizado pela International Viola Society (IVS), pela Associação Brasileira de Violistas (Abrav) e pelo Instituto de Artes da Unicamp, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (ProEC) e da Diretoria de Cultura (DCult), ambas da Unicamp.
“Este é o evento mais importante do mundo da viola e faltava realizá-lo uma vez na América do Sul. Tivemos aproximadamente 160 inscritos, com muitas atividades e foi uma experiência incrível para os nossos alunos. É um privilégio participar de um evento com tanta gente de alto nível. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o que há de mais recente em termos de pesquisa de repertório e de conhecer excelentes performers, além de material pedagógico, estratégias de ensino e questões relacionadas à saúde dos músicos”, afirmou o Prof. Dr. Emerson De Biaggi (IA-Unicamp), que é também presidente da Abrav.
Entre os participantes, estiveram nomes como Renato Bandel, Jennifer Stumm, Georgina Isabel Rossi, André Mehmari, Tatjana Mead Chamis e Jutta Puchhammer-Sédillot. Jutta, que é presidente da IVS, elogiou a música sul-americana, destacando a melodia das obras locais, além de reforçar a troca cultural que o evento proporcionou aos participantes.
“É enriquecedor não apenas pela cultura da América do Sul, mas por todas as que estiveram presentes. Porque os artistas que vieram ao evento também compartilharam suas culturas com os congressistas. Vamos levar isso de volta para os nossos países e nos lembraremos por muitos anos dessa experiência”, disse ela, que elogiou a estrutura do evento. “A localização é perfeita e a acústica nos surpreendeu. Mesmo nas menores salas, com o chão de madeira, o som funcionou bem. Foi muito agradável em vários sentidos.”
O evento teve 15 palestras, cerca de 50 recitais e concertos completos, oito oficinas e cinco masterclasses, nas quais os inscritos aperfeiçoaram técnicas e conversaram sobre a história da viola e composições, além de uma exposição de instrumentos e partituras. Os luthiers presentes puderam ainda receber músicos e conversar sobre a fabricação, reparo e manutenção da viola.