Nu Xingu
Estas fotos foram feitas durante três viagens que fiz profissionalmente ao Parque Indígena do Xingu entre 1972 e 1974, como repórter.
Durante minha estada na área de reserva, acompanhei a rotina dos índios de algumas aldeias – especialmente a Kamayurá, às margens da Lagoa do Ipavu.
Tive a oportunidade de testemunhar alguns rituais importantes – como um Kuarup (festa em homenagem aos mortos), um Yamurikumá (festa das mulheres), a pesca com timbó (cipó que entorpece os peixes e facilita sua captura) e um Mani (rito de passagem em que são furadas as orelhas dos adolescentes do sexo masculino).
Construí minha carreira como jornalista “de texto” e não como fotógrafo. Por isso, as cerca de 700 fotografias em preto & branco que fiz nessa ocasião ficaram praticamente inéditas ao longo de quase 40 anos.
No final de 2010, um ensaio com algumas das fotos foi publicado na revista s/n°, editada pelo fotógrafo Bob Wolfenson e pelo artista gráfico Helio Hara.
Com esta exposição, quero celebrar o aniversário de 50 anos do Parque Nacional do Xingu, criado por decreto presidencial no dia 14 de abril de 1961, graças à luta dos irmãos Orlando, Cláudio, Leonardo e Álvaro Villas Bôas, que entregaram suas vidas à preservação dos índios, de sua cultura e de suas civilizações.
Homenageio também os dois grandes fotógrafos profissionais e amigos que me acompanharam nessas viagens: pela revista O Cruzeiro, o jovem Antonio Carlos Piccino; pela revista Realidade, o veterano Luigi Mamprin.
Valdir Zwetsch
Valdir Zwetsch e Antonio Carlos Rodrigues (TUNEU):
Palestra: “Bancos Indígenas: entre a função e o rito”
19 de abril de 2011 – às 10 horas
Email – leia mais no blog do fotógrafo
| matéria na Folha de São Paulo 14-4-2011: 1 – 2 |
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