Áudio vírus e descolonização da memória: uma proposta de escuta para “A cidade é uma só?”
Resumo
Pretendo apresentar nesse artigo uma proposta de escuta para o filme “A cidade é uma só?” (2011), do cineasta ceilandense Adirley Queirós. Investigo aqui sons que preexistem ao filme e persistem em nós, mesmo depois de terminada a projeção; sons que não necessariamente foram agenciados no processo de pós-produção e mixagem do filme, mas invadiram a banda sonora, emprestados pelas bocas e corpos dos atores e pela paisagem sonora da cidade. Partindo do conceito de áudio vírus (GOODMAN, 2012) enquanto um estímulo sonoro marcante e contagiante, capaz de modular afetos coletivos e se transmitir entre os corpos, analiso os dois jingles que tencionam a narrativa de “A cidade é uma só?”, mostrando como um dispara espécies de curtos-circuitos no outro, num movimento audível de descolonização da memória e reescrita de fatos esquecidos por uma historiografia da dominação.
Texto completo:
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2016 Creative Commons
URL da licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
Revista Sonora – ISSN 1809-1652
Grupo de pesquisa Tecnologia, Mídia, Criação Sonora e Audiovisual
Instituto de Artes
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)