Caminho das Águas | Penetração no espaço

A Galeria do Instituto de Artes – GAIA UNICAMP convida para as exposições:

 

Sala 1

“Caminho das Águas”
Artista: Clayton Rosa Mamede

Instalação audiovisual interativa
Materiais: Duas projeções de vídeo, oito canais de áudio e duas câmeras infravermelhas

 

Nota biográfica:

Clayton Mamedes trabalha com instalações multimídia, música eletroacústica, música espectral e design sonoro.

Doutorando em música pela Unicamp, desenvolveu sua tese sobre design sonoro e interação em instalações multimídia.

Foi bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Foi um dos compositores premiados na XVIII Bienal de Música Brasileira Contemporânea.

Suas obras e performances têm sido apresentadas no Brasil, Estados Unidos e Europa.

 

Nota de programa resumida:

A obra aborda a estiagem ocorrida entre o outono e o verão de 2014 – interferências humanas no ambiente.

Os visitantes podem interagir com a obra e experimentar o estreito equilíbrio que existe entre descobrir uma paisagem e modificá-la através seus gestos.

 

Agradecimentos

A Denise Garcia e Jônatas Manzolli pela valiosa orientação e sábios conselhos.

À FAPESP pelo apoio na realização da pesquisa.

 


 

Sala 2

“Penetração no espaço”
Artista: Norma Mobilon

 

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, considero que a cor tem uma força muito mais misteriosa e talvez mais dominadora: ela atua, por assim dizer, à nossa revelia… (Eugène Delacroix)

 

Horizonte é aquela linha imaginária que separa a terra do firmamento, é o senhor das distâncias, que traduzido em cor, é duração, há uma temporalidade latente. Escrevo este texto em viagem, e da minha janela só vejo telhados, busco na memória os elementos constitutivos da paisagem. O Horizonte também é aquele lugar onde repousa o olhar. As faixas de cor se dilatam ou recuam, os planos vibram em seus limites, fazem ver a cor. O olhar jamais é passivo quando o espaço é edificado pela cor, há alternâncias de claridade e escuridão, há gradientes.

 

{…} A luz não é suprimida, mas expressa por um acorde das superfícies intensamente coloridas” (Henri Matisse, Escritos e Reflexões Sobre Arte).

 

Penetrar o espaço é se deixar guiar pelo dinamismo da cor, suas temperaturas, suas distâncias. A cor instaura espacialidades. O livro-pintura acrescenta outro elemento ao discurso cromático, a apropriação das imagens, dos vestígios de textos, a pintura como um intertexto. Não por acaso, a intervenção cromática ocorreu sobre um velho livro de história da ciência, que culmina no capítulo sobre a possibilidade do homem pousar na Lua. Das experiências gráficas que dominam a minha trajetória artística, lanço-me na experiência da pintura, lanço-as no espaço desta galeria, Sputnik, penetração no espaço…

 

Norma Mobilon
Dijon, Borgonha, França.
14 de Setembro de 2015

 

De 22/10/2015 a 06/11/2015