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Idealizado no mesmo período que os institutos de Biologia, Física, Química, Letras, Geociências, Matemática, Estatística e Ciências da Computação, previstos nos Estatutos baixados pelo Decreto 52.255/69, o Instituto de Artes da Unicamp teve sua célula mater como Escola de Música.
Em 05/08/1970 ocorreu a reunião entre o Prof. Friedrich Gustav Brieger e o Prof. Rogério Cezar de Cequeira Leite, assessor da COPLAN naquele momento, com o Prof. Koellreutter, sendo expostos os principais pontos de organização relacionados ao Departamento de Música do futuro Instituto de Artes. Nesse mesmo dia os pontos debatidos foram apresentados ao Magnífico Reitor, Prof. Zeferino Vaz, que concordou com todas as tratativas estabelecidas. O Prof. Benito Juarez foi convidado em 15/09/1970 para iniciar atividades artísticas no campus, “visando criar um primeiro – fundamento” do Departamento de Música do Instituto de Artes. Tal atividade foi a organização de um coro universitário.
Em 27/04/1971 ocorreu, na Catedral Metropolitana de Campinas, o concerto do Maestro Benito Juarez com o CORALUSP, marcando, assim, a primeira atividade artística do Departamento de Música, considerada como a “pedra fundamental” do Instituto.
Ainda no ano de 1971 o Magnífico Reitor, Prof. Zeferino Vaz, designou o Prof. Rogério Cezar de Cerqueira Leite como o primeiro coordenador do Departamento de Música e futuro Instituto de Artes, cuja função era organizar, planejar e incrementar as atividades musicais na universidade.
Nos anos subsequentes, foram oferecidos outros cursos de extensão nas áreas da música e artes plásticas, além de se realizar atividades artístico-culturais como concertos, exposições de artes plásticas e apresentações teatrais, realizadas no próprio campus e diversificados espaços culturais de Campinas.
Com o oferecimento do curso de Música no ano de 1979, o Instituto de Artes da Unicamp foi finalmente oficializado como unidade de ensino e pesquisa, sendo designado o Prof. Yaro Burian Junior como Diretor.
As atividades de artes cênicas iniciaram no campus em 1978, também como extensão cultural por meio do “Grupo Pessoal do Victor”, coordenado pelo professor Celso Nunes. Esse grupo era composto por nove artistas formados pela escola de Arte Dramática da USP, a saber: Marcília Rosário, Márcio Tadeu, Paulo Betti, Reinaldo Santiago, Waterloo Gregório, Eliane Giardini, José Adilson de Barros, Celso Nunes e Anton Chaves. Os anos que antecederam a oficialização do Curso de Artes Cênicas da Unicamp, de 1978 a 1982, foram marcados por variadas montagens cênicas, dirigidas pelo Prof. Celso Nunes. Especificamente em 01/01/1983, o Curso de Artes Cênicas foi oficialmente criado. O Prof. Celso Nunes foi um dos responsáveis pela comissão de estudos de implantação do curso e nomeado Chefe do Departamento de Artes Cênicas.
Em 27/04/1983 o Diretor do Instituto de Artes naquele momento, Prof. José Antonio Rezende de Almeida Prado, informou ao Magnífico Reitor, Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti, a instalação do Departamento de Artes Plásticas e a indicação do Prof. Bernardo Caro para a chefia desse departamento.
Na data de 31/01/1985 o mesmo Diretor, Prof. Almeida Prado, encaminhou ao Magnífico Reitor da Unicamp, Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti, a aprovação do projeto de criação do Departamento de Artes Corporais, com implantação do Curso de Graduação em Dança, elaborado pela Profa. Dra. Antonieta Marilia de Oswald de Andrade. Em 21/08/1985 o Conselho Diretor da Unicamp aprovou a criação e a implantação do Departamento de Artes Corporais.
Na data de 24/06/1985 a Câmara Curricular da Unicamp manifestou-se favorável à criação e implantação do Departamento de Multimeios. Em 05/06/1985 o Conselho Diretor, em sua 1ª Sessão Extraordinária realizada em 28/06/1985, aprovou a exarada pela Câmara Curricular, favorável à criação e implantação do Departamento de Multimeios.
Pela Portaria GR 46/86, de 04/03/1986, foi definida a Estrutura Administrativa do Instituto de Artes da Unicamp, órgão diretamente subordinado à Reitoria, tendo por finalidade desenvolver o ensino, a pesquisa e a prestação de serviços à comunidade, conforme disposto no Regimento Geral da Universidade.
Em 1986 teve início o projeto de criação do Curso de Música Popular do Departamento de Música do Instituto de Artes. A comissão encarregada pelo projeto era composta pelos professores Benito Juarez (Chefe do Departamento de Música), Ricardo Goldemberg, Paulo Pugliesi, Rafael dos Santos, Valter Antonio Teixeira Krausche, Eduardo Anderson Duffles Andrade e Claudiney Carrasco. Em 08/07/1988 o Conselho Universitário manifestou-se favorável à criação da Habilitação em Música Popular, primeiro curso do gênero no Brasil, no Curso de Graduação em Música do Instituto de Artes da Unicamp.
Além dos cursos regulares de graduação e dos programas de pós-graduação, o Instituto ministra cursos livres de Extensão nas especialidades de seus departamentos e, paralelamente às atividades de ensino, pesquisa e extensão, grupos de teatro, dança e música são formados durante a permanência do aluno na instituição.
O IA tem como missão criar, desenvolver, disseminar e garantir amplo acesso a conhecimentos e atividades artísticas, científicas, pedagógicas e culturais, construídos no âmbito universitário em seu contínuo intercâmbio com a sociedade. Assegurar uma perspectiva aberta às demais áreas do saber, a partir da qual se reafirma como área de conhecimento fundamental ao cidadão. Contribuir para uma formação humanista de profissionais aptos a atuar de maneira criativa, ética, inovadora, transformadora e comprometida com uma sociedade justa, democrática, diversa e socialmente referenciada.
Como visão, procura constantemente consolidar-se como unidade promotora do desenvolvimento das artes e comunicação de forma criativa, sustentável, plural e inovadora nos campos do ensino, pesquisa, extensão e produção artístico-cultural. Também apoia-se no diálogo entre a tradição e a contemporaneidade.
Hoje o Instituto de Artes conta na sua estrutura administrativo-acadêmica com os Departamentos de Artes Plásticas (DAP), Artes Cênicas (DAC), Artes Corporais (DACO), Música (DM) e Multimeios, Cinema e Comunicação (DMCC), com as Coordenadorias de Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Galeria de Arte (GAIA), Biblioteca, além de distintos Laboratórios Interdisciplinares. Conta também, na sua estrutura administrativa, com a Diretoria de Apoio Técnico e Didático, Diretoria Administrativa, Diretoria de Tecnologia da Informação, Seção de Apoio aos Departamentos, Seção de Apoio à Produção, Seção de Apoio aos Laboratórios, Seção de Programação Visual e Comunicação, Seção de Gestão de Pessoas, Seção de Finanças e Compras, e Seção de Infraestrutura Técnica.
Paralelamente às conquistas administrativas, o instituto marcou posição no cenário cultural e artístico por uma vasta e diversificada oferta de atividades, que, entre outros eventos, inclui congressos, festivais, seminários e encontros de caráter acadêmico, oficinas e workshops que despontam entre as atividades de extensão abertas à comunidade. Neste âmbito são inúmeros os eventos de destaque, muitos deles relacionados diretamente à pesquisa realizada pelos docentes e pelos membros de seus respectivos grupos de pesquisa e/ou artísticos.
Na Graduação, oferece os cursos de Artes Visuais, Artes Cênicas, Dança, Música e Midialogia.
Referência nacional, a Pós-Graduação do IA desponta também no cenário internacional. Os programas stricto sensu de Artes Visuais, Artes da Cena, Música e Multimeios visam à qualificação em nível de mestrado e doutorado de pesquisadores, docentes e outros profissionais que possam atuar de modo reflexivo na sociedade para garantir inserção regional, relevância social e reconhecimento nacional e internacional.
Galeria de ex-diretores
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