Parábolas Lowbrow | Diálogo en Tres Actos | Recôncavo

“Parábolas Lowbrow”
Exposição Artes Visuais / Programa de Pós-graduação do Instituto de Artes UNICAMP – 2015.

Artista:Lia Fernanda Ramos de Oliveira
Orientação: Profa. Dra. Marta Luiza Strambi.

Mestre em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas, Lia Fernanda Ramos de Oliveira – ou Lia Fenix, como assina seus trabalhos – mora em Itu, no interior do estado de São Paulo.
As obras da artista carregam em si uma espécie de nostalgia do imaginário infantil, refletida em linhas e cores recorrentes da infância vivida no interior paulista. Conjugados à fantasia e ao lirismo, tais elementos poéticos deram origem a um universo lúdico e singular habitado por figuras femininas alongadas, delicadas e por vezes sensuais, que se potencializam nas ambiguidades particulares do imaginário criativo da arte Lowbrow.

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“Diálogo en Tres Actos”
Exposição Artes Visuais / Programa de Pós-graduação do Instituto de Artes UNICAMP – 2015.

Artista:Yuly Marty
Orientação: Profa. Dra. Lucia Fonseca

Defesa de Mestrado: 15 de janeiro, às 14h00.

Dialogo en tres actos refere-se a um conjunto de três trabalhos produzidos entre os anos de 2012 e 2014; Poemas Figurados, Narrativas e Entrelíneas. Estes trabalhos incorporam a linguagem escrita apropriando-se de recursos da poesia e da literatura para sua constituição poética. A incorporação da escrita se manifesta com a introdução de fragmentos de textos literários e palavras que são unidas aos materiais externos provenientes da apicultura. A união destes elementos se colocam potencializados uma vez que já não operam segundo suas funções originais, resultando em novas possibilidades de apresentação que podem contribuir com o universo da arte contemporânea. Assim, é possível considerar que, uma vez que a escrita se insere no trabalho artístico, esta determina uma clara ruptura com a escrita comum e já não funciona como sujeito isolado e, sim como, uma totalidade ao incluir elementos externos. Aqui existe uma necessária atitude de ler/ver que explora a palavra enquanto elemento visível, semioculto ou oculto, direcionando-nos às novas inquietudes com respeito ao valor poético associado ao texto e à materialidade onde ela está inserida.

Sala 2:

“Recôncavo”
Exposição Artes Visuais / Programa de Pós-graduação do Instituto de Artes UNICAMP – 2015.

Artista: Fernanda Grigolin
Orientação: Prof. Dr. Fernando Cury de Tacca.

Defesa de Mestrado: “A fotografia no livro de artista em três ações: produzir, editar e circular” – dia 21 janeiro, às 14h00.

A exposição recôncavo é a primeira individual da artista visual, editora e pesquisadora Fernanda Grigolin, que atua com fotografia desde 1999 e já foi vencedora do Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Funarte, 2012, e do edital de livro de artista do Proac, 2014. A exposição estará em cartaz até dia 21 de janeiro.
Composta com 13 imagens fotográficas, 05 poemas visuais, um mapa e um livro de artista homônimo, a exposição tem acompanhamento crítico da pesquisadora e curadora Galciani Neves, professora da FAAP e doutora em Comunicação Semiótica pela PUC.
Fernanda Grigolin é aluna da pós-graduação do Instituto de Artes da Unicamp. O projeto expositivo relaciona-se com o mestrado em artes visuais de Fernanda Grigolin, cuja defesa ocorrerá na Gaia no dia 21 de janeiro às 14h sob orientação do Prof. Dr. Fernando de Tacca. Isso porque recôncavo é o livro de artista apresentado com resultado poético que acompanha a dissertação.

O livro, a parede

Recôncavo acontece na página do livro para tomar a parede todavia a exposição não é uma mera transposição do livro no espaço. Ela nasce do lugar imaginário, do recôncavo que é, ao mesmo tempo, antro, seio, cavidade, gruta, enseada. Significados cíclicos de dicionário que formam uma grande imagem que pode estar contida uma na outra e o recôncavo formar uma imensa paisagem.
Os lugares físicos (o antro, a cavidade, a gruta, a enseada), seus centros e suas paisagens poderiam ser paisagens minhas, pessoais, e ser parte do meu corpo, como o seio, por exemplo. O lugar imaginário, o recôncavo, nasce da utopia, da construção do caminho e de uma tentativa de falar sobre fronteiras e outras possibilidades.
Assim como o fotógrafo espanhol Joan Fontcuberta, acredita-se ser a câmera fotográfica uma valiosa ferramenta para negociar com o mundo. A poesia é a engrenagem para construir significados.
O livro é uma ferramenta de apresentação de devolução para o mundo.
Dentro da feitura do livro, a montagem é o que une a poesia e a fotografia e dá ao livro uma proposição política.
A montagem é um procedimento interno do livro. Suas dobras e desencadeamento de imagens.
As imagens partem de momentos e situações solitárias. Ora em viagens, cruzando fronteiras, ora em momentos de extrema tensão interior em lugares próximos. É por isso que recôncavo pode ser um antro, um buraco, uma cova ou uma região geográfica delimitada. recôncavo fala dos riscos internos de viver e das situações externas. A captura de pensamentos e repetições de fragmentos de imagens. A poesia enquanto captura, pois, para o poeta português Herberto Helder, ela é um rapto.
“A realidade é um rapto. A poesia é um rapto. De uma para a outra queimam-se os dedos, e como é de fogo que aqui se trata, tudo se ilumina” (Herberto Helder)

O livro recôncavo foi vencedor do edital de livro de artista do Programa de Ação Cultural da Secretaria da Cultura Após a defesa, Fernanda irá trabalha-lo para a edição de 500 unidades contempladas com o prêmio.